Venda do Nilton Santos: Botafogo Pode Adquirir Terreno em Proposta da Alerj

Em um movimento que pode redefinir o futuro da casa alvinegra, o Estádio Nilton Santos, palco das atuações do Botafogo como mandante, pode ser incluído em uma iniciativa governamental do Rio de Janeiro que visa à alienação de bens públicos. A proposta emergiu do deputado Alexandre Knoploch (PL), que também desempenha o papel de relator deste projeto durante uma sessão de votação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira (12).

O parlamentar não apenas sugeriu, mas também lidera o grupo estabelecido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para formular a proposta. Este processo já contemplou a inserção do Complexo do Maracanã em sua lista. Knoploch detalhou as especificidades do terreno onde o estádio está edificado, situado no bairro do Engenho de Dentro. As obras, sob responsabilidade da Prefeitura, foram finalizadas em 2007, a tempo dos Jogos Pan-Americanos. O Glorioso, por sua vez, detém a concessão para gerir o estádio até o final de 2031, embora já tenha manifestado o anseio pela construção de uma nova arena para seus jogos.

Conforme explicitado pelo deputado:

"Saibam vocês que o Engenhão está num terreno do estado. Toda aquela área é da Central Logística. Então a gente também está fazendo uma emenda botando o terreno do Engenhão para venda. E aí o Botafogo, caso queira, vai poder comprar também o terreno"

Implicações da Proposta de Venda para o Botafogo

A justificativa central da proposta reside na intenção de viabilizar a alienação de propriedades estatais consideradas subutilizadas ou que perderam sua relevância para as políticas públicas do Governo do Estado, com o objetivo primordial de fortalecer o caixa público. Neste contexto, o Nilton Santos se adequa perfeitamente aos critérios estabelecidos, integrando uma lista da CCJ que já cataloga 62 imóveis.

A Comissão de Constituição e Justiça estima que a concretização deste projeto possa gerar uma arrecadação substancial de aproximadamente R$ 6 bilhões para os cofres estaduais. Entre os bens de alto valor incluídos na pauta, além do Maracanã e do próprio Nilton Santos, destacam-se as rodoviárias Novo Rio, de Niterói e de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A deliberação sobre esta iniciativa prossegue em plenário na Alerj, com a perspectiva de que novos bens possam ser adicionados à relação.