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Botafogo x Eagle Football: Entenda a Batalha Jurídica e Financeira com Lyon
Por Redação FutFogão em 04/08/2025 22:02
O Botafogo, em um movimento estratégico e necessário, veio a público esclarecer as recentes especulações que circulam sobre as movimentações envolvendo o Olympique Lyonnais e a Eagle Football, a holding de John Textor. A própria Eagle Football iniciou um litígio judicial contra o Glorioso, pleiteando que as ações do clube carioca sejam intermediadas por um representante, evidenciando uma complexa teia de relações financeiras e corporativas.
Em sua comunicação formal, o Alvinegro reiterou o compromisso com o diálogo contínuo entre as partes envolvidas. Contudo, a diretoria se viu compelida a buscar o amparo das vias legais, justificando que "o atual desequilíbrio financeiro entre as entidades aponta para a necessidade de reembolso à SAF Botafogo ". Esta declaração sublinha a seriedade da situação e a busca por reparação de valores que, segundo o clube, lhe são devidos.
A nota oficial detalhou ainda que a SAF Botafogo realizou aquisições junto ao clube francês. O cenário foi agravado por medidas impostas por órgãos reguladores da França, que, segundo o Glorioso, comprometeram a integração operacional e financeira entre as duas agremiações. Tal interferência regulatória teria inviabilizado acordos de "cash pooling" que, antes, beneficiavam mutuamente as partes.
Um dos pontos mais sensíveis revelados pelo Botafogo é o vultoso empréstimo concedido ao Lyon. A SAF carioca emprestou mais de R$ 560 milhões ao clube francês por meio de direitos econômicos de jogadores. O objetivo primordial desta operação era auxiliar o Lyon, que enfrentava um período de severas dificuldades financeiras e necessitava apresentar garantias robustas para assegurar sua permanência na primeira divisão do Campeonato Francês.
Ações Jurídicas e o Desequilíbrio Financeiro Detalhado
O comunicado também lançou luz sobre a estrutura de controle da Eagle Holding, que é, conforme o Botafogo , controlada por John Textor. No entanto, a própria empresa tem manifestado esforços para se desvincular do empresário americano, que, por sua vez, já não possui mais vínculos com o Lyonnais, tendo renunciado à presidência do clube. Essa complexidade na cadeia de controle e gestão adiciona uma camada de incerteza ao panorama.
Diante de um quadro tão intrincado, o Botafogo divulgou a íntegra de sua nota oficial, que serve como o pilar central para a compreensão das medidas adotadas e da visão do clube sobre o imbróglio.
? A SAF Botafogo esclarece que sempre valorizou a colaboração dentro do ecossistema da Eagle Football e mantém o desejo de que essa parceria siga existindo, em benefício de todos os clubes que compõem o grupo.
Infelizmente, medidas adotadas por órgãos reguladores na França comprometeram o funcionamento dessa integração, resultando na interrupção dos acordos de cash pooling que vinham sendo benéficos para todas as partes. Diante deste cenário, tornou-se necessário formalizar, por vias legais, que o atual desequilíbrio financeiro entre as entidades aponta para a necessidade de reembolso à SAF Botafogo por valores anteriormente emprestados.
Além disso, algumas medidas corporativas foram adotadas, com o devido alinhamento junto ao nosso parceiro acionista, o Botafogo de Futebol e Regatas (BFR), visando permitir a entrada de novos aportes de capital no Clube, caso os reembolsos por parte da Eagle ou do Olympique Lyonnais (OL) não sejam viabilizados de imediato. Tais ações não tiveram caráter provocativo e a SAF Botafogo reconhece integralmente o direito de seu acionista majoritário de ter prioridade em qualquer oportunidade de investimento no Clube, antes que se considere a participação de investidores externos. Ressaltamos, porém, que tais investimentos não seriam necessários caso o OL consiga honrar com os reembolsos devidos.
Para fins de esclarecimento, destacamos que as ações societárias tomadas até o momento consistem apenas em autorizações legais e que não há, no presente momento, qualquer plano que vise à diluição da participação acionária do nosso sócio majoritário. Inclusive, tais medidas seriam necessárias para possibilitar que o próprio acionista majoritário realize novos investimentos.
Por fim, a SAF Botafogo reforça que qualquer eventual negociação envolvendo a venda de participação majoritária na sociedade, seja ela conduzida por John Textor ou por terceiros, deverá necessariamente passar por um processo de diálogo e negociação amigável com o atual sócio majoritário. Embora medidas judiciais e societárias possam ser interpretadas de maneira equivocada por parte da imprensa, é fundamental que nossos torcedores tenham plena ciência de que a SAF Botafogo segue tendo a Eagle Football como sua acionista controladora, e que esta, por sua vez, é majoritariamente controlada por John Textor. Reiteramos nosso compromisso para que todas as discussões envolvendo o futuro da SAF ocorram de forma transparente, responsável e respeitosa.?
O Futuro da SAF Botafogo e a Visão do Clube
A leitura atenta da nota revela a busca do Botafogo por estabilidade financeira e jurídica. A ênfase na "necessidade de reembolso" e na adoção de "medidas corporativas" para permitir novos aportes de capital sinaliza uma proatividade da SAF em resguardar seus interesses, caso os valores devidos por Eagle ou Olympique Lyonnais não sejam prontamente honrados.
A despeito das interpretações que possam surgir na imprensa sobre as ações judiciais e societárias, a direção do Botafogo faz questão de assegurar aos seus torcedores que a Eagle Football permanece como a acionista controladora da SAF, e que esta, por sua vez, continua sob o controle majoritário de John Textor. O compromisso reiterado é de que todas as discussões acerca do futuro da SAF sejam conduzidas de maneira transparente, responsável e, acima de tudo, respeitosa, buscando sempre o melhor para o Glorioso.
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