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Reencontro Botafogo x Júnior Santos: Desafios e Lacunas Pós-Saída
Por Redação FutFogão em 20/09/2025 11:13
O Estádio Nilton Santos será palco, neste sábado, às 18h30 (horário de Brasília), de um confronto pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, que marca um reencontro com nuances de ironia. De um lado, o Botafogo; do outro, Júnior Santos, agora vestindo a camisa do Atlético-MG. A história recente de ambos, que culminou na glória da Libertadores de 2024 com um gol decisivo do atacante contra o próprio Galo, tomou rumos distintos desde então. Contudo, a trajetória pós-separação não tem se revelado favorável para nenhuma das partes envolvidas até o momento.
A despedida de Júnior Santos do cenário alvinegro carioca, apesar de sua grande aceitação nos bastidores e a afeição de boa parte dos colaboradores, foi motivada por uma oportunidade de negócio considerada irrecusável. Diante de uma proposta inicial de US$ 7 milhões (equivalente a R$ 42,4 milhões à época), a diretoria do Botafogo avaliou que se tratava de um excelente retorno financeiro por um atleta de 30 anos, adquirido por aproximadamente R$ 5 milhões.
As negociações se concretizaram em janeiro, quando o Atlético-MG formalizou a aquisição de Júnior Santos por US$ 8 milhões ? cerca de R$ 48 milhões, conforme a cotação daquele período. O clube mineiro garantiu a posse integral, 100%, dos direitos federativos do atacante, finalizando uma transação de grande impacto no mercado.
O Custo de uma Decisão: A Saída de Júnior Santos e Seus Reflexos Financeiros
| Detalhe da Transferência | Valor | Observação |
|---|---|---|
| Aquisição pelo Botafogo | R$ 5 milhões | Valor pago pelo clube carioca |
| Proposta inicial de venda | US$ 7 milhões (R$ 42,4 milhões) | Cotação da época |
| Venda final para Atlético-MG | US$ 8 milhões (R$ 48 milhões) | 100% dos direitos do atacante |
Desde a partida de Júnior Santos , a ponta-direita, posição anteriormente ocupada pelo jogador, transformou-se em um foco de preocupação para o elenco do Botafogo. Não por acaso, a tentativa de repatriar o atleta se manifestou menos de cinco meses após sua mudança para Minas Gerais, durante a janela extraordinária para a Copa do Mundo de Clubes. Duas propostas de empréstimo foram formalizadas, mas ambas receberam recusa do Galo.
Apesar do persistente interesse, a direção do Botafogo , posteriormente, reavaliou suas prioridades. A existência de diversas opções para atuar pelos flancos, mesmo que a maioria demonstre preferência pelo lado esquerdo do campo, levou à conclusão de que a contratação de um ponta-direita de ofício deixou de ser urgente. Atualmente, Artur é o incumbente da posição, mas suas performances têm sido marcadas por oscilações.
A complexidade da situação foi evidenciada na rodada anterior, no confronto contra o São Paulo, quando o técnico Davide Ancelotti optou por uma solução improvisada, escalando o volante Danilo na ponta direita. A justificativa para tal escolha residia na indisponibilidade de atletas da posição: Artur se recuperava de uma lesão muscular na panturrilha direita, enquanto Santi Rodríguez e Montoro enfrentavam quadros de gripe e problemas gastrointestinais, respectivamente.
O Vazio na Ponta Direita: Os Dilemas Táticos do Botafogo
Outros nomes que poderiam atuar pelo setor direito também estão ausentes ou em outras condições. Jordan Barrera, por exemplo, está integrado à seleção sub-20 da Colômbia desde a Data Fifa e só retornará ao Botafogo após o encerramento da participação de sua equipe na Copa do Mundo da categoria. Matheus Martins surge como outra alternativa viável para a ponta-direita no esquema tático alvinegro.
Do lado do Atlético-MG, a chegada de Júnior Santos foi cercada de altas expectativas, considerando-o o investimento mais vultoso do clube na janela de transferências do início do ano. A principal meta era preencher a lacuna deixada pela saída de Paulinho, então artilheiro da equipe, que se transferiu para o Palmeiras, e consolidar uma nova força ofensiva.
Sua estreia no Campeonato Mineiro ocorreu como titular, visando a aquisição de ritmo de jogo. Contudo, a trajetória inicial foi marcada por um revés inesperado: na terceira partida, contra o Athletic, após entrar em campo vindo do banco de reservas, Júnior Santos foi expulso. Este incidente o impediu de participar do clássico subsequente contra o Cruzeiro, uma ausência que o levou a emitir um pedido formal de desculpas à torcida.
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