Renato Paiva Detona Defesa do Botafogo Após Revés: "Gol Inadmissível"

Renato Paiva e a Urgência na Evolução Ofensiva do Botafogo

Apesar da recente derrota para o RB Bragantino, por 1 a 0, no estádio Nabi Abi Chedid, o foco primordial do Botafogo, segundo o técnico Renato Paiva, reside na intensificação e aprimoramento do setor ofensivo. O treinador português demonstra preocupação com a falta de efetividade do ataque alvinegro.

Em coletiva de imprensa, Paiva enfatizou: "O trabalho é continuar na questão da posse de bola ser mais duradoura, completa e mais efetiva. Para que nossa posse termine em finalizações. Hoje tivemos sessenta e poucos (por cento) de posse e em finalizações (fomos) mal. Não me interessa uma posse de bola em que não termine as jogadas".

A ineficácia ofensiva tem sido um ponto crítico para o Botafogo sob o comando de Paiva, com uma média de menos de um gol por partida nos últimos cinco jogos oficiais. Essa carência de poder de fogo levanta questionamentos sobre as estratégias adotadas e a capacidade do time em converter a posse de bola em oportunidades claras de gol.

Foto: (Jogada10)

Análise Tática e Desafios na Criação de Oportunidades

Paiva reconhece a qualidade do adversário, mas não minimiza a necessidade de o Botafogo apresentar um futebol mais incisivo: "Não jogamos sozinhos, volto a dizer. O mérito e também a atitude competitiva que o Bragantino teve em campo dificultaram nossa forma de jogar. Defensivamente estivemos compactos, demos poucas chances e eles fizeram um gol de bola parada que não é bola parada. É um gol que não podemos e nem devemos sofrer neste nível. Estou mais preocupado neste momento na questão ofensiva. Gerar e criar. Uma equipe que quer ser campeã tem que criar muito no gol adversário para marcar muitos gols", completou.

A dificuldade na criação de jogadas ofensivas parece estar ligada a escolhas táticas específicas. Apenas um dos quatro gols marcados pela equipe ocorreu quando o time atuava com três volantes, enquanto os outros três foram anotados no esquema 4-2-3-1, formação tradicional desde a transformação do clube em SAF, com Savarino centralizado.

Savarino, que se destacou na temporada anterior atuando como um "camisa 10" clássico, com 14 gols e 12 assistências em 55 jogos, tem sido deslocado para a ponta esquerda, uma mudança que parece impactar sua efetividade e a capacidade de criação do time no meio-campo.

O Dilema Tático e a Busca pela Formação Ideal

A insistência em Patrick de Paula em uma função mais avançada, apesar de sua origem como segundo volante, é outra questão que merece análise. Embora o jogador tenha recebido elogios nos treinos, sua adaptação à posição não parece ter surtido o efeito desejado na produção ofensiva da equipe.

A chegada de Santiago Rodríguez, o reforço mais caro da temporada, poderia ser uma solução para o setor, mas o jogador ainda não atingiu o nível de intensidade física ideal, o que levou Paiva a optar por deslocar Savarino e improvisar com Patrick de Paula .

Os resultados obtidos com o esquema 4-2-3-1, como os dois gols marcados contra o Carabobo na Libertadores e um dos tentos na vitória sobre o Juventude, sugerem que essa formação pode ser mais adequada para potencializar o talento de Savarino e a capacidade ofensiva do Botafogo .