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Davide Ancelotti: A Estratégia Que Elevou O Botafogo À Libertadores Pela 3ª Vez

Por Redação FutFogão em 22/11/2025 23:36

O Glorioso celebrou uma sequência notável no Campeonato Brasileiro, com três triunfos em suas últimas quatro partidas, assegurando de forma antecipada sua presença na vindoura Copa Libertadores. O momento de recuperação na fase derradeira da competição mereceu efusivos elogios do comandante técnico Davide Ancelotti. O estrategista fez questão de ressaltar a importância da vitória contra o Grêmio e sublinhou o marco histórico alcançado pelo grupo de jogadores.

Ancelotti não poupou palavras ao descrever a magnitude da conquista. "É um objetivo importante pelo clube. É a primeira vez na história que conseguirmos ir a Libertadores três vezes seguidas. Temos que ser ambiciosos. Estamos contentes, mas pensamos na vaga direta. Para chegar a aqui e ter essa oportunidade, é graças a essa sequência dos últimos jogos. Preciso parabenizar os jogadores. Eles mantiveram o grupo junto, apesar de todas as dificuldades que tivemos. Tivemos jogos com 13 desfalques, tivemos jogos ruins, decepções, mas mantiveram o grupo unido. E já disse a eles que têm o meu respeito".

Para o treinador, a solidez defensiva emergiu como o pilar central para a guinada positiva observada no desempenho do Alvinegro.

A Solidez Defensiva Como Pilar da Recuperação

A análise do técnico sobre a evolução tática foi clara: "Essa sequência passa seguramente pela fase defensiva que no último jogo não foi tão boa. Não conseguimos manter o time tanto junto. Hoje trabalharam mais na fase defensiva. Esse time sabe jogar bem começando pela fase defensiva, e hoje mostrou essa força que o time tem".

Com quatro meses à frente do Botafogo, Davide Ancelotti revelou estar plenamente satisfeito e desfrutando intensamente de sua primeira experiência como técnico principal.

Refletindo sobre sua jornada, o italiano pontuou: "Eu estou desfrutando. Como primeiro treinador, sei que é sempre culpa minha. Mas eu já sabia disso antes de começar. Estou vivendo disso, mas estou desfrutando. Honestamente, é um trabalho que gosto, um ambiente gosto, um time que gosto e espero seguir aqui muito tempo".

Ancelotti e a Gestão Emocional em Campo

Contudo, o olhar crítico do comandante não se limitou aos aspectos positivos. Ele expressou insatisfação com a gestão emocional em momentos cruciais: "Não gostei da gestão emocional (no fim da partida). Do mental. Vi coisas que não gosto. Jogar de chutão, fazer coisas pela torcida. Falamos de marcar o Carlos Vinícius na área. E quando falta um minuto, está 3 a 1, 3 a 2, tem que marcar Carlos Vinícius na área. Porque é um atacante que está com confiança, que pode fazer gol. No último lance quase ele empate em 3 a 3. Então fico irritado. Porque depois é culpa minha (risos)".

Ao abordar o desempenho individual, Ancelotti destacou a performance de Artur: "Artur é um jogador importante. Hoje, acho que fez seu melhor jogo. Saiu porque tinha só uma janela (de substituição), teve que sair. Ele saiu do time (titular) porque Santi Rodríguez estava jogando muito bem e não desistiu. É um profissional exemplar, uma pessoa que dentro do grupo é fundamental. É um bom jogador. Seguiu trabalhando, eu passei a minha confiança no momento mais difícil, quando ele não jogava. Seguiu treinando e se comportando de maneira exemplar. É um jogador para quem só faltava um pouco de finalização. Ultimamente, está com mais confiança. O que muitas vezes acontece com um pouco de paciência e confiança é que os jogadores desbloqueiam. Nesse momento, está acontecendo isso com ele".

O Desafio de Desenvolver Jovens Talentos

Sobre um jovem promissor, o técnico ofereceu uma perspectiva realista e paternal, comparando a empolgação inicial com a necessidade de resiliência: "Falei com ele que agora ele está como se fosse um apaixonado pela sua primeira namorada. É tudo maravilhoso, mas é um trabalho difícil. Precisa de constância e da vivência de momentos mais duros. Hoje, ele viu a realidade da competição. Agora, sabem quem ele é. Jogador potente, físico, forte. Hoje, fez um jogo de muito sacrifício, mas tem que se adaptar a esse nível de competição. Precisa de tempo, paciência, como o Léo (Linck). É um jogador jovem. Não podemos pedir a ele que seja sempre decisivo. Seguramente, é um jovem que se mantiver essa mentalidade que tem agora? Claro que não pode ficar apaixonado como o primeiro dia em dez anos, mas pode ganhar essa constância, seguir e fazer uma carreira boa".

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