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Walter Salles e o Botafogo: Uma história de amor, cinema e investimentos

Por Redação FutFogão em 02/03/2025 16:42

A Folia Alvinegra Rumo ao Oscar

O domingo de Carnaval ganha um brilho especial com a expectativa e a torcida vibrante por "Ainda Estou Aqui", o filme que pode marcar a história do cinema brasileiro ao conquistar o Oscar. A obra, dirigida por Walter Moreira Salles, renomado cineasta com fortes laços com o Botafogo, acende a esperança de uma conquista inédita para o país.

Walter Salles, membro da família fundadora do banco Itaú e um dos cineastas mais influentes do mundo, é o diretor por trás de "Ainda Estou Aqui", um dos favoritos ao prêmio de melhor filme internacional. Sua ligação com o Botafogo transcende a simples paixão de torcedor, estendendo-se a ações concretas em prol do clube.

Segundo Walter Salles, ?Indicação tem que ser dividida com o público brasileiro, porque é um filme abraçado pelo público?.

Irmãos Salles: Paixão Alvinegra em Família

Enquanto João Moreira Salles, também cineasta, expressa suas opiniões sobre o Botafogo em artigos jornalísticos, Walter adota uma postura mais discreta, mas não menos apaixonada. Frequentemente visto nos jogos ao lado de sua família, ele demonstra seu apoio incondicional ao Alvinegro.

O Legado Financeiro e Estrutural dos Salles no Botafogo

A relação dos irmãos Salles com o clube se concretizou em 2017, quando adquiriram o Espaço Lonier, atual CT do Botafogo , por aproximadamente R$ 30 milhões, cedendo a estrutura para o clube. Além disso, investiram recursos para a realização de obras essenciais no local, que antes era utilizado como sítio para eventos.

O acordo inicial previa o pagamento do valor investido em até 30 anos, mas as dificuldades financeiras enfrentadas pelas gestões seguintes impediram o cumprimento do compromisso. Anteriormente, os irmãos já haviam injetado cerca de R$ 20 milhões no clube, por meio de empréstimos destinados a contratações e capital de giro em momentos críticos.

Idas e Vindas no Controle do CT e a Chegada de Textor

Em um determinado período, o controle do CT chegou a ser retomado por Walter e João, que, em 2021, cogitaram destinar o espaço exclusivamente para as categorias de base. No entanto, com a chegada de John Textor e a transformação do clube em SAF, um dos primeiros atos do acionista majoritário foi dialogar com os irmãos Salles para discutir o futuro do local. O encontro, considerado proveitoso, resultou na "devolução" do controle ao Botafogo .

Textor manifestou o desejo de adquirir um novo terreno para a construção de um CT para o futebol profissional, preservando o Espaço Lonier para as categorias de base, conforme o anseio dos irmãos Salles.

Investimentos Contínuos no Espaço Lonier

O Botafogo continua a investir no Espaço Lonier. Em 2023, inaugurou o Núcleo de Saúde e Performance, uma moderna academia focada na recuperação física dos atletas. Para 2025, estão em andamento obras para a construção de novos escritórios no local.

A Dívida Alvinegra com os Irmãos Salles

Entre empréstimos, a compra do CT e juros, a dívida do Botafogo com os irmãos Moreira Salles atingiu a marca de R$ 57 milhões, sendo R$ 28,5 milhões para cada um.

Ambos aderiram ao plano de Recuperação Extrajudicial proposto pelo clube, que resultou em uma economia de R$ 400 milhões em dívidas para o Alvinegro. Walter optou pelo pagamento a longo prazo, obtendo um desconto de 40% sobre o valor total do débito.

Com o deságio, a dívida foi reduzida para R$ 34,6 milhões (R$ 17,3 milhões para cada), valor que será quitado em parcelas mensais ao longo de 13 anos. Nesse formato, Walter receberá R$ 110,8 mil até a liquidação total do montante.

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