Paiva admite pressão no Botafogo e busca evolução para Libertadores

O recente triunfo do Botafogo sobre o Carabobo, na Venezuela, na última terça-feira (6), proporcionou um alívio momentâneo em meio às críticas da torcida alvinegra. Apesar da conquista dos três pontos, a equipe permanece na terceira posição do Grupo A da Libertadores, evidenciando a necessidade de melhorias para avançar na competição.

O técnico Renato Paiva, a equipe e o proprietário John Textor têm enfrentado um crescente descontentamento por parte dos torcedores, manifestado inclusive em pichações nos muros do Estádio Nilton Santos. A cobrança se intensifica devido ao contraste com o desempenho da temporada anterior, em que o clube conquistou a Copa Libertadores e o Brasileirão.

Pressão e Desafios no Botafogo

Em suas declarações, Renato Paiva reconhece que o desempenho do Botafogo está aquém das expectativas e enfatiza a importância de buscar um padrão de jogo mais consistente para alcançar uma sequência de vitórias. "Tenho que fazer o meu trabalho consciente, obviamente consciente também dos resultados", afirmou o técnico.

O treinador demonstra preocupação com a gestão interna do grupo, buscando maneiras de motivar os jogadores e encontrar soluções para superar os momentos de adversidade. "O que me preocupa muito é (a pressão) interior, manejar meus jogadores, encontrar soluções nestes momentos mais difíceis e continuar trabalhando. É a única coisa que eu posso fazer para sair desses momentos tão difíceis.?, completou o treinador do Glorioso.

Foto: (Vítor Silva/Botafogo)

A Busca por Consistência e Resultados

Apesar de ter tido um período de ajustes no time desde sua chegada no final de fevereiro, Paiva ainda não conseguiu imprimir sua identidade à equipe. As vitórias isoladas, como as conquistadas contra o Fluminense e o Capital-DF, não foram suficientes para garantir a regularidade do Botafogo , que ocupa apenas a 12ª posição no Brasileirão e está fora da zona de classificação na Libertadores. A insatisfação da torcida, portanto, é compreensível.

Paiva demonstra naturalidade ao abordar a pressão e as críticas, reconhecendo que elas são inerentes ao futebol. ?Sobre a pressão: este escudo (do Botafogo ) te dá pressão todos os dias, não há como. E o futebol é isso, pressão, pressão, pressão. Se não ganhar ? e não é só no Brasil, é em todo o lado ? te cobram, querem que ganhe, é universal?, disse Paiva.

Futuro Incerto e a Necessidade de Evolução

O futuro de Paiva no comando do Botafogo permanece incerto, e o treinador parece ciente disso. ?Tenho que me focar para fazer o meu trabalho. Se a pressão influi no meu trabalho, não posso estar aqui, tenho que ir?, acrescentou o treinador do Botafogo em entrevista coletiva após a partida, mostrando naturalidade sobre a pressão e críticas da torcida.

A declaração de Paiva revela a consciência da necessidade de apresentar resultados e lidar com a pressão constante que acompanha o cargo. A busca por soluções e a capacidade de gerir o grupo serão determinantes para que o Botafogo possa superar este momento e alcançar seus objetivos na temporada.