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Goleiro do Botafogo Retém Bola e Arbitragem Hesita em Aplicar Nova Regra

Por Redação FutFogão em 30/03/2025 19:02

A Nova Regra da Reposição do Goleiro e sua (Não) Aplicação

A partida entre Palmeiras e Botafogo, que terminou empatada em 0 a 0 no Allianz Parque, pela rodada inaugural do Campeonato Brasileiro, evidenciou uma questão intrigante: a não aplicação da nova regra referente à reposição de bola pelo goleiro. Essa norma, que visa coibir a excessiva demora, determina a marcação de um escanteio caso o arqueiro permaneça com a bola em mãos por mais de oito segundos.

Lance Decisivo e a Demora na Contagem

Em um momento crucial da partida, aos 48 minutos do segundo tempo, um lance específico chamou a atenção. Após um lançamento de Giay para Estêvão, a bola foi dominada por John, goleiro do Botafogo . Ele não apenas segurou a bola, mas também se jogou ao chão, retardando ainda mais a reposição. O árbitro Ramon Abatti Abel, por sua vez, tardou em iniciar a contagem do tempo. No entanto, mesmo após a contagem ser iniciada, o goleiro demorou cerca de 20 segundos para efetuar o chute, conforme demonstrado no vídeo.

Entenda a Mudança na Regra da Reposição

A regra anterior, mais restritiva, estipulava que a arbitragem deveria assinalar um tiro livre indireto para a equipe adversária sempre que o goleiro excedesse o limite de seis segundos com a bola em sua posse. No entanto, devido à potencial periculosidade da penalidade e à hesitação dos árbitros em aplicá-la, a Fifa optou por aumentar o tempo limite em dois segundos e alterar a punição para um escanteio. A mudança visava equilibrar a regra, tornando-a mais aplicável e menos suscetível a interpretações.

Implementação Antecipada no Brasileirão

Embora a Fifa tenha previsto a entrada em vigor da nova regra no Mundial de Clubes, programado para ocorrer entre junho e julho nos Estados Unidos, a CBF decidiu antecipar sua implementação no Campeonato Brasileiro. Surpreendentemente, apesar da nova diretriz, não houve registro de sua aplicação nos sete primeiros jogos da rodada inaugural, levantando questionamentos sobre a consistência da arbitragem e a compreensão da regra por parte dos profissionais.

O Passado e o Presente das Regras de Reposição

A antiga norma impunha um limite de tempo menor e uma punição mais severa ? um tiro livre indireto. "A regra antiga era mais rigorosa e orientava a arbitragem a marcar tiro livre indireto para a equipe adversária toda a vez que o goleiro demorasse mais de seis segundos com a bola nas mãos." A hesitação em aplicar essa regra, devido ao potencial de lances perigosos, motivou a Fifa a suavizar a norma, aumentando o tempo para oito segundos e alterando a punição para um escanteio. "Como muitas vezes resultaria em um lance de perigo e dificilmente os árbitros marcavam, a Fifa aumentou dois segundos no tempo e passou a orientar a punição ser um escanteio." A nova regra, já adotada pela CBF no Brasileirão, busca um equilíbrio entre a punição da cera e a fluidez do jogo.

O Futuro da Arbitragem e a Aplicação Consistente das Regras

A não aplicação da nova regra no lance envolvendo o goleiro John reacende o debate sobre a necessidade de uma arbitragem mais atenta e consistente. É crucial que os árbitros estejam plenamente familiarizados com as novas diretrizes e as apliquem de forma uniforme, a fim de evitar controvérsias e garantir a justiça desportiva. A expectativa é que, com o decorrer do campeonato, a nova regra seja devidamente internalizada e aplicada, contribuindo para um jogo mais dinâmico e justo.

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