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Botafogo x Vitória: O Drama de Halter, a Dívida de Elkeson e a Forte Acusação
Por Redação FutFogão em 10/11/2025 13:55
O campo de futebol, por vezes, serve como palco para dramas que transcendem os noventa minutos. Foi exatamente o que se desenrolou após o recente confronto entre Vitória e Botafogo, onde a controvérsia em torno da participação do zagueiro Lucas Halter ofuscou o próprio placar. O presidente do Vitória, Fábio Mota, não hesitou em responder ao CEO do Botafogo , Thairo Arruda, com uma veemência que ecoa nos bastidores do futebol nacional.
Halter, peça fundamental na defesa do Leão, atua no clube baiano por empréstimo junto ao Glorioso. O acordo entre as agremiações estipula uma cláusula de penalidade financeira, no valor de R$ 1 milhão, caso o defensor fosse utilizado em confrontos diretos contra sua equipe de origem. Mesmo ciente dessa condição, o capitão rubro-negro entrou em campo como titular na partida disputada no Barradão, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A decisão do Vitória provocou uma imediata reação do CEO do Botafogo . Durante o jogo, em uma publicação nas redes sociais, Thairo Arruda comunicou publicamente a ausência de qualquer pacto que autorizasse a liberação do atleta sem a devida compensação. Essa postura do dirigente carioca foi o estopim para a contundente réplica de Fábio Mota após o apito final.
A Dívida de Elkeson e a Acusação de Calote
Fábio Mota revelou que o Vitória havia tentado uma mediação com o Botafogo ao longo da semana que antecedeu o jogo. A proposta do clube baiano visava não apenas o abatimento da multa pela escalação de Halter no valor de uma possível compra definitiva do jogador, mas também a quitação de uma antiga pendência financeira: uma dívida referente à transferência do atacante Elkeson, datada de 2011.
Em declarações incisivas, Mota disparou: "Time que é caloteiro, que deve ao Vitória há 15 anos, não tem moral pra cobrar nada. A dívida de Elkeson está na Justiça há muito tempo e até hoje não recebemos nenhum dinheiro, são mais de R$ 12 milhões". O dirigente do Vitória defendeu a escalação de Halter, enfatizando que o jogador foi, em sua avaliação, o melhor em campo.
A questão da dívida de Elkeson, segundo Mota, é complexa, com o Botafogo , em suas argumentações, diferenciando a responsabilidade da associação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). "Nós levamos a dívida que o Botafogo tem com o Vitória com relação ao Elkeson, aí vem aquela história que a dívida é da associação e não da SAF. Halter jogou, nós não estamos arrependidos de ter botado Halter que, para mim, foi melhor em campo", reiterou o presidente do clube baiano.
Implicações Jurídicas e o Diálogo Rompido
O presidente do Rubro-Negro assegurou que o clube está devidamente preparado para enfrentar as ramificações legais de sua decisão, reiterando que o diálogo com o Botafogo foi mantido até os instantes finais antes do apito inicial. A postura do Vitória é de que a decisão foi consciente e calculada.
Mota sublinhou a natureza jurídica do embate: "É uma discussão jurídica. Nós fizemos certo: botamos o atleta e vamos tentar, nesses três dias que a gente tem direito, um acordo. Se não houver acordo, a justiça foi feita para dirimir conflitos". Ele refutou qualquer insinuação de desrespeito por parte do Vitória, afirmando que a busca por uma solução foi constante.
"Não teve desrespeito nenhum do Vitória. Passamos a semana tentando negociar com o Botafogo , dizendo que não tinha problema de pagar a multa. Um milhão o Vitória tem em conta, o problema não era pagar", complementou Mota, indicando que a questão não residia na capacidade de efetuar o pagamento da multa, mas sim na busca por uma solução mais abrangente que envolvesse a antiga e volumosa dívida.
O Cenário Pós-Confronto e a Tabela do Brasileirão
Com a ausência de um consenso, o litígio agora se encaminha para o âmbito jurídico, onde será analisado pelas instâncias competentes. O Leão mantém sua convicção de que a utilização de Lucas Halter foi legítima e que a agremiação agiu dentro das prerrogativas estabelecidas no contrato de empréstimo.
Dentro de campo, o confronto entre Vitória e Botafogo terminou sem gols, um resultado que, apesar da polêmica extracampo, teve impacto direto na corrida das equipes no Campeonato Brasileiro.
O Rubro-Negro, com o empate, conseguiu manter-se fora da zona de rebaixamento, ocupando a 16ª posição com 35 pontos, dois à frente do Santos, que é o primeiro time no Z-4. Já o Glorioso permanece na 6ª colocação, somando 52 pontos, em sua busca por uma vaga em competições continentais.
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