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Renato Paiva Revela Críticas a John Textor e Bastidores da Vitória do Botafogo Contra o PSG
Por Redação FutFogão em 19/12/2025 06:35
Desde sua saída do Fortaleza em setembro, após uma breve passagem de apenas dez partidas, Renato Paiva tem sido uma figura presente no cenário do futebol. Em uma recente entrevista concedida ao renomado jornal português "A Bola", o treinador não hesitou em tecer comentários incisivos sobre John Textor, proprietário do Botafogo, a quem se referiu de forma genérica como "este senhor".
A experiência profissional de Paiva, conforme ele mesmo aponta, tem sido marcada por um crescimento contínuo, tanto em momentos de sucesso quanto em desafios. Ele destaca que suas passagens por clubes como Bahia e Botafogo representaram projetos singulares. No contexto do clube alvinegro, o treinador enfatiza uma gestão centralizada: "No Botafogo , por exemplo, é uma pessoa que manda e decide sozinha, é dono e não quer saber."
Ao ser questionado sobre sua interação com Textor, Paiva optou por uma abordagem direta e crítica, mas evitando se aprofundar em detalhes pessoais. "Entendo a sua pergunta (sobre a relação com Textor), mas eu não preciso de falar sobre John Textor porque ele fala por si próprio. Tudo aquilo que faz e diz é claro e, depois, quem está no meio, julga. A sua comunicação define-o." O técnico preferiu enaltecer o ambiente do clube e o elenco: "Dessa passagem, preferia dizer que trabalhei num clube absolutamente fantástico, com um grupo de jogadores único, cuja empatia e sinergia eram totais e absolutas. E com um apoio absurdo e uma identificação total com as pessoas com quem trabalhei no meu dia a dia."
O Legado de Paiva no Botafogo e as Críticas à Gestão
Renato Paiva detalhou o panorama que encontrou ao assumir o comando técnico do Botafogo . Apesar dos desafios iniciais, sua percepção era de um trabalho com resultados promissores. Ele descreve uma equipe que, embora vitoriosa na Libertadores e no Brasileirão, estava "completamente dilacerada, com 12 saídas". As contratações realizadas, segundo ele, não surtiram o efeito desejado, em parte pela falta de tempo e paciência necessários para adaptação.
A despeito dessas adversidades, o desempenho da equipe sob seu comando, antes da disputa do Mundial de Clubes em junho, apresentava uma trajetória ascendente. "Quando embarcamos no avião para irmos para o Mundial de Clubes, em junho, tínhamos 13 jogos sem perder, oito vitórias, dois empates e um deles com este Flamengo, no Maracanã, e duas derrotas, com o Bahia e com o Capital, pela Copa do Brasil, na qual jogamos com uma equipe secundária."
Para ilustrar a performance do Botafogo antes da competição internacional, os números são esclarecedores:
| Período | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Observações |
|---|---|---|---|---|---|
| Sequência Invicta | 13 | 8 | 5 | 0 | Incluindo empate com o Flamengo no Maracanã |
| Geral Pré-Mundial | 15 | 8 | 5 | 2 | Derrotas para Bahia e Capital (Copa do Brasil, time secundário) |
A Vitória Inesquecível Contra o PSG e a Reação de Textor
A participação do Botafogo na Copa do Mundo de Clubes, notabilizada pela memorável vitória sobre o campeão europeu PSG, é um ponto central na narrativa de Renato Paiva. Ele usa a reação de John Textor a esse triunfo como o principal indicativo do impacto de seu trabalho. "Vamos para os EUA a seis pontos do Flamengo, com a segunda melhor defesa do campeonato, vivos na Libertadores e na Copa do Brasil. Perante ao grupo que tínhamos no Mundial, com PSG e Atlético Madrid, dizia-se que veríamos se não seríamos goleados. Estávamos no grupo da morte."
A campanha do Botafogo no Mundial superou as expectativas, culminando na vitória histórica. "Ganhamos o Seattle, o PSG e tínhamos de perder por três com o Atlético Madrid para sermos eliminados. Perdemos por um e no último minuto." A significância desse resultado ressoa até hoje. "Hoje diz-se no Brasil que a vitória mais emblemática do Botafogo foi essa com o PSG."
O momento de maior revelação de Paiva reside na reação pessoal de Textor a essa conquista. "Aliás, esse senhor disse-me na cara que era o dia mais feliz da vida dele. Deu-me, inclusivamente, um beijo em público. Eu do Botafogo fico com isto. Os números falam por nós, as ações do senhor falam por ele."
O Futuro de Renato Paiva: Inquietação e Novas Oportunidades
Sem assumir o comando de nenhum clube desde sua saída do Fortaleza em setembro, Renato Paiva expressa uma notável inquietação profissional. Ele revelou ter recebido uma proposta para dirigir uma seleção sul-americana e não negou a existência de conversas com a Universidad de Chile, ao mesmo tempo em que brinca com o fato de estar em casa.
A paixão pelo trabalho é evidente em suas palavras. "Treinar. A minha vida passa por isto. A minha esposa sabe e diz-me várias vezes, com razão, que eu fico insuportável quando não trabalho. Posso até dizer que fui abordado para treinar uma seleção." A busca por novos desafios e a persistência em sua carreira demonstram a seriedade e o comprometimento do treinador.
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