Elenco do Botafogo 2026: Quem renova e quem pode sair do clube

O Botafogo atravessa um momento de transição estratégica sob o comando de sua diretoria. Com a recente oficialização do técnico argentino Martín Anselmi, que substitui Davide Ancelotti, o clube agora volta suas atenções para a composição do plantel que disputará as competições de 2026. A gestão busca um equilíbrio sensível entre a busca por reforços pontuais no mercado e a preservação de uma espinha dorsal que sustente as ambições alvinegras a longo prazo.

A chegada de Anselmi foi recebida com otimismo nos bastidores de General Severiano. Um dos líderes do grupo comentou sobre a nova etapa técnica, afirmando que a ?Expectativa muito boa? domina o ambiente para o próximo ciclo. No entanto, para que o projeto tenha continuidade, o departamento de futebol precisa resolver a situação de oito jogadores cujos contratos se encerram em dezembro de 2026, evitando que peças fundamentais entrem em reta final de vínculo sem uma definição clara.

Pilares do elenco e o desafio das renovações prioritárias

Dentro deste grupo de atletas com vencimento em 2026, três nomes são tratados como essenciais para a manutenção da competitividade: Alexander Barboza, Alex Telles e Marlon Freitas. O trio acumulou minutagem expressiva ao longo de 2025 e goza de prestígio tanto com a torcida quanto com a cúpula diretiva. A intenção do Glorioso é acelerar as tratativas para assegurar a permanência desses jogadores, que hoje representam a experiência e a liderança técnica da equipe titular.

Em contrapartida, a situação de outros profissionais exige uma análise mais cautelosa e, em certos casos, crítica. O zagueiro Bastos, por exemplo, é uma incógnita devido ao seu histórico médico recente. Após participar de apenas um confronto na última temporada em função de problemas físicos, o defensor terá sua recuperação monitorada de perto antes que qualquer oferta de extensão contratual seja formalizada. A diretoria adota uma postura de prudência, priorizando a integridade física em detrimento do histórico do atleta.

O desempenho técnico também coloca em xeque a continuidade de nomes como o volante Allan e o atacante Chris Ramos. Ambos chegaram com expectativas elevadas, mas ainda não entregaram o futebol esperado pela cúpula alvinegra. Embora permaneçam nos planos imediatos para o início de 2026, seus rendimentos serão escrutinados rigorosamente ao longo do ano. Caso não apresentem uma evolução clara, o clube pode optar por não avançar em novos acordos.

Situação de jogadores emprestados e ativos do clube

Além dos atletas que integram o dia a dia no Rio de Janeiro, o Botafogo monitora atentamente dois jogadores que estão cedidos a outras instituições e possuem vínculo com o Glorioso até o fim de 2026. O caso de Diego Hernández é o que mais desperta atenção positiva. Após se destacar na campanha do Remo, que culminou no acesso à Série A, o atacante valorizou seu passe e o clube paraense já manifestou o desejo de adquirir seus direitos econômicos de forma definitiva.

Por outro lado, a trajetória de Patrick de Paula no Estoril, de Portugal, não tem sido de protagonismo. O meio-campista atuou em pouco mais da metade das partidas de sua equipe na temporada europeia, sendo escalado como titular em apenas três ocasiões. O baixo aproveitamento no exterior dificulta uma definição sobre seu aproveitamento no retorno ao Botafogo , tornando-o um ativo que precisará ser reavaliado pela nova comissão técnica de Martín Anselmi.

O mercado de transferências para o Alvinegro será pautado pela pontualidade. A ordem é não realizar contratações em massa, mas sim buscar peças que preencham lacunas específicas identificadas pelo novo treinador. Enquanto os reforços não chegam, a gestão de ativos e a blindagem dos líderes do elenco com contratos até 2026 permanecem como a tarefa mais urgente para garantir a estabilidade do projeto esportivo do clube.