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Davide Ancelotti no Botafogo: Conheça a Trajetória do Novo Técnico Alvinegro
Por Redação FutFogão em 07/07/2025 04:19
A chegada de Davide Ancelotti ao comando técnico do Botafogo representa um marco significativo na sua trajetória profissional. Amplamente reconhecido como o filho do renomado Carlo Ancelotti, multicampeão do futebol mundial, a transição para a liderança de uma equipe de grande projeção como o Alvinegro sinaliza uma ruptura com o papel de ?pupilo? e o início de uma carreira solo. Pouco se discute sobre os pormenores da caminhada que pavimentou este momento, mas é crucial entender os alicerces que o trouxeram até aqui.
Nascido em Parma, Itália, em 1989, Davide cresceu imerso no universo do futebol, acompanhando a carreira do pai, então jogador do Milan. Embora tenha tentado seguir os passos de Carlo como atleta, atuando como meio-campista nas categorias de base do clube italiano aos 14 anos e, posteriormente, no Borgomanero, sua vocação o conduziu por outro caminho. A desistência do campo permitiu-lhe dedicar-se integralmente aos estudos, um pilar fundamental para sua formação.
Sua jornada acadêmica o levou a cursar Ciências do Esporte, equivalente à Educação Física no Brasil, na Universidade de Milão. Foi a partir dessa base teórica que ele deu seus primeiros passos no futebol profissional, unindo-se ao pai no Paris Saint-Germain em 2012, aos 23 anos, na função de preparador físico. Esse período inicial foi crucial para o desenvolvimento de sua compreensão sobre a dinâmica de um clube de elite.
A Ascensão de um Analista Tático no Cenário Europeu
Desde sua incursão inicial em 2012, Davide Ancelotti dedicou quatorze anos ininterruptos ao universo do futebol. Sua evolução profissional se acelerou a partir de 2015, quando obteve a Licença Pro da UEFA. Esse credenciamento abriu as portas para sua primeira experiência como auxiliar técnico no Bayern de Munique, em 2016, marcando uma transição de preparador físico para um papel mais diretamente ligado à estratégia e ao desenvolvimento tático.
A trajetória de Davide Ancelotti é marcada por passagens em alguns dos mais prestigiados clubes do continente, sempre ao lado de seu pai, absorvendo conhecimento e contribuindo para a performance de equipes de alto nível. A tabela a seguir detalha suas funções e os clubes por onde passou:
Período | Clube | Função |
---|---|---|
2012 | PSG | Preparador físico |
2013 | Real Madrid | Auxiliar da preparação física |
2016 | Bayern de Munique | Auxiliar técnico |
2018 | Napoli | Auxiliar técnico |
2019 | Everton | Auxiliar técnico |
2021 | Real Madrid | Auxiliar técnico |
2025 | Seleção Brasileira | Auxiliar técnico (previsão) |
Durante esses anos, Ancelotti acumulou um currículo de títulos invejável, que inclui duas Ligas dos Campeões com o Real Madrid (nas temporadas 2021/2022 e 2023/2024), dois campeonatos espanhóis (2021/2022 e 2023/2024), um campeonato alemão (2016/2017) e um Mundial de Clubes (2022/2023). Essa experiência em ambientes de alta pressão e exigência é um trunfo inegável para sua nova empreitada.
A Mente Por Trás dos Gigantes: Metodologia e Influências
Nos quase quinze anos integrando comissões técnicas de potências europeias, Davide Ancelotti não apenas colecionou títulos, mas também refinou sua própria visão de jogo e metodologia. Seu papel junto a Carlo Ancelotti era multifacetado: ele era o responsável por estruturar os treinos diários, fomentar debates estratégicos sobre as decisões do experiente pai e, crucialmente, atentar-se aos detalhes que muitas vezes definem partidas. Essa dinâmica foi detalhada por ele mesmo em uma entrevista ao site Marca, da Espanha, onde ressaltou a importância da minúcia no planejamento.
Um dos atletas que mais o impressionou em sua trajetória foi o meio-campista alemão Toni Kroos. A admiração por Kroos transcende a performance em campo, alcançando a inteligência tática e a personalidade do jogador. Sobre o adeus de Kroos ao futebol, Davide comentou:
Kroos era um jogador de futebol especial, único e irrepetível. Trabalhar com ele foi o maior privilégio. Se ele quiser, será treinador, mas não sei se ele quer. Ele é como o Xabi (Alonso), um jogador que te deu ideias muito brilhantes, muito inteligentes. Não tentamos convencê-lo a ficar (não se aposentar) por causa do grande respeito que tínhamos por ele; ele já tinha tomado sua decisão. Não entendo por que um jogador de futebol como ele não ganha a Bola de Ouro - questionou.
A chegada de Davide Ancelotti ao Botafogo , portanto, não representa apenas a contratação de um nome ligado a uma lenda do futebol, mas a aposta em um profissional que, aos 35 anos, construiu uma sólida base de conhecimento e experiência nos mais altos escalões do esporte. Sua capacidade de elaboração tática e atenção aos detalhes, forjadas ao lado de um dos maiores técnicos da história, prometem um novo capítulo para o Alvinegro, onde a teoria e a prática se encontrarão para moldar o futuro da equipe.
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