Diniz Contraditório: Elogia Vasco, Mas Critica Arbitragem Após Empate com Botafogo na Copa do Brasil

O palco de São Januário testemunhou um empate em 1 a 1 entre Vasco e Botafogo nesta quarta-feira, um resultado que marcou o primeiro confronto das quartas de final da Copa do Brasil. Apesar de não ter conquistado a vitória em seus domínios, o técnico Fernando Diniz fez uma avaliação notavelmente positiva sobre a performance de sua equipe no clássico carioca.

Diniz destacou a consistência de alguns de seus atletas, elogiando a atuação de Lucas Freitas e Hugo Moura, que, segundo ele, "levaram vantagem praticamente todo o jogo". Ele reconheceu o mérito do adversário no gol sofrido, mas sublinhou a eficácia defensiva de seu time, afirmando que "a gente não sofreu com a dupla de centroavantes". A organização tática foi um ponto alto para o treinador. "Eu acho que a gente soube marcar bem, a gente soube retornar rápido para apanhar as segundas bolas e foi muito competitivo o time. Eu acredito também no sistema defensivo, a marcação, o sistema defensivo inteiro, o time todo talvez tenha sido a melhor partida do Vasco", declarou Diniz, evidenciando uma satisfação particular com a solidez defensiva exibida.

A Polêmica da Arbitragem e o Pênalti Ignorado

Contudo, a coletiva pós-jogo de Diniz não se limitou aos elogios. O treinador aproveitou a oportunidade para expressar sua veemente insatisfação com a arbitragem, especificamente em relação a um lance de pênalti não assinalado a favor do Vasco, envolvendo um toque de mão de Marlon Freitas, jogador do Botafogo .

"Eu vi a imagem e achei um pênalti fácil de ser marcado. Tão fácil quanto o do Piton. Muito parecido. Mão aberta, braço levantado. Não entendo... os critérios são muito diferentes no futebol brasileiro. Isso irrita", afirmou Diniz, traçando um paralelo direto com outra decisão polêmica e sublinhando a percepção de uma gritante falta de uniformidade nas interpretações dos árbitros. A queixa do técnico se estendeu à persistente questão da "cera", ou antijogo, uma prática que, em sua visão, é tratada com condescendência na maioria dos casos. "Assim como a cera. O único cara que foi expulso na história... É como diz um comentarista: não é médico, mas não é trouxa. Todo mundo é trouxa agora. O único que não é trouxa é o Flávio, que expulsou o Léo Jardim contra o Inter. A falta de critério irrita muito. Se não foi pênalti, não pode ser o do Piton", concluiu o técnico, enfatizando a frustração com a subjetividade e a aparente falta de rigor nas decisões disciplinares.

O Confronto Decisivo no Nilton Santos

Com o placar em aberto, a decisão da vaga para as semifinais da Copa do Brasil está agendada para o dia 11 de setembro, uma quinta-feira. O palco será o Estádio Nilton Santos, casa do Botafogo , com a bola rolando às 21h30 (horário de Brasília). O embate promete ser eletrizante, com ambas as equipes buscando a classificação em um clássico que já se mostrou repleto de emoções e controvérsias.