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Textor Defende Venda de Atletas no Botafogo: Entenda a Estratégia Controversa
Por Redação FutFogão em 12/09/2025 08:33
John Textor, o proprietário da SAF do Botafogo, veio a público para defender a política de transferências adotada pelo clube nas recentes janelas de negociações. O Glorioso, conhecido por sua intensa movimentação no mercado, promoveu uma significativa reformulação de seu elenco para a temporada de 2024, com ações em janeiro e em julho. Para o empresário, o balanço dessas transações é, sem dúvida, positivo.
Textor ressaltou a importância de o Botafogo se posicionar como um "campeão para os jogadores", auxiliando-os na realização de seus "sonhos". Essa abordagem, segundo ele, é fundamental para atrair novos talentos, e o clube continuará a operar sob essa premissa.
O dirigente explicou a lógica por trás de suas decisões, remetendo a experiências anteriores:
"Essa ideia de ser campeão para os jogadores para ser campeão para os torcedores, eu digo isso há muito tempo. Na primeira vez que vendi Jeffinho (para o Lyon, em 2022), tive que mudar meu telefone. Temos que cuidar dos jogadores, de suas carreiras, de suas famílias. O que os torcedores enxergam é uma parte da vida desses jogadores que estão aqui, mas eu sei quais são suas ambições, o que querem", iniciou John Textor.
Ele prosseguiu exemplificando com o caso do goleiro John , que foi negociado com o Nottingham Forest, da Inglaterra, na última janela de transferências:
"Um goleiro como John , que foi campeão com a gente, e tem a chance de jogar na Europa. Eu tentarei fazer esse sonho possível. Sei que isso machuca os torcedores, porque nos apaixonamos por eles, mas temos que tomar conta deles. A cada um que você ajuda, cinco querem jogar para você. Então, sim, criar oportunidades para jogadores realizarem seus sonhos, serem campeões no Brasil e depois irem para as melhores ligar. Temos que admitir: a Premier League é a melhor do mundo. Os jogadores querem jogar lá", complementou.
A Filosofia Controversa de Textor no Mercado Alvinegro
Na visão de Textor, essa estratégia não se limita a beneficiar os atletas individualmente, mas sim a "construir" o próprio Botafogo . Ele argumenta que o cuidado com as carreiras dos jogadores atrai outros talentos, desmistificando a percepção de que o clube vende indiscriminadamente. "Eu quero ajudá-los e vou continuar pois isso constrói. Temos pessoas que querem jogar aqui porque tomamos conta dos jogadores. Não significa que vamos mudar toda hora, mas você olha quem saiu eram pessoas que mereciam. Mostramos que podemos mudar o fluxo da Europa para cá. Ganhamos campeonatos assim e vamos continuar tentando assim", afirmou.
O empresário enfatiza que o Botafogo não opera como um clube de sentido único no cenário do futebol mundial. "Não somos um clube de uma via, somos um clube de duas vias. Os jogadores vão sair quando for certo para eles", concluiu John Textor, reforçando a ideia de que as saídas são um componente natural e, até mesmo, benéfico do ciclo de um clube moderno.
As declarações de Textor surgem em um contexto de intensa movimentação no elenco . Somente em janeiro, o Botafogo registrou as partidas de nomes como Tchê Tchê, Eduardo, Tiquinho Soares, Romero, Adryelson, Almada e Luiz Henrique, peças importantes do elenco que buscava consolidar-se em 2024. Alguns foram negociados, enquanto outros não tiveram seus vínculos, que se encerrariam em dezembro de 2024, renovados.
O Dilema Entre Sonhos de Atletas e Paixão da Torcida
A dinâmica de entradas e saídas se repetiu na janela de transferências de meio de ano, com as vendas de Jair, Igor Jesus, Gregore e John , entre outros. Em contrapartida, o clube promoveu uma série de aquisições para reforçar o plantel. Ao todo, foram mais de 20 movimentações entre chegadas e partidas. Para ilustrar a magnitude das alterações, apresentamos alguns dos principais atletas que deixaram o clube nas últimas janelas:
| Jogador | Posição | Janela de Saída | Destino/Situação |
|---|---|---|---|
| Tchê Tchê | Meio-campo | Janeiro | Saída (fim de contrato/não renovação) |
| Eduardo | Meio-campo | Janeiro | Saída (fim de contrato/não renovação) |
| Tiquinho Soares | Atacante | Janeiro | Saída (fim de contrato/não renovação) |
| Romero | Atacante | Janeiro | Saída (fim de contrato/não renovação) |
| Adryelson | Zagueiro | Janeiro | Saída (fim de contrato/não renovação) |
| Almada | Meio-campo | Janeiro | Saída (fim de contrato/não renovação) |
| Luiz Henrique | Atacante | Janeiro | Saída (fim de contrato/não renovação) |
| Jair | Meio-campo | Meio de ano | Vendido |
| Igor Jesus | Meio-campo | Meio de ano | Vendido |
| Gregore | Meio-campo | Meio de ano | Vendido |
| John | Goleiro | Meio de ano | Vendido (Nottingham Forest-ING) |
Botafogo: Um Clube de Duas Vias no Cenário Global
Essa constante reengenharia do elenco , embora possa gerar questionamentos e até certa frustração por parte da torcida, é encarada por John Textor como um pilar fundamental para a sustentabilidade e o crescimento do Botafogo no cenário futebolístico. Sua visão de longo prazo para a SAF alinha-se a essa dinâmica de mercado.
Em suma, a postura de John Textor reflete uma estratégia gerencial que prioriza a valorização do ativo humano e a inserção do Botafogo em um mercado globalizado. A venda de jogadores, para ele, não é um sinal de fraqueza ou desmonte, mas um mecanismo de fortalecimento e atração de novos talentos, um ciclo virtuoso que, espera-se, trará frutos consistentes e duradouros para o Glorioso.
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