Tiquinho Soares Luta por Espaço Após Botafogo: Análise no Santos

Após sua partida do Botafogo, Tiquinho Soares encontra-se numa fase de adaptação desafiadora no Santos. Embora seja o principal artilheiro da equipe na temporada, com oito gols em 26 aparições, o atacante tem visto seu espaço no elenco diminuir progressivamente desde a chegada do técnico Cléber Xavier. A situação se tornou ainda mais evidente na recente partida contra o Flamengo, na última quarta-feira (16). Mesmo presente no banco de reservas, Tiquinho foi preterido em uma substituição ofensiva crucial, quando o jovem Deivid Washington deixou o campo. A opção do treinador por introduzir o meio-campista Gabriel Bontempo, em vez do centroavante, sinaliza uma clara mudança na hierarquia do setor de ataque.

A escolha de Cléber Xavier ressalta uma predileção por alternativas distintas no comando ofensivo. Deivid Washington, por exemplo, registrou dois tentos em dezesseis jogos, enquanto outros nomes como Luca Meirelles e Wendel Silva não conseguiram balançar as redes nas oportunidades que lhes foram concedidas. O constante revezamento entre os atletas de frente tem sido uma tônica, porém, sem traduzir-se em um incremento significativo na produtividade ofensiva.

A dificuldade de Tiquinho em se firmar reflete um problema mais amplo do Santos. Desde a saída de Marcos Leonardo, o clube tem enfrentado uma persistente dificuldade em identificar um centroavante capaz de assumir a artilharia e a responsabilidade pelos gols. Nove diferentes nomes foram testados na posição desde o início de 2024, mas nenhum conseguiu se estabelecer como titular indiscutível, impactando diretamente o rendimento da equipe no Campeonato Brasileiro de 2025.

Tiquinho Soares: A Busca por Adaptação Pós-Botafogo

Em contraste com a situação dos centroavantes tradicionais, Neymar tem emergido como uma solução versátil no ataque santista. Atuando inclusive como "falso 9" em confrontos, como o recente contra o Botafogo, o camisa 10 demonstrou sua capacidade decisiva na última quarta-feira (16), ao anotar o gol que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, na Vila Belmiro. Este foi seu quarto gol desde o retorno ao clube, notavelmente o primeiro originado de uma jogada com bola rolando. Seus outros três tentos haviam sido convertidos em situações de bola parada: um de penalidade máxima, um gol olímpico e um de cobrança de falta.

O desempenho recente de Neymar o posiciona com uma média de 0,31 gol por partida, um índice que supera o de Tiquinho Soares (0,25) e o coloca na segunda posição do ranking de artilharia média da equipe. Apenas Guilherme apresenta um rendimento superior neste quesito, com 12 gols em 26 jogos, resultando em uma expressiva média de 0,46 por confronto.

Em coletiva de imprensa concedida após o triunfo sobre o Flamengo, o técnico Cléber Xavier teceu comentários sobre a polivalência do camisa 10 e sua capacidade de atuar como centrovante. O comandante afirmou: "O Neymar tem jogado muito por dentro. Vou usar nas duas funções. Depende do jogo no momento dele. 10 ou 9. Treinei as duas possibilidades. Consegui colocar em prática".

Números e Perspectivas do Ataque Santista

Para ilustrar o panorama do ataque santista, segue um comparativo dos principais nomes em termos de produtividade:

A trajetória de Tiquinho Soares no Santos, desde sua saída do Botafogo , tem sido marcada pela dificuldade em encontrar o protagonismo esperado. O atacante persiste na busca por novas oportunidades sob a batuta de Cléber Xavier, almejando reverter este cenário. Seu próximo desafio para tentar reconquistar espaço será no confronto do Peixe contra o Mirassol, agendado para o sábado (19), às 18h30 (horário de Brasília).