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John Textor Explicita Contas Botafogo-Lyon Após Acusações
Por Redação FutFogão em 04/12/2025 18:15
O empresário John Textor veio a público para rebater as sérias acusações de "transferências fantasmas" levantadas pelo Olympique Lyonnais, que envolveriam movimentações de jogadores entre o clube francês e o Botafogo. Em um comunicado detalhado divulgado na última quinta-feira (4), o proprietário da Eagle Football assegurou a total transparência nas operações financeiras da holding relacionadas a esses atletas. Ele ainda salientou que a impossibilidade de jogadores como Luiz Henrique e Igor Jesus entrarem em campo decorreu diretamente de uma determinação da DNCG (Direção Nacional de Controle e Gestão), órgão regulador francês.
Textor enfatizou a legitimidade das negociações, declarando:
"As transferências de jogadores em questão foram todas decisões futebolísticas válidas e vantajosas, propostas por mim e estruturadas e concretizadas pelo nosso Diretor Global de Futebol, Micheal Gerlinger (atualmente CEO do Olympique Lyonnais)".
O empresário esclareceu ainda que, sem a devida autorização, as transações não foram finalizadas, resultando em uma situação peculiar:
"Os direitos dos jogadores nunca retornaram ao Botafogo pois, sem seu consentimento, as transferências não se concluíram. Portanto, todos os direitos econômicos futuros permanecem com o Lyon, que recebeu integralmente as receitas de transferências finais para Zenit, Nottingham Forest e Atlético de Madrid".
A Resposta Contundente de John Textor
Em um movimento para dissipar qualquer dúvida sobre a movimentação de capital, John Textor pormenorizou os montantes envolvidos nas transferências entre o Botafogo e o Lyon. Conforme o empresário norte-americano, o clube carioca remeteu um total de 146 milhões de euros ao Lyon, dos quais 80 milhões de euros correspondiam à aquisição de direitos de jogadores. Desse total, 42 milhões de euros foram posteriormente reembolsados ao Botafogo . Atualmente, a dívida do clube francês para com o Alvinegro é estimada em aproximadamente 35 milhões de euros.
Os Fluxos Financeiros Entre Glorioso e Lyon Detalhados
Para ilustrar a complexidade dessas operações, Textor apresentou um balanço detalhado, que pode ser sintetizado da seguinte forma:
| Transação | Valor (Euros) | Observação |
|---|---|---|
| Transferências Botafogo para Lyon | 146 milhões | Via transferências bancárias diretas |
| Venda de direitos de jogadores (Lyon para Botafogo) | 80 milhões | Incluso nos 146 milhões |
| Transferências Lyon para Botafogo | 42 milhões | Reembolso em diferentes momentos |
| Taxas de transação e custos de financiamento | 23 milhões | A serem divididos igualmente entre os clubes |
| Saldo devedor do Lyon para Botafogo | ~35 milhões | Valor atualizado |
Em sua explanação, Textor reiterou a clareza das movimentações financeiras:
"O Botafogo transferiu 146 milhões de euros em dinheiro, por meio de transferências bancárias diretas. Aproximadamente 80 milhões se referiam à venda dos direitos dos jogadores do Lyon. Em contrapartida, por meio de nosso sistema de gestão conjunta de caixa, o Lyon transferiu cerca de 42 milhões de euros de volta para o Botafogo em diferentes momentos. Outros 23 milhões de euros em taxas de transação e custos de financiamento seriam divididos igualmente entre os clubes, restando um saldo devedor do Lyon para com o Botafogo de aproximadamente 35 milhões de euros".
O Confronto de Textor com a DNCG e a Imprensa Francesa
Para além das questões financeiras, Textor direcionou duras críticas à DNCG e à forma como foi abordado pela mídia francesa em seu comunicado. Ele sustenta que sua visão de transformar o futebol do país, por meio de um modelo multiclubes, encontrou forte resistência e pouca receptividade por parte dos dirigentes locais.
Em um tom incisivo, o proprietário da Eagle Football questionou a lógica da DNCG, apontando uma aparente contradição nas ações do órgão:
"A única explicação para uma proibição retroativa de transferências, vinda de uma organização que alega se preocupar com nossas finanças, seria esta explicação esportiva: a DNCG sabia que nossa falha em registrar os jogadores seria uma violação de nossas obrigações para com eles, o que permitiria que os jogadores rescindissem seus contratos, resultando em uma perda de 100% do valor dos jogadores para o Lyon - um cenário de perda total, imposto por uma DNCG que existe apenas para proteger a saúde financeira dos clubes de futebol franceses".
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