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Botafogo x Flamengo: A Análise Crucial dos Piores e Melhores em Campo
Por Redação FutFogão em 15/10/2025 21:52
A recente derrota do Botafogo em um clássico sempre acende o debate sobre o desempenho individual dos atletas. Em um confronto de tamanha rivalidade e importância, a performance de cada jogador é dissecada com lupa, revelando tanto as fragilidades quanto os raros lampejos de brilhantismo. A equipe alvinegra enfrentou um revés que expôs deficiências claras em diversos setores, com alguns nomes sendo particularmente criticados pela atuação abaixo do esperado.
As Peças Chave que Decepcionaram na Linha Defensiva
Atuando de forma improvisada na zaga, Marçal teve uma jornada infeliz. Sua falha mais notável ocorreu ao abandonar a marcação de Pedro, deixando o atacante adversário livre para inaugurar o placar. Posteriormente, no lance que culminou no segundo gol do Flamengo, o jogador perdeu uma disputa física crucial para Everton Cebolinha, caindo ao solo antes que Luiz Araújo finalizasse com sucesso.
Pela lateral, Cuiabano também teve um dia para esquecer. Suas escolhas no campo de ataque foram consistentemente equivocadas, resultando em oportunidades desperdiçadas. Embora tenha se apresentado ao ataque, sua efetividade no terço final foi nula. Defensivamente, sua perda de bola nas proximidades da área precedeu o gol de Plata, selando uma atuação bastante comprometida.
Na zaga, Alexander Barboza mostrou competência nas disputas aéreas, mas sua atuação no jogo rasteiro deixou a desejar. Ele pareceu desorientado na marcação de Pedro, que aproveitou a liberdade para dar um passe decisivo no segundo gol, em uma posição ligeiramente afastada da área.
O goleiro Léo Linck, por sua vez, não teve responsabilidade direta nos gols sofridos. Das cinco finalizações do Flamengo em direção à sua meta, três resultaram em gol, evidenciando a fragilidade defensiva à sua frente.
O Meio-Campo sem Energia e o Ataque sem Poder de Fogo
Substituindo o suspenso Newton, Allan não conseguiu replicar a intensidade necessária no meio-campo. Sua falha em um bote permitiu que Arrascaeta avançasse sem obstáculos, iniciando a jogada do primeiro gol. Foi uma atuação com pouca energia e impacto.
Outro meio-campista que não se encontrou foi Savarino. Ele permitiu que Arrascaeta transitasse livremente pelo setor central no lance do gol inicial. No aspecto ofensivo, sua contribuição foi mínima, passando despercebido na construção das jogadas.
No ataque, Artur foi praticamente ineficaz, não conseguindo gerar qualquer tipo de perigo para a defesa adversária. Sua performance o tornou uma presa fácil e culminou em sua substituição no início da segunda etapa.
Arthur Cabral iniciou a partida com certo ímpeto, forçando um cartão amarelo e incomodando a defesa em duelos no meio-campo. Contudo, sua produção caiu drasticamente. Ele desperdiçou uma chance claríssima dentro da pequena área no começo do segundo tempo, com a finalização sequer indo na direção do gol. Entrando no segundo tempo, Jeffinho teve pouquíssima participação, praticamente não tocando na bola e sem conseguir impactar o jogo. Chris Ramos trouxe alguma movimentação ao setor ofensivo, mas não conseguiu criar chances perigosas ou ameaçar os zagueiros adversários.
Os Raros Pontos de Destaque Individual
Em meio a um desempenho coletivo aquém do esperado, Santiago Rodríguez emergiu como o jogador mais lúcido do Botafogo . Com grande distância para o segundo melhor em campo, ele foi o único a realmente incomodar a defesa adversária com a bola no chão, orquestrando três boas jogadas. Na mais promissora delas, Arthur Cabral não conseguiu converter na pequena área.
Marlon Freitas teve uma atuação sólida na distribuição de jogo. Foi ele o responsável por impulsionar o Botafogo ao ataque com passes e lançamentos precisos. A única mancha foi um cartão amarelo desnecessário por falta em Pedro.
Mateo Ponte se projetou frequentemente ao ataque, distribuindo bons passes no terço final. Contudo, suas investidas não se converteram em chances claras de gol. Ao entrar em campo, Joaquín Correa conseguiu sofrer duas faltas perigosas nas imediações da área, mostrando alguma capacidade de incomodar a defesa.
As Escolhas Táticas e o Desempenho do Comando Técnico
A estratégia de Davide Ancelotti surpreendeu ao posicionar Marçal na zaga e Cuiabano na lateral, uma aposta que, infelizmente, se revelou falha, já que ambos foram os jogadores com as piores atuações. Embora a equipe tenha gerado algumas oportunidades no primeiro tempo, a falta de qualidade individual na finalização ? como a chance desperdiçada por Arthur Cabral ? impediu que o placar fosse alterado. Na etapa complementar, o Botafogo decaiu visivelmente, enquanto o Flamengo assumiu o controle total da partida, sem que o comando técnico conseguisse reverter o cenário.
Notas dos Jogadores do Botafogo no Clássico
Confira a avaliação individual de cada atleta e do técnico:
| Jogador/Técnico | Posição | Nota GE | Nota Público |
|---|---|---|---|
| Léo Linck | GOL | 5.0 | 5.0 |
| Mateo Ponte | LAT | 5.0 | 5.0 |
| Alexander Barboza | ZAG | 4.0 | 4.0 |
| Marçal | LAT | 3.0 | 3.0 |
| Cuiabano | LAT | 3.0 | 3.0 |
| Allan | MEI | 3.5 | 3.5 |
| Marlon Freitas | MEI | 5.5 | 5.5 |
| Savarino | MEI | 4.0 | 4.0 |
| Joaquín Correa | ATA | 5.0 | 5.0 |
| Santiago Rodríguez | MEI | 6.5 | 6.5 |
| Matheus Martins | ATA | -- | -- |
| Artur | ATA | 4.0 | 4.0 |
| Jeffinho | ATA | 4.0 | 4.0 |
| Arthur Cabral | ATA | 4.0 | 4.0 |
| Chris Ramos | ATA | 4.5 | 4.5 |
| Davide Ancelotti | TEC | 4.0 | 4.0 |
A derrota no clássico, portanto, não foi apenas um resultado adverso, mas um espelho das atuações individuais que variaram entre a ineficácia e a total falta de protagonismo. Enquanto alguns poucos tentaram se sobressair, a maioria dos atletas não conseguiu atingir o nível necessário para um confronto dessa magnitude, deixando a torcida com um gosto amargo e muitas questões a serem respondidas.
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