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Joaquín Correa no Botafogo: Análise Detalhada, Perfil Tático e Expectativas

Por Redação FutFogão em 11/06/2025 04:17

A mais recente aquisição do Botafogo para a janela de transferências, antes da iminente Copa do Mundo de Clubes, materializou-se com o anúncio de Joaquín Correa. O atacante argentino, com trinta anos de idade, chega ao Alvinegro sem custos de transferência, após desvincular-se da Inter de Milão. Seu vínculo com o clube carioca estende-se até o encerramento da temporada de 2027, e sua função primordial será fortalecer o setor ofensivo do elenco, que também recebeu Arthur Cabral como substituto de Igor Jesus, este último já com destino traçado ao Nottingham Forest.

O Perfil Multifacetado de Joaquín Correa: Talento e Desafios

Para discernir o panorama da carreira de Joaquín Correa, profissionais da imprensa italiana foram consultados. O apelido "Tucu" designa um jogador elogiado por sua notável capacidade de conduzir a bola e por um aguçado senso tático para se posicionar entre as linhas defensivas adversárias. Contudo, um fator persistente de preocupação reside na sua oscilante consistência, um aspecto que, conforme observadores, pode explicar as flutuações em seu desempenho durante a passagem pela Inter de Milão.

Ele é certamente um jogador de grande qualidade. Tecnicamente talentoso, forte em dribles e bom em passes. Tem excelente inteligência tática e importante experiência internacional, é um verdadeiro profissional. Quando está confiante, pode mudar o jogo no Campeonato Italiano, especialmente jogando ao lado de outro atacante.

Essa avaliação, de Lorenzo Polimanti, do portal Passione Inter, sublinha as qualidades intrínsecas do atleta. No entanto, Polimanti rapidamente complementa a análise, revelando a face mais complexa de seu histórico recente:

Baseado no que vimos na Inter, seu principal problema tem sido a consistência. Ele não tem tido performances consistentes, perdeu confiância, e infelizmente a pressão dos torcedores no San Siro teve grande peso desde cedo. Ele não marca muitos gols e precisa estar altamente envolvido na jogada para performar bem.

A Sombra da Inconsistência na Inter de Milão

A decisão da Internazionale de não prolongar o vínculo com Joaquín Correa, segundo Anderson Marques, da Sport Mediaset, decorre de uma relação de custo-benefício que se tornou desfavorável. O elevado salário do jogador, em contraste com um impacto técnico que se mostrou aquém do esperado, pesou na balança. No escalão ofensivo da equipe nerazzurra, o argentino encontrou-se em uma posição subordinada, atrás de nomes como Lautaro Martínez, Marcus Thuram, Marko Arnautovi? e Mehdi Taremi.

A passagem do Correa pela Inter foi marcada mais por frustração do que por protagonismo. Na última temporada, ele teve poucas oportunidades e, quando entrou, não conseguiu aproveitar. Faltou ritmo, confiança e, principalmente, efetividade ? algo que pesa muito em um elenco competitivo como o da Inter.

Essa declaração de Anderson Marques sintetiza a percepção geral sobre o período de Correa em Milão: uma trajetória anuviada por expectativas não correspondidas e pela dificuldade em consolidar-se como peça-chave em um ambiente de alta exigência.

O Encaixe Tático no Esquema do Botafogo: Um Segundo Atacante Estratégico?

Apesar dos percalços, Anderson Marques identifica Joaquín Correa como um segundo atacante, uma posição que pode, paradoxalmente, catalisar um melhor desempenho no esquema tático recentemente adotado por Renato Paiva no Botafogo . Com a saída de Igor Jesus para o Nottingham Forest, a chegada de Arthur Cabral, outro novo reforço, abre a possibilidade de uma dupla ofensiva que otimize as características de Correa no Alvinegro.

O jornalista aprofunda a descrição do estilo de jogo do argentino, destacando suas preferências e limitações:

Correa gosta de jogar com liberdade, vindo de trás, buscando espaços, tabelas curtas. Nunca foi aquele ?9? decisivo. Quando foi forçado a atuar como referência, rendeu menos. Precisa de um parceiro mais fixo ao lado para brilhar, ou pelo menos tentar.

Essa análise sugere que o sucesso de Correa no Botafogo dependerá intrinsecamente da capacidade de Renato Paiva em posicioná-lo de forma a explorar sua mobilidade e inteligência, preferencialmente ao lado de um centroavante mais fixo.

A Trajetória de "Montanha-Russa" e a Busca por um Novo Capítulo

Lorenzo Polimanti aponta o final da temporada 2022/2023 como o ápice da passagem de Joaquín Correa pela Inter, período em que atuou ao lado de Lukaku, enquanto Dzeko e Lautaro Martínez eram predominantemente utilizados na Liga dos Campeões. Contudo, a experiência geral na Internazionale ? brevemente interrompida por um empréstimo ao Olympique de Marseille, na França ? é descrita como uma verdadeira "montanha-russa", com picos de performance seguidos por períodos de baixa.

(Sua última temporada pela Inter) foi anônima. Como era esperado, ele desempenhou um papel às margens da Inter na última temporada. Retornou de um empréstimo onde não performou particularmente bem, e no ataque da Inter se viu no fundo da hierarquia. Não foi incluído no elenco para a Liga dos Campeões, então só jogou a Serie A e a Coppa Italia.

A temporada derradeira de Correa em Milão foi, de fato, discreta. Segundo Polimanti, ele iniciou com pouquíssimas oportunidades, mas teve um momento de destaque em um confronto contra o Verona, contribuindo com um gol e duas assistências. Todavia, uma lesão impediu que ele capitalizasse sobre essa performance. A partir de fevereiro, livre de problemas físicos, o técnico Inzaghi passou a utilizá-lo com mais regularidade, embora sempre vindo do banco de reservas nos jogos do Campeonato Italiano.

Botafogo: A Aposta em um Recomeço para o Argentino

A chegada de Joaquín Correa ao Botafogo , como a quinta e última contratação do clube nesta janela estratégica, representa um movimento significativo. O Alvinegro aposta em um atleta com reconhecido talento, mas que busca reestabelecer a consistência e a confiança que o marcaram em outros momentos de sua carreira. A Copa do Mundo de Clubes surge como um palco imediato para o argentino demonstrar sua capacidade de adaptação e impacto, afastando-se da pressão e do ambiente de frustração que permeou sua última experiência europeia. Para o Botafogo , é a aposta em um recomeço promissor para um jogador que, quando em sua melhor forma, pode verdadeiramente influenciar o jogo.

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Débora

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Comentado em 11/06/2025 09:13 Só falta o Correa achar o gol! kkk
Rafael

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Comentado em 11/06/2025 07:31 Tô animado com a chegada do Correa! Se ele engrenar, a gente vai voar na Copa!
Otávio

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Comentado em 11/06/2025 05:52 Correa no Botafogo? Vamos detonar! Com essa capacidade, pode ajudar a bombar nosso ataque!
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