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Derrota do Botafogo na Libertadores: Análise e Perspectivas
Por Redação FutFogão em 23/04/2025 23:32
O Jogo e a Dominação Inicial do Estudiantes
A partida começou com o Botafogo demonstrando alguma iniciativa, como na troca de passes entre Patrick de Paula e Marlon Freitas, culminando no cruzamento de Savarino para a cabeçada de Artur. No entanto, essa promessa inicial logo se dissipou, dando lugar ao domínio do Estudiantes.
O Estudiantes, jogando em casa, tomou o controle da partida desde o início. Com uma marcação intensa e organizada na saída de bola do Botafogo , forçou os brasileiros a recorrerem a ligações diretas, onde o Glorioso demonstrava despreparo e perdia os duelos, sendo constantemente pressionado em sua própria área. Apesar desse domínio, o Estudiantes encontrou dificuldades em transformar seu volume de jogo em chances claras de gol.
Antes da falha do goleiro John, que resultou no gol de Carrillo, as principais ameaças do Estudiantes vieram em escanteios cobrados por Tobio Burgos, e em finalizações do próprio Carrillo em bolas alçadas na área. Chutes de longa distância de Medina e Palácios não encontraram o alvo. A equipe argentina alternava entre passes longos para Carrillo e combinações rápidas pelos flancos, dificultando qualquer tentativa de avanço da defesa do Botafogo .
Estratégias e Dificuldades Táticas
A variação tática do Estudiantes neutralizou as tentativas do Botafogo de organizar sua defesa, enquanto a dupla de zaga argentina, composta por Santiago Núñez e Facundo Rodriguez, impôs-se fisicamente sobre os atacantes Artur e Igor Jesus. No meio-campo, Gregore, Marlon Freitas e Patrick de Paula mostraram-se perdidos, dominados pelo trio de meias argentinos. A substituição de Ascacibar por Kociubinski, devido a lesão, não alterou o panorama.
Mateo Ponte foi um dos poucos jogadores do Botafogo a demonstrar competitividade, destacando-se fisicamente em seu setor. A dificuldade do meio-campo em reter a posse de bola e encaixar a marcação contribuiu para a fragilidade do conjunto alvinegro.
Mudanças no Intervalo e Reação Insuficiente do Botafogo
No intervalo, Renato Paiva substituiu Patrick de Paula por Matheus Martins, centralizando Savarino. Artur teve nova oportunidade logo no início da segunda etapa, mas falhou na finalização. O Estudiantes diminuiu a intensidade da pressão alta, mas manteve a organização e a intensidade na marcação.
O Botafogo conseguiu trocar mais passes e avançar no campo, mas sem estabelecer conexões consistentes entre seus principais jogadores perto da área. A quantidade de erros técnicos também foi um fator negativo. Savarino, mais uma vez, destoou positivamente, acertando o travessão em um raro contra-ataque bem construído por Igor Jesus e Marlon Freitas . Esse lance animou o Botafogo , que tentou nova combinação entre Igor Jesus e Savarino, sem sucesso.
Substituições e a Busca Desesperada pelo Empate
Elias Manoel e Vitinho entraram nos lugares de Artur e Mateo Ponte, mas o Estudiantes reforçou seu sistema defensivo, adotando uma postura de proteção do resultado. O Botafogo tentou pressionar em busca do empate, com Matheus Martins arriscando um chute perigoso. Os anfitriões, por sua vez, diminuíram o ritmo de seus ataques. As entradas de Mastriani e Allan não surtiram o efeito desejado, e o Botafogo não conseguiu reverter a desvantagem.
Um Olhar Crítico sobre o Desempenho do Botafogo
A superstição que cerca o Botafogo pode até trazer alguma esperança, mas o desempenho da equipe em campo não justifica otimismo. A atuação contra o Estudiantes expôs fragilidades táticas e técnicas que precisam ser corrigidas urgentemente. O time foi amplamente dominado, e a reação no segundo tempo, embora presente, foi insuficiente para evitar mais uma derrota na Libertadores.
Em 2024, o Botafogo também somava três pontos em três jogos e terminou campeão continental, mas o futebol apresentado nesta quarta-feira não permite comparações. A equipe precisa encontrar soluções para melhorar seu desempenho e buscar a classificação na competição.
A derrota para o Estudiantes coloca o Botafogo em uma situação delicada na Libertadores. A equipe precisa urgentemente encontrar um padrão de jogo consistente e superar as dificuldades táticas e técnicas demonstradas até agora. O futuro do clube na competição dependerá da capacidade de reação e da busca por um futebol mais eficiente e competitivo.
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