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Botafogo x Palmeiras: Estratégias de Paiva sem Gregore no Mundial de Clubes

Por Redação FutFogão em 27/06/2025 06:15

O Alvinegro carioca se prepara para um dos embates mais aguardados de sua trajetória recente. Neste sábado, o Botafogo medirá forças com o Palmeiras, em um confronto eliminatório pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. O palco para este duelo de gigantes será o Lincoln Financial Field, na Filadélfia, um cenário que promete eletrizar os torcedores. A expectativa é imensa, mas uma peça-chave do tabuleiro tático do técnico Renato Paiva não estará disponível para a partida crucial.

O Vazio no Meio-Campo: A Ausência de Gregore

A equipe comandada pelo estratégico português Renato Paiva enfrentará um considerável desafio: a ausência de Gregore. O volante, figura central na contenção e construção do meio-campo alvinegro, foi penalizado com o segundo cartão amarelo durante o embate contra o Atlético de Madrid. No regulamento peculiar do Mundial de Clubes, diferentemente de outras competições continentais, apenas dois cartões amarelos já resultam em suspensão automática. Essa regra específica do torneio deixa Paiva sem seu principal articulador defensivo, abrindo um vácuo no setor vital do campo.

A perda de Gregore não é meramente a de um jogador; é a de um pilar que confere equilíbrio e solidez à transição defensiva e ofensiva. Sua capacidade de desarme e leitura de jogo será um desfalque sentido, forçando o treinador a reavaliar a estrutura de sua equipe e a buscar alternativas que possam suprir essa lacuna fundamental.

As Múltiplas Faces Táticas de Renato Paiva

Com a impossibilidade de contar com Gregore , Renato Paiva é compelido a explorar as diversas formações que tem trabalhado desde sua chegada ao Glorioso. A versatilidade tática do comandante português será colocada à prova, e as escolhas que ele fará podem determinar o destino do Botafogo neste torneio de alcance global. Abaixo, detalhamos as principais configurações que Paiva pode adotar, cada uma com suas particularidades e implicações para o desempenho do time:

Esquema Tático Características Principais Possíveis Mudanças/Jogadores
4-4-2 Formação utilizada recentemente, prioriza compactação e linhas bem definidas. Allan entraria no meio-campo. Na frente, Mastriani ou Arthur Cabral disputariam a vaga de centroavante. Montoro e Cuiabano também são opções para compor o ataque ou o meio.
4-3-3 Foco na posse de bola e na pressão ofensiva, com um meio-campo mais robusto. Manteria a base, mas com uma trinca de volantes composta por Allan, Marlon Freitas e Newton, este último tendo participado em jogos da fase de grupos.
4-2-3-1 Esquema adotado nas primeiras partidas de Paiva, centraliza um articulador e explora as pontas. Removeria um dos volantes. Savarino seria centralizado. Cuiabano (ponta-esquerda improvisado) e Álvaro Montoro (boas entradas) brigariam pela esquerda. Enquanto Artur na direita e Igor Jesus centralizado.

4-4-2: A Reafirmação de uma Base Recente

Uma das opções mais prováveis para Paiva é o retorno ao 4-4-2, formação que o Alvinegro vinha utilizando com certa frequência antes da pausa e que se mostrou eficaz na vitória por 2 a 1 sobre o Seattle Sounders. Neste arranjo, a entrada de Allan no time titular se apresenta como a solução mais direta para recompor o setor de meio-campo. A dupla de ataque seria disputada por Mastriani e Arthur Cabral, ambos buscando a posição de centroavante. Além disso, a flexibilidade do esquema permitiria a inserção de jovens talentos como Montoro e Cuiabano, que poderiam oferecer velocidade e criatividade pelas laterais ou no apoio ao ataque.

4-3-3: A Apostar na Trinca de Volantes

Outra configuração já testada por Paiva em sua jornada pelo Botafogo é o 4-3-3. Este esquema foi empregado em duelos de grande relevância, como o empate sem gols com o Flamengo e os embates contra potências como PSG e Atlético de Madrid. A adaptação para este cenário envolveria uma modificação na composição da trinca de volantes. Com a ausência de Gregore , a linha de meio-campo seria formada por Allan , Marlon Freitas e Newton, este último tendo demonstrado potencial em suas participações nas duas partidas da fase de grupos. Essa escolha reforçaria a marcação e a capacidade de saída de bola, buscando controlar o ritmo do jogo.

4-2-3-1: O Resgate de um Início Promissor

O 4-2-3-1 representa uma alternativa que remonta aos primeiros passos de Renato Paiva no comando técnico do Botafogo , sendo inclusive o esquema utilizado na vitória contra o Ceará. A adoção desta formação implicaria na retirada de um dos volantes, permitindo a centralização de Savarino, transformando-o em um elo crucial entre o meio-campo e o ataque. As laterais do campo seriam palco de disputas acirradas por posição: Cuiabano , que tem se destacado atuando improvisado na ponta-esquerda, e Álvaro Montoro, que entrou muito bem nos últimos jogos, lutariam pela vaga no lado esquerdo. Enquanto isso, Artur se posicionaria pela direita, e Igor Jesus atuaria de forma mais centralizada, buscando infiltrações e finalizações.

A Decisão Crucial na Filadélfia

O confronto diante do Palmeiras transcende a simples busca por uma vaga nas quartas de final. É um teste para a capacidade de adaptação do Botafogo e a perspicácia tática de Renato Paiva. Cada escolha, cada posicionamento, será escrutinado por torcedores e especialistas. A partida na Filadélfia não é apenas um jogo; é um capítulo fundamental na história recente do Glorioso, onde a superação de adversidades e a inteligência estratégica serão os pilares para avançar no Mundial de Clubes.

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