Dorival Revela Plano para Botafogo e Palmeiras: Gestão de Elenco no Corinthians

O cenário para o Corinthians se desenha com desafios significativos nas próximas jornadas, especialmente com os embates diante do Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, e do Palmeiras, em duelo pela Copa do Brasil. O técnico Dorival Júnior, ao avaliar o desempenho de sua equipe, manifestou satisfação com a postura demonstrada no empate sem gols contra o Cruzeiro, contrastando com a percepção de apatia durante a derrota por 2 a 0 no clássico contra o São Paulo. Esses resultados servem como pano de fundo para o treinador delinear sua filosofia para o futuro imediato do clube alvinegro: a necessidade de equilibrar a vitalidade do elenco, sem privilegiar uma competição em detrimento da outra.

Ainda aguardando por reforços que possam ampliar as opções no plantel, o comandante corintiano reconhece a impossibilidade de manter a mesma formação titular em todas as partidas. O cronograma apertado impõe um desgaste considerável aos atletas, tornando a rotação uma medida indispensável. No próximo sábado, a equipe visita o Botafogo , e na quarta-feira seguinte, o desafio é contra o Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Apesar da iminência do clássico, Dorival afirma que o foco está no próximo jogo, admitindo que o limite físico de seu grupo já é perceptível, mesmo após a interrupção para o Mundial de Clubes.

A Gestão de Energia de Dorival no Corinthians

A recuperação física dos atletas é uma preocupação central para Dorival. Ele enfatiza a dificuldade de manter a intensidade desejada em jogos consecutivos, um ponto que foi evidenciado na atuação contra o São Paulo.

"Temos de sempre equilibrar a equipe. Mas é impossível mantermos uma escalação a todo momento, vocês percebem isso, a recuperação de um jogo para outro é muito complexa, difícil. Havíamos feito um jogo bem pesado contra o Ceará lá em Fortaleza e nossa equipe, sem tirar o brilho do adversário (São Paulo), que fez uma grande partida e mereceu a vitória, sentiu muito, não teve a mesma intensidade e a energia com que jogamos a maioria das partidas", explicou o técnico, que, por precaução, não contou com Cacá no embate contra o Cruzeiro.

A abordagem adotada é de um planejamento a curto prazo, com foco exclusivo em cada rodada e cada partida. A definição da equipe para os próximos compromissos depende diretamente da avaliação dos departamentos médico e fisiológico. "O que estamos fazendo é pensar rodada a rodada, jogo a jogo, e ver a melhor condição possível para cada atletas. Espero todos os resultados (dos departamentos médicos e fisiológicos) para definição completa da equipe, mas temos jogos fundamentais daqui para frente, duas competições importantes e não vamos abrir mão de nenhuma delas", ressaltou o treinador, acrescentando a impossibilidade de antecipar escalações futuras: "Não temos como compor antecipadamente a escalação para o jogo seguinte".

Intensidade e o Papel Fundamental da Vitalidade

A questão da vitalidade do elenco permaneceu como um tópico central na análise de Dorival, que esclareceu a substituição de Memphis no intervalo contra o São Paulo, assegurando que a decisão não foi uma injustiça, mas sim uma necessidade tática e física.

"Com relação à energia, tirei três (contra o São Paulo) e poderia ser qualquer outro, oito ou nove. Não existe parte tática, modelo de jogo, se a equipe não tiver energia para poder executar funções", justificou o técnico, reiterando a dependência da performance individual e coletiva da capacidade física dos jogadores. "Sem funções cumpridas, ficamos expostos ao adversário. Hoje (contra o Cruzeiro), vimos uma equipe querendo, buscando mais e entregando, esse é o resgate de energia que queremos: eles terem condições de fazer o seu melhor. O jogo contra o São Paulo foi marcante nesse sentido. Não tivemos energia e a semana ficou complicada por que deixamos de executar muitas coisas".