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Renato Paiva Desafia Textor do Botafogo com Tática do Chelsea: Entenda a Polêmica
Por Redação FutFogão em 14/07/2025 12:14
Em um cenário onde o futebol tático frequentemente polariza opiniões, uma recente declaração do técnico Renato Paiva reverberou nos bastidores do Botafogo, levantando questionamentos sobre a visão estratégica adotada no clube. A provocação surgiu logo após a convincente vitória do Chelsea sobre o Paris Saint-Germain por 3 a 0, em uma final do Mundial de Clubes disputada nos Estados Unidos.
O embate, realizado no MetLife Stadium, em Nova Jersey, não apenas coroou os Blues como campeões, mas também serviu de pano de fundo para a manifestação do treinador português. Paiva, que esteve à frente do Alvinegro em um período recente, utilizou suas redes sociais para enviar uma mensagem enigmática, mas de claro direcionamento a John Textor, proprietário da SAF do Botafogo .
A postagem de Paiva, que rapidamente ganhou repercussão, questionava a flexibilidade tática, citando a formação vitoriosa do Chelsea:
"Chelsea jogando com três volantes e um 10 de falso ponta que com bola jogava por dentro no corredor central! Mas pode?"
Paiva e a Filosofia Tática: O Embate com Textor
A frase, carregada de ironia, remete diretamente às divergências que culminaram na saída do português do comando técnico do Glorioso. Contratado em fevereiro para liderar o Alvinegro no mesmo torneio da FIFA, Paiva teve momentos de destaque, como o triunfo por 1 a 0 sobre o próprio Paris Saint-Germain, uma vitória que à época parecia consolidar sua proposta de jogo.
No entanto, a relação com John Textor se deteriorou rapidamente. A postura mais cautelosa e reativa adotada nas oitavas de final, especialmente na derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, não foi bem recebida pelo empresário norte-americano. Poucos dias após a eliminação, Textor optou pela demissão do treinador, justificando a decisão como resultado de "uma análise dos últimos 10 jogos do time".
O Legado e os Números de uma Gestão Questionada
Apesar do rompimento, o período de Paiva no Botafogo não foi desprovido de conquistas. Em seus 23 jogos à frente da equipe, o Alvinegro obteve 12 vitórias, três empates e oito derrotas, com um saldo positivo de 29 gols marcados e apenas 16 sofridos. Sob sua orientação, o clube garantiu vaga nas oitavas de final tanto da Copa Libertadores quanto da Copa do Brasil, evidenciando uma capacidade de avançar em competições de alto nível.
Para uma visão mais detalhada do desempenho de Renato Paiva no Botafogo , os dados podem ser sintetizados da seguinte forma:
Partidas | Vitórias | Empates | Derrotas | Gols Pró | Gols Contra |
---|---|---|---|---|---|
23 | 12 | 3 | 8 | 29 | 16 |
A Nova Era no Glorioso: Resposta em Campo
Após a saída de Paiva, o Botafogo buscou uma nova direção, acertando a contratação de Davide Ancelotti, filho e auxiliar de Carlo Ancelotti, para compor a comissão técnica. Embora Ancelotti estivesse no banco de reservas, a liderança da equipe na prática coube ao auxiliar Cláudio Caçapa em momentos iniciais.
A resposta imediata em campo foi positiva. O Glorioso demonstrou superioridade tática e técnica diante do arquirrival Vasco da Gama, vencendo por 2 a 0 no Mané Garrincha, em partida válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols de Arthur Cabral e Nathan Fernandes, somados à performance promissora do jovem Montoro, indicaram que a transição, ao menos nesse confronto, foi bem-sucedida.
A declaração de Renato Paiva, portanto, não é apenas uma crítica tática, mas um lembrete das complexidades e das diferentes filosofias que permeiam o futebol de alta performance, e como elas se chocam com as expectativas e decisões de um proprietário como John Textor.
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