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Estreia de Ancelotti no Botafogo: Análise Crítica e Repercussão Espanhola

Por Redação FutFogão em 17/07/2025 19:54

A estreia de Davide Ancelotti no comando técnico do Botafogo, ocorrida na última quarta-feira, 16 de julho, foi um evento aguardado com grande expectativa. Contudo, o desfecho da partida contra o Vitória, no Estádio Nilton Santos, culminou em um frustrante empate sem gols. Este resultado, que marcou a primeira aparição do treinador italiano à frente da equipe principal em um jogo válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, não passou despercebido, ganhando destaque inclusive na imprensa internacional.

A repercussão do desempenho alvinegro cruzou fronteiras, com o jornal espanhol Marca classificando a atuação ofensiva do time carioca como um "pesadelo ofensivo". A crítica enfática do periódico sublinhou a decepção com a incapacidade de converter o volume de jogo em gols, apesar do notável domínio territorial e da intensa movimentação na área adversária. Essa avaliação externa adiciona uma camada de peso ao resultado, evidenciando que a ineficácia do ataque botafoguense é um ponto de atenção que transcende o âmbito nacional.

Anteriormente exercendo a função de auxiliar de goleiros, Ancelotti teve sua nomeação como técnico principal oficializada em 8 de julho, mas somente nesta rodada pôde assumir efetivamente o comando. Diante de um adversário que se encontra na zona de rebaixamento, o Botafogo demonstrou amplo controle da posse de bola, registrando 62%. Além disso, a equipe finalizou 20 vezes em direção ao gol, mas esbarrou em uma atuação inspirada do goleiro Lucas Arcanjo, que executou pelo menos dez defesas cruciais, impedindo o placar de ser alterado.

O Desempenho Ofensivo Sob os Holofotes Internacionais

A análise dos números da partida revela um cenário de dominância territorial que, paradoxalmente, não se traduziu em efetividade. A insistência nas tentativas de gol, com um total de vinte finalizações, expõe a lacuna entre a criação de oportunidades e a concretização das mesmas. Este desequilíbrio é o cerne da crítica internacional e da frustração local, visto que a equipe não conseguiu quebrar a resistência do adversário, mesmo diante de um cenário aparentemente favorável.

Estatística Botafogo Vitória
Posse de Bola 62% 38%
Finalizações 20 (Não especificado)
Defesas Goleiro Lucas Arcanjo - 10+

Ao término do confronto, Davide Ancelotti expressou sua resignação ao analisar o desempenho do time. Em suas palavras, "No futebol, é preciso marcar gols para vencer. Não foi o suficiente. Não tivemos sorte, mas também precisamos melhorar. Fizemos o suficiente para vencer hoje, mas nem sempre pode ser assim. Futebol é assim. Estamos frustrados porque sempre queremos vencer, mas temos que seguir em frente. Amanhã é outro dia". Essa declaração reflete a compreensão da máxima futebolística e a aceitação de um resultado que, embora insatisfatório, faz parte da dinâmica do esporte.

A Visão do Treinador: Entre a Frustração e a Adaptação

Durante a coletiva de imprensa pós-jogo, o treinador italiano também fez questão de salientar aspectos positivos observados na performance coletiva, em particular nos instantes iniciais da partida. "Gostei do primeiro tempo. Começamos com ritmo, queríamos isso. Colocar a bola na área, ganhar a segunda bola, impedir as transições deles. Começamos bem o segundo tempo também, mas depois perdemos um pouco de ritmo", pontuou Ancelotti, indicando que a equipe conseguiu aplicar a estratégia planejada em determinados períodos, mas enfrentou dificuldades em manter a intensidade ao longo dos 90 minutos.

No que tange à formação do elenco, Ancelotti reconheceu os desafios impostos pela janela de transferências do meio do ano. De acordo com o técnico, "o mercado vai fechar no fim de agosto e acredito que o treinador precisa adaptar-se. Será um exercício de adaptação. O elenco pode mudar, mas estamos falando com a diretoria para o elenco ser o melhor possível". Essa perspectiva sublinha a necessidade de flexibilidade e o diálogo contínuo com a diretoria para otimizar as opções disponíveis.

Tática e Elenco: Os Desafios Imediatos de Ancelotti

No aspecto tático, o treinador optou por escalar a equipe no esquema 4-4-2, com nomes como John, Vitinho, Allan, Marlon Freitas, Savarino e Arthur Cabral integrando o time titular. A concepção principal era explorar os cruzamentos, utilizando pontas que atuavam com a perna oposta. Contudo, o próprio técnico admitiu que a equipe perdeu a paciência diante da marcação intensa imposta pelo Vitória, especialmente no setor central do campo, o que dificultou a execução do plano inicial e a criação de jogadas mais claras.

Com o ponto conquistado neste empate, o Botafogo alcançou a marca de 22 pontos na tabela de classificação, ocupando atualmente a sexta colocação. O próximo compromisso da equipe está agendado para o domingo, 20 de julho, quando enfrentará o Sport na Ilha do Retiro, às 17h30 (horário de Brasília). Será uma nova oportunidade para o Botafogo buscar a recuperação e demonstrar a capacidade de superar os desafios ofensivos que se apresentaram em sua primeira partida sob a nova gestão técnica.

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Rafael

Rafael

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Comentado em 18/07/2025 00:42 Faltou um pouco de sangue frio no ataque, mas o esquema 4-4-2 tá legal e o time mostrou pegada. Vamos evoluir ainda mais, sem pressão desnecessária.
Patrícia

Patrícia

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Comentado em 17/07/2025 23:12 Primeira do Ancelotti, paciência, time é brabo!
Fabiana

Fabiana

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Comentado em 17/07/2025 21:35 Foi um jogo na pressão, vamos que vamos, Botafogo! rsrs
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