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Renato Paiva: Análise Tática, Humildade e a Verdade por Trás das Vitórias no Futebol

Por Redação FutFogão em 19/06/2025 09:44

Conhecidos pela franqueza de suas declarações, os técnicos lusitanos frequentemente capturam a atenção da mídia e dos torcedores. Renato Paiva, no comando do Botafogo, não foge a essa regra, demonstrando uma abordagem direta e sem rodeios ao analisar o cenário do futebol, especialmente no contexto do Mundial de Clubes.

A Autocrítica como Pilar da Liderança

Em uma de suas recentes manifestações, Paiva não hesitou em assumir a responsabilidade por falhas táticas em momentos cruciais. Ao avaliar a performance dos times brasileiros no Mundial de Clubes, o treinador admitiu ter cometido um erro, que ele classificou como "asneira", durante o segundo tempo da partida contra o Seattle Sounders, um confronto que o Botafogo venceu por 2 a 1. Essa revelação sublinha a transparência com que o técnico lida com os resultados e o desempenho de sua equipe.

A postura de autocrítica é um traço marcante do português. Ele revelou ter iniciado a preleção para o jogo subsequente contra o Paris Saint-Germain destacando os próprios equívocos da estreia. Paiva ressaltou a importância da autoavaliação, declarando:

"Me coloco em primeiro lugar e à frente de todos nos erros coletivos e disse isso para todos"

Ele detalhou o cenário da partida anterior, afirmando:

"Entramos com um ótimo plano de jogo, 2 a 0, estávamos bem e o Seattle só teve uma chance de gol. No intervalo, comecei a não ajudar minha equipe"

Essa admissão de falha é, para Paiva, um sinal de liderança e humildade. Ele reconhece que, apesar de um período de grande sucesso ? com nove vitórias e dois empates nos últimos onze jogos ?, houve uma noite de desempenho aquém do esperado. Paiva, com notável humildade, revelou ter reconhecido suas falhas perante o elenco:

"Temos momentos em que acertamos, e felizmente nos últimos tempos a gente tem acertado muito, são nove vitórias e dois empates nos últimos 11 jogos. Mas foi uma má noite e eu reconheci perante os jogadores. O mais importante para mim é que os jogadores saibam que tem um homem à frente e com humildade de dizer: 'Oi, fiz asneira, ok?'. E vamos para a frente."
Renato Paiva: Análise Tática, Humildade e a Verdade por Trás das Vitórias no Futebol
Foto: (Divulgação)

A Essência da Vitória: Análise dos Gigantes Brasileiros

Ainda em sua análise sobre o desempenho dos clubes brasileiros no torneio, Paiva ponderou sobre a performance de Palmeiras e Fluminense, que, apesar de terem apresentado um futebol vistoso contra Porto e Borussia Dortmund, respectivamente, não conseguiram a vitória. Ele sugeriu que seus colegas de profissão, Abel Ferreira e Renato Gaúcho, priorizariam o resultado sobre a beleza da exibição. Para Paiva, o triunfo é o objetivo primordial, acima da estética do jogo.

Em sua avaliação sobre o desempenho dos clubes brasileiros nos Estados Unidos, Paiva ponderou:

"As quatro equipes foram competitivas. Flamengo e Botafogo ganharam e Palmeiras e Fluminense jogaram muito bem. Meus queridos colegas Abel e Renato jogaram muito bem, mas talvez trocariam um pouco da beleza da exibição pelos três pontos. O importante é ganhar"

Desmistificando o Favoritismo no Futebol Global

Com um tom pragmático, o treinador fez questão de desmistificar o favoritismo do Paris Saint-Germain no próximo confronto. Para Paiva, a história do futebol está repleta de exemplos de times considerados imbatíveis que acabaram sendo surpreendidos. Ele enfatizou a importância de blindar a equipe de pressões externas e expectativas irrealistas.

A preparação para o jogo deve ser a mesma, independentemente do adversário, focando na correção de erros e na exploração das fraquezas do oponente. Paiva expressou sua filosofia para o duelo no Rose Bowl, em Los Angeles:

"Acho que o cemitério do futebol está cheio de favoritos. É um jogo, há probabilidades, mas nós que preparamos os jogos fazemos da mesma forma. Quero que minha equipe faça certas coisas, corrija o que deu errado, e no último jogo não foram poucas coisas, ver as fragilidades do adversário e a partir disso lutar pelos três pontos"

Ainda sobre o tema do favoritismo, o técnico do Botafogo argumentou que entrar nesse campo emocional é contraproducente, pois tira o controle dos próprios jogadores. Ele buscou remover qualquer impacto psicológico negativo, lembrando que o Paris Saint-Germain, embora seja um adversário de peso, também está sujeito a vitórias, derrotas e empates. Ele enfatizou a importância de blindar a equipe de pressões externas, declarando:

"Se entrar nesse campo de favoritismo, é uma área emocional que você não controla. É impacto que eu quero retirar. O adversário é quem é, mas também ganha, perde e empata. Se falar que somos favoritos poderemos ir para o jogo confortável. Se falar que somos piores, eles podem ir com medo e quero que sejam eles mesmos. Só isso."

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Comentado em 19/06/2025 11:21 Pô, Renato é brabo! Reconhece os erros e vamos pra cima do PSG, fé!
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