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Leilão do Engenhão: Alerj Aprova Parecer e Ameaça o Futuro do Botafogo
Por Redação FutFogão em 20/11/2025 00:44
A recente decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deflagrou um intenso debate. Nesta quarta-feira, 19 de novembro, os parlamentares, por quatro votos a três, chancelaram a inclusão de treze imóveis estaduais adicionais no rol de bens passíveis de leilão. Entre essas propriedades, de forma surpreendente, figura o terreno onde se ergue o Estádio Nilton Santos. Tal deliberação, portanto, posiciona o lar do Botafogo em uma situação análoga à do Maracanã, que igualmente enfrenta a possibilidade de alienação.
O Nilton Santos, popularmente conhecido como Engenhão, foi edificado pela Prefeitura do Rio de Janeiro com vistas aos Jogos Pan-Americanos de 2007. Atualmente, o estádio encontra-se sob um regime de concessão ao Botafogo , com validade estendida até o ano de 2031. Contudo, o deputado Alexandre Knoploch (PL), integrante da CCJ, sustenta que a área de terra onde a estrutura foi construída pertence, de fato, ao Estado. Foi o próprio parlamentar, aliás, quem solicitou a inserção do imóvel na lista de bens a serem desinvestidos. A meta primordial do governo estadual, ao propor a venda desses ativos, é mitigar a vultosa dívida bilionária que o Rio de Janeiro acumula com a União.
Nilton Santos na Mira: As Implicações da Decisão da Alerj
Para além dos notórios estádios, o novo inventário da Alerj agora engloba um total de 75 propriedades públicas, abrangendo até mesmo o emblemático complexo da Central do Brasil. A proposta inicial, encaminhada pelo governo em agosto, visava arrecadar cerca de R$ 1 bilhão por meio da comercialização de 48 endereços. Entretanto, a CCJ instituiu um grupo de trabalho que procedeu à vistoria dos locais e, como resultado, alterou a relação original. Os deputados optaram por excluir o Estádio Caio Martins, localizado em Niterói, mas, em contrapartida, inseriram o Maracanã e, agora, o Nilton Santos.
É fundamental ressaltar que a concretização dessa venda ainda não é um fato consumado. O parecer aprovado pela CCJ representa apenas uma etapa preliminar do processo. Ele necessita da posterior aprovação do plenário da Casa, composto por setenta deputados estaduais. A data para esta votação final, que será decisiva, ainda não foi definida. Enquanto o desfecho permanece incerto, a inclusão do terreno do Nilton Santos gera uma profunda inquietude quanto ao porvir da concessão do Botafogo e abre um novo capítulo nas contínuas dificuldades fiscais do Rio de Janeiro, que busca incessante e criticamente a monetização de seus ativos para reequilibrar suas finanças.
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