John Textor mira Wolverhampton com investidor; Botafogo em foco financeiro

Em um movimento que chama a atenção do cenário esportivo, John Textor, figura central na gestão do Botafogo, apresentou uma oferta substancial de 200 milhões de euros (equivalente a R$ 1,07 bilhão) para adquirir o Wolverhampton, tradicional clube inglês. Essa iniciativa surge em um momento de reajustes e contenção de despesas para o Alvinegro, que ainda lida com a indefinição no pagamento da premiação referente ao Mundial de Clubes, uma questão que divide elenco e diretoria.

Contrariando a percepção de um desequilíbrio financeiro no Brasil, o empresário norte-americano, conforme apurado pelo portal "ge", não atua sozinho nesta empreitada. Ele conta com o suporte de um investidor cujo nome permanece em sigilo. Este parceiro estratégico, no entanto, demonstra interesse exclusivo na negociação envolvendo o clube inglês, sem direcionar qualquer capital para o Glorioso.

A visão de Textor aponta para a aquisição de um time na Inglaterra como um pilar fundamental para a expansão da Eagle Football. A expectativa é que essa movimentação possa impulsionar a atração de novos talentos, replicando o sucesso observado em contratações como as de Thiago Almada e Luiz Henrique. Todavia, a proposta inicial do investidor já encontrou uma resposta negativa.

O Horizonte Estratégico de Textor e o Cenário do Botafogo

É crucial ressaltar que o grego Evangelos Marinakis, proprietário do Nottingham Forest, está impedido de ser o investidor em questão. As normas da Premier League são claras ao proibir que um mesmo acionista mantenha envolvimento simultâneo em dois clubes da liga, visando preservar a integridade competitiva do campeonato.

Paralelamente ao seu empenho em terras britânicas, John Textor observa o Botafogo em um contexto que limita aportes financeiros de grande vulto. O clube carioca, buscando fortalecer suas bases econômicas, recentemente firmou acordos com dois novos patrocinadores. Tais parcerias são vitais para garantir as receitas necessárias e assegurar o equilíbrio das contas até o final do ano.

O empresário justifica a ausência de injeção direta de capital no Alvinegro devido a um embate com a Ares. Essa disputa legal tem sido um entrave significativo. Em 17 de julho, Textor havia aprovado medidas para a obtenção de um empréstimo de 100 milhões de euros, mas essa movimentação foi vetada pelo fundo duas semanas depois, prolongando uma situação que parece distante de uma resolução definitiva.

Ajustes Financeiros e Perspectivas para 2025

A necessidade de um investimento de R$ 350 milhões para o primeiro semestre de 2026 sublinha a urgência da situação financeira do Botafogo . Diante de um cenário desafiador, o clube já projeta um considerável corte de despesas para o próximo ano, após um 2025 com um operacional elevado. O plano inclui uma redução de 30% na folha salarial a curto prazo.

Essa medida de austeridade é uma resposta direta a uma temporada que não culminou em títulos e que resultou na diminuição de receitas provenientes de cotas de televisão e do programa de sócios-torcedores. A gestão busca, assim, readequar a estrutura financeira do clube a uma nova realidade de faturamento e desempenho esportivo.