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Lucas Halter comenta críticas de John Textor no Botafogo
Por Redação FutFogão em 25/12/2025 05:46
A trajetória de Lucas Halter no Botafogo em 2024 foi marcada por uma intensa oscilação técnica e um desgaste público que culminou em sua saída para o Vitória. Hoje, o defensor encara aquele período como uma etapa superada, mas não se furta a analisar os episódios que definiram sua passagem por General Severiano. Entre os pontos centrais dessa experiência, destaca-se a postura de John Textor, proprietário da SAF alvinegra, cujas avaliações internas e externas sobre o desempenho do atleta geraram ruídos nos bastidores.
O zagueiro tornou-se um dos principais alvos da torcida e da gestão após a derrota para o Junior Barranquilla, logo na estreia da fase de grupos da Libertadores. Naquele momento, a postura de Halter foi questionada diretamente por Textor, o que impactou sua confiança e o colocou em uma posição de vulnerabilidade perante o elenco. No entanto, o jogador demonstra maturidade ao avaliar o comportamento do empresário americano, minimizando qualquer ressentimento pessoal.
De acordo com o defensor, a forma de agir do gestor faz parte de sua personalidade competitiva. "É o jeito dele (Textor) de lidar com as situações. A gente não leva nada para o lado pessoal, todo mundo quer ganhar, todo mundo é competitivo. A gente sempre quer ver o clube que a gente defende no topo. Então, em relação a isso, é tranquilo", afirmou Halter em entrevista ao portal UOL.
O ressurgimento de Lucas Halter longe do Rio de Janeiro
Após o período de instabilidade no Glorioso, Halter encontrou no Vitória o ambiente necessário para retomar o bom futebol. Sob o comando de Jair Ventura, o zagueiro assumiu um papel de protagonismo na luta contra o rebaixamento, contribuindo inclusive com gols decisivos em confrontos diretos contra Internacional e Mirassol. A mudança de ares permitiu que o atleta reconstruísse sua imagem, longe da pressão desproporcional que enfrentava no Rio.
O jogador ressaltou a importância do apoio vindo das arquibancadas em Salvador, estabelecendo um paralelo implícito com o clima hostil que viveu anteriormente. "Desde quando eu cheguei no Vitória, eu já vi que a torcida era diferente. Eles abraçam os jogadores independentemente da situação. A gente teve jogos desastrosos esse ano e a torcida no próximo jogo em casa lotava o Barradão e não vaiava, só apoiava. E nesse final foi lindo, lotaram o Barradão nos dois jogos, era o nosso décimo segundo jogador. O Barradão chega a tremer, tem vídeo. Isso aí é coisa de maluco. Então, eles tiveram um papel fundamental também na nossa retomada de final de campeonato", detalhou.
Abaixo, apresentamos os dados que sintetizam a passagem recente do atleta pelo clube baiano e sua situação contratual:
| Indicador | Dados do Atleta |
|---|---|
| Gols marcados pelo Vitória | 4 gols |
| Status atual | Emprestado pelo Botafogo |
| Cláusula de atuação contra o Botafogo | R$ 500 mil (pago pelo Vitória) |
| Situação para 2025 | Sondagens de clubes da Série A |
A relação complexa com John Textor e a pressão interna
Halter também refletiu sobre como o ambiente do futebol costuma buscar culpados em momentos de instabilidade coletiva. Para ele, a responsabilidade individual muitas vezes é superestimada quando os resultados não aparecem, exigindo um preparo psicológico elevado para lidar com o rótulo de "vilão". O zagueiro defende que sua integridade mental foi o que permitiu sua volta por cima na reta final da temporada.
Sobre as cobranças, ele foi enfático: "Quando as coisas estão dando certo, 10 mil maravilhas, quando não está dando certo, sempre tem os culpados, tem os vilões. Mas em relação a isso eu tenho a cabeça muito tranquila, sabe? As cobranças sempre vão existir. A gente tem que estar preparado. Mental tem que estar forte, ainda mais num clube grande também. É que fica marcado o pessoal. E é normal, né? A gente entende também".
Um dos momentos mais curiosos de sua saída foi o embate direto entre Vitória e Botafogo , no qual o clube baiano desembolsou meio milhão de reais para escalá-lo. O empate em 0 a 0 naquela ocasião foi fundamental para a permanência do Leão na elite. Halter admitiu que a situação foi inusitada, mas destacou o profissionalismo ao defender as cores da equipe que acreditou em seu potencial.
Futuro indefinido e o fim do ciclo no Alvinegro
Mesmo com o sucesso individual no Vitória, o futuro de Lucas Halter permanece uma incógnita. Embora o clube de Salvador tenha interesse em sua permanência, o mercado da Série A já se movimenta com sondagens pelo defensor. O que parece certo, contudo, é que um retorno ao Botafogo está fora dos planos de ambas as partes, selando o término de uma relação que, apesar de curta, foi intensa e pedagógica para o atleta.
"Eu achei que eu não ia jogar, me pegou de surpresa. Eu defendo a camisa que eu estou vestindo. Então, eu só entrei em campo e tentei ajudar ao máximo a equipe que eu estou defendendo, que era o Vitória. Mas foi estranho entrar em campo, ver todo mundo, todos os companheiros. E eu fiquei feliz com isso de todo mundo do Vitória acreditar em mim, de colocar para jogar mesmo tendo que pagar um valor muito alto", concluiu o jogador.
A análise fria da passagem de Halter pelo Botafogo revela um jogador que sucumbiu à pressão de um projeto em transformação, mas que soube se reinventar. Para o Alvinegro, fica a lição sobre a gestão de ativos e o impacto das críticas públicas da diretoria sobre o rendimento do elenco .
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