John Textor Desmascara 'Revisionismo' de Artur Jorge na Saída do Botafogo

O empresário John Textor, proprietário da SAF alvinegra, novamente direcionou suas críticas ao ex-técnico Artur Jorge. Em declarações recentes, o dirigente do Botafogo acusou o português de empreender um ?revisionismo da história? ao abordar os motivos de sua partida para o Al-Rayyan, do Catar. Textor foi enfático ao sugerir que o treinador já negociava os termos de sua saída com o clube catariano muito antes do encerramento da temporada brasileira, uma hipótese que Artur Jorge, em contrapartida, tem veementemente rechaçado em entrevistas.

A controvérsia ressurge em um momento de destaque para o Botafogo , evidenciando que as relações entre a gestão e o antigo comando técnico permanecem tensas. A persistência dessa discussão pública sublinha as diferentes percepções sobre os eventos que culminaram na saída do treinador, gerando um debate sobre a veracidade dos fatos.

A Controvérsia da Partida: Acusações de Revisionismo Histórico

A espinha dorsal da argumentação de John Textor reside na alegação de que Artur Jorge e sua equipe planejaram a saída do Botafogo com antecedência, forjando uma narrativa para eximir-se de responsabilidade e imputar a culpa ao clube. ?Não volte e faça um revisionismo da história?, sentenciou Textor. Ele detalhou que a decisão de partir foi tomada pelo treinador e seu staff ?no início da temporada?, sendo este um fato ?claro?.

De acordo com o empresário, essa estratégia narrativa teria sido deliberadamente construída. Textor reforçou que o técnico ?quis discutir isso dois meses antes da temporada acabar?, período em que o Botafogo estava em plena disputa de títulos. O americano ainda afirmou categoricamente: ?Eu sei que ele foi abordado pelo Catar antes. Ele já sabia há muito tempo que iria sair.? Essa perspectiva sugere que a movimentação para o futebol catariano não foi uma decisão súbita, mas sim um desdobramento de negociações prévias.

A Disputa Financeira e a Escolha Pessoal

Artur Jorge, em entrevista prévia, havia declarado possuir o ?oitavo melhor salário entre os técnicos da elite do Brasileirão? e que ?tinha mais para ganhar? permanecendo no Botafogo . Contudo, Textor rebateu essa visão com uma perspectiva que prioriza a escolha individual e os valores envolvidos. ?Ele pode continuar falando o que for?, declarou o dirigente, argumentando que discussões financeiras deveriam ocorrer ao final da temporada, não em seu meio.

Textor destacou que os bônus concedidos a Artur Jorge foram ?ótimos, extremos?, posicionando-o entre os treinadores mais bem remunerados. A partir daí, o empresário traçou um dilema: ?Se foi por dinheiro, ele iria ao Catar. Se fosse por amor, ele estaria aqui.? Ao reforçar que o Botafogo ?estava pagando bem?, Textor encerrou a questão com um irônico ?boa sorte para ele?, sublinhando a percepção de que a decisão foi predominantemente motivada por aspectos financeiros, em detrimento de um vínculo mais profundo com o clube.

O Legado e o Foco Atual do Botafogo

Apesar da retórica contundente, Textor buscou desviar o foco da figura de Artur Jorge, redirecionando a atenção para o presente e o futuro do Botafogo . Em suas palavras, o momento atual, especialmente diante da participação do clube em competições de prestígio, ?é sobre os escolhidos, as pessoas que ficaram, os jogadores que nos ajudaram na conquista do campeonato. Não é sobre o Artur Jorge?.

O empresário reconheceu que ?Tivemos grandes tempos juntos?, mas reiterou a premissa central de sua contestação: a decisão de partida foi do próprio técnico. ?Ele decidiu ir embora. Ele não pode botar a culpa no clube?, concluiu Textor, solidificando a posição da diretoria de que a responsabilidade pela saída recai inteiramente sobre Artur Jorge. A mensagem final é clara: o Botafogo segue em frente, focado em seus objetivos e no elenco atual, sem espaço para revisionismos de sua história recente.