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Sérgio Conceição no Botafogo? Textor Busca Técnico de Peso para o Glorioso
Por Redação FutFogão em 01/07/2025 16:23
O Botafogo, sob a gestão da SAF de John Textor, embarca em mais um capítulo de sua incessante busca por estabilidade no comando técnico. A recente saída de Renato Paiva, ocorrida na madrugada de segunda-feira (30), apenas dois dias após a eliminação nas oitavas de final do Mundial de Clubes ? apesar de uma notável vitória sobre o PSG na fase de grupos ?, marca a continuidade de um padrão que tem sido objeto de frequente debate no cenário do futebol brasileiro.
Desde a aquisição da Sociedade Anônima do Futebol por John Textor, o clube de General Severiano tem demonstrado uma notável volatilidade na cadeira de treinador. Com a iminente chegada de um novo profissional, o Botafogo se prepara para receber seu sétimo comandante em um período relativamente curto. A média de permanência de cada técnico, que ronda os 181 dias, sublinha a complexidade e os desafios inerentes à implementação de um projeto de longo prazo em um ambiente tão dinâmico.
A Volatilidade da SAF e o Desafio Técnico
A história recente do Glorioso sob a égide da SAF é marcada por uma sucessão de nomes que tentaram imprimir sua filosofia no elenco alvinegro. Profissionais como Luís Castro, Bruno Lage, Lúcio Flávio, Tiago Nunes, Artur Jorge, e por último, Renato Paiva, alternaram-se no cargo, cada um enfrentando a pressão por resultados e a necessidade de adaptar-se à cultura do clube. A tabela a seguir ilustra a sequência de técnicos e a efêmera duração de suas passagens, evidenciando a persistente busca por uma identidade tática duradoura.
Treinador | Período | Duração (aproximada em dias) |
---|---|---|
Luís Castro | Mar/2022 - Jul/2023 | 480 |
Bruno Lage | Jul/2023 - Out/2023 | 90 |
Lúcio Flávio | Out/2023 - Nov/2023 | 30 |
Tiago Nunes | Nov/2023 - Fev/2024 | 90 |
Artur Jorge | Abr/2024 - Jun/2024 | 60 |
Renato Paiva | Fev/2026 - Jun/2026 (fim do contrato) | 120 |
O Adeus de Renato Paiva: Bastidores de Uma Saída
A saída de Renato Paiva, cujo vínculo se estendia até o final de 2026, foi precipitada por uma combinação de fatores, incluindo uma notável queda de desempenho da equipe e um crescente clima de insatisfação dentro do elenco . Relatos indicam que jogadores de peso, como Jefferson Savarino, expressaram desconforto com as escolhas táticas do treinador, especialmente em relação à utilização de atletas fora de suas posições de origem. A situação se deteriorou, culminando na perda de controle do vestiário por parte de Paiva, um ponto crítico que, segundo apuração da RTI, se acentuou após o revés contra o Palmeiras. A decisão de sua demissão, portanto, não foi apenas uma resposta à eliminação no Mundial, mas o desfecho de um processo de desgaste interno.
John Textor e o Novo Rumo do Glorioso
Em meio a esse cenário de constante renovação, John Textor, o proprietário da SAF alvinegra, parece determinado a intensificar seu envolvimento direto com o Botafogo . Fontes como o portal GE indicam que a presença do empresário norte-americano no Brasil será mais frequente, com um foco concentrado no clube de General Severiano. Tal dedicação pode, segundo analistas, traduzir-se em um influxo financeiro ainda maior, fortalecendo a capacidade de investimento do clube no mercado. Essa postura de Textor sugere uma tentativa de imprimir uma direção mais estável e ambiciosa para o projeto esportivo do Glorioso.
Sérgio Conceição: O Alvo Ideal para o Botafogo Way
Nesse contexto de reestruturação, o nome que surge como principal candidato para assumir o comando técnico é o de Sérgio Conceição. O treinador português de 50 anos, que recentemente encerrou seu ciclo no Milan, é o alvo prioritário de John Textor. Conforme informações da RTI Esporte, a equipe de Conceição já recebeu autorização para iniciar as negociações com o clube carioca, e um encontro entre as partes já estaria agendado para definir os próximos passos nas tratativas. O perfil do português é visto como ideal para implementar o que o clube denomina "Botafogo Way", uma filosofia de jogo ofensiva e com alta intensidade.
A trajetória de Sérgio Conceição é notável. Iniciando sua carreira como técnico em 2012, ele alcançou grande reconhecimento à frente do Porto, onde acumulou impressionantes 11 títulos. Mais recentemente, conduziu o Milan à conquista da Supercopa da Itália. Sua experiência abrange também passagens por clubes como Nantes, Braga e Vitória de Guimarães. A diretoria alvinegra enxerga em sua postura enérgica e seu estilo de jogo ofensivo os elementos necessários para resgatar o desempenho coletivo da equipe e assegurar sua competitividade no segundo semestre da temporada. A expectativa é que ele possa infundir uma nova mentalidade e um padrão tático consistente.
A Proposta Irrecusável e a Autonomia Desejada
O plano da SAF para atrair Sérgio Conceição é ambicioso: oferecer o maior contrato da história alvinegra destinado a um treinador. Além da robusta proposta financeira, a diretoria tem a intenção de garantir ao português total autonomia para a reformulação do elenco . A disposição de Textor em "abrir o bolso", conforme noticiado pelo portal Bolavip, reforça a prioridade absoluta pela contratação do ex-treinador do Porto, evidenciando o quão estratégico é este movimento para o futuro imediato do Botafogo . Essa liberdade para moldar o time é um atrativo significativo para um profissional do calibre de Conceição.
O Obstáculo Inglês e a Confiança Alvinegra
Apesar do otimismo no lado alvinegro, um fator externo ainda pode representar um entrave para o acerto: um clube da segunda divisão inglesa também iniciou conversas com Sérgio Conceição. Embora a negociação com essa equipe não tenha evoluído de forma significativa até o momento, ela é considerada um potencial obstáculo. Contudo, o Botafogo mantém a confiança na concretização do negócio. A razão para tal otimismo reside no fato de que Conceição já manifestou interesse pelo projeto esportivo apresentado pelo clube carioca, o que coloca o Glorioso em uma posição favorável na disputa por sua contratação. Além de Conceição, nomes como Roberto Mancini e Carlos Carvalhal foram ventilados internamente, mas nenhum deles avançou a ponto de se comparar à negociação direta atualmente em curso com o português.
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