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Decisão Crucial do VAR: Entenda o Pênalti Polêmico em Grêmio x Botafogo e a Justificativa da CBF
Por Redação FutFogão em 25/09/2025 00:15
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tornou público, nesta quarta-feira, o registro sonoro da análise conduzida pelo árbitro de vídeo (VAR) referente ao pênalti assinalado em favor do Grêmio. Este lance crucial resultou no empate com o Botafogo, pela 16ª jornada do Campeonato Brasileiro, e gerou intensa discussão sobre a interpretação das regras em momentos decisivos.
O impacto da decisão foi imediato e profundo para o Alvinegro. O gol de empate, convertido por Tiago Volpi aos 44 minutos do segundo tempo em Porto Alegre, alterou o desfecho da partida, transformando uma potencial vitória em um amargo empate. A intervenção do VAR, portanto, não foi apenas um detalhe técnico, mas um ponto de inflexão no resultado do confronto.
Ilbert Estevam da Silva, encarregado da operação do VAR, foi o responsável por solicitar a revisão do lance ao árbitro principal, Lucas Paulo Torezin. Sua fundamentação para a intervenção baseou-se na percepção de um movimento de obstrução, ou "ação de bloqueio", realizado por Matheus Martins, atacante do Botafogo , que teria alterado a trajetória da bola.
A Interpretação do VAR: O Que Levou à Marcação Crucial
A argumentação de Ilbert no VAR detalha a suposta irregularidade. Ele destacou que o atleta do Botafogo realiza um salto e, com o braço esquerdo, executa uma ação que impede o curso natural da bola. Essa mudança de direção foi o cerne da sua análise para a recomendação de pênalti.
? Vejo um atleta que salta (Matheus Martins). Com o braço esquerdo, ele faz uma ação de bloqueio e muda a trajetória dessa bola. Pela (câmera) inglesa, a gente consegue ver bem essa trajetória. Vocês concordam comigo que é uma ação de bloqueio para penal? ? disse Ilbert, acrescentando:
A precisão na visualização do lance foi enfatizada pelo VAR, que indicou a câmera "inglesa" como a mais adequada para observar a alteração da trajetória. A recomendação clara para a revisão e a justificativa sobre a posição do braço foram pontos centrais na comunicação entre a cabine do VAR e o campo.
? Torezin, recomendo uma revisão para possível penal por uma ação de bloqueio, ok? Vou te soltar um loop lento, porque é a melhor condição que temos para ver essa mão em uma ação de bloqueio. Essa bola não toca no braço direito, que é um braço grudado. O braço esquerdo é um braço aberto que troca a direção. ? detalhou Ilbert, diferenciando a posição dos braços do jogador alvinegro.
A Validação do Campo: A Decisão Final do Árbitro Lucas Torezin
Após a análise no monitor à beira do gramado, o árbitro da partida, Lucas Paulo Torezin, validou a interpretação do VAR. A jogada em questão ocorreu por volta dos 40 minutos da etapa final, originada de uma cobrança de falta de Arthur Cabral em direção a Marcos Rocha. Torezin concordou que a bola havia ultrapassado a linha do ombro do atacante Matheus Martins antes de tocar em sua mão.
? A bola já tinha passado do ombro dele e toca na mão. Tiro penal (...) sem sanção disciplinar, sem cartão amarelo ? concluiu o árbitro.
A decisão final, portanto, foi pela marcação do tiro penal sem a aplicação de qualquer advertência disciplinar ao jogador do Botafogo . Este desfecho sublinha a complexidade das interpretações arbitrais e o papel cada vez mais determinante da tecnologia na definição de resultados, especialmente em lances que dividem opiniões e geram debates acalorados entre torcedores e especialistas.
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