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Luís Castro no Grêmio: Desvendando o Impacto de Sua Jornada no Botafogo

Por Redação FutFogão em 13/12/2025 05:04

A recente confirmação de Luís Castro como o novo líder técnico do Grêmio, anunciada nesta sexta-feira (12), inevitavelmente remete sua trajetória ao período de 2022 a 2023 no comando do Botafogo. O estrategista português, de fato, esculpiu uma fase distintiva no cenário carioca, caracterizada pela superação de revezes, pela orquestração de uma ascensão notável à ponta do Campeonato Brasileiro e por uma despedida em pleno apogeu.

Sua chegada ao Alvinegro, em março de 2022, marcou o início da era de investimentos da SAF sob a gestão de John Textor. Contudo, os primeiros meses do profissional foram marcados por um cenário de desafios consideráveis, exigindo múltiplas remodelações no elenco ao longo da temporada inaugural.

A magnitude das adversidades foi expressa pelo próprio treinador seis meses após sua chegada, em um testemunho que expôs as precariedades estruturais enfrentadas:

“As dificuldades foram muito além do que eu esperava. Não pensava que não teria um campo para treinar. Só para exemplificar. Os jogadores equipam-se há duas semanas a esta parte em um balneário. Não tinha um balneário comum, tinham que equipar-se de forma separada até então. Em seis meses, poucas coisas foram resolvidas”

Naquele período, o Botafogo ainda se encontrava em um processo de reestruturação profunda. Embora uma evolução perceptível se manifestasse nas quatro linhas, esta não foi suficiente para alçar o clube além da metade inferior da tabela do Campeonato Brasileiro de 2022.

Os Obstáculos Iniciais e a Reconstrução Botafoguense

O ano de 2023 testemunhou uma série de experimentações táticas e rotações no elenco promovidas por Castro. Em meio a esse laboratório, o Botafogo enfrentou um revés significativo, sendo precocemente eliminado pela Portuguesa-RJ no Campeonato Carioca, sem sequer alcançar a fase decisiva da competição.

Apesar do tropeço regional, o técnico português manteve sua posição, e sob sua batuta, a equipe consolidou-se no Campeonato Brasileiro. O Glorioso, então, empreendeu uma arrancada notável, estabelecendo uma folga expressiva na liderança do torneio. O cenário parecia promissor, até que, em maio, um convite de peso alterou os rumos: Cristiano Ronaldo o contatou para assumir o comando do Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Com uma vantagem de sete pontos sobre o então vice-líder – ironicamente, o próprio Grêmio –, Luís Castro optou por encerrar sua jornada no Botafogo, partindo para uma nova experiência no futebol árabe.

A Arrancada Gloriosa e a Saída Inesperada

A lacuna deixada por Castro foi inicialmente preenchida por Cláudio Caçapa, em caráter interino, e posteriormente por Bruno Lage. O Botafogo, que chegou a ostentar uma vantagem de 13 pontos sobre o Palmeiras, viu essa diferença evaporar progressivamente ao longo da competição nacional. O desfecho foi particularmente amargo, com o clube carioca encerrando o Brasileirão na 5ª posição, fora da zona de classificação direta para a Copa Libertadores.

Contudo, o destino reservaria uma reviravolta no ano subsequente. Em 2024, o Botafogo conseguiu reverter o quadro, celebrando as conquistas da Copa Libertadores e do título da Série A do Campeonato Brasileiro, um feito que ressignificou a frustração anterior.

O Pós-Castro no Botafogo: A Queda e o Ressurgimento

Após sua experiência no Al-Nassr, Luís Castro dirigiu o Al-Wasl, equipe dos Emirados Árabes Unidos. O técnico português, que rescindiu seu vínculo com o clube árabe, encontrava-se sem equipe quando a oferta do Grêmio se materializou.

Seu novo compromisso com o Tricolor gaúcho está previsto para durar duas temporadas, estendendo-se até o encerramento do ano de 2027.

Luís Castro: Do Oriente Médio ao Desafio Gremista

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