Botafogo x Carabobo: Análise das Atuações, Notas dos Jogadores e Técnico Paiva na Libertadores

Apesar de ter conquistado os três pontos em território venezuelano, o Botafogo apresentou um futebol abaixo do esperado no confronto diante do Carabobo pela Taça Conmebol Libertadores. A vitória apertada, selada apenas nos momentos derradeiros do embate, serviu para maquiar uma exibição com pouca inspiração coletiva e muitas dificuldades frente a um oponente que, em tese, possuía limitações técnicas e táticas mais acentuadas. Neste cenário de superação individual e funcionamento coletivo deficiente, as atuações dos jogadores e do comando técnico foram analisadas, revelando contrastes significativos.

Enquanto alguns atletas conseguiram se sobressair e justificar suas presenças em campo, a maioria da equipe ficou devendo um desempenho à altura da competição. A análise crítica das notas atribuídas expõe as fragilidades recorrentes e pontua os raros acertos da equipe alvinegra nesta partida.

O Herói Inesperado e os Pontos de Luz

A figura mais decisiva para o Botafogo na partida foi, sem dúvida, Cuiabano (nota 8.0). Posicionado de maneira mais avançada do que o habitual, atuando pela faixa esquerda como um meio-campista de apoio, ele foi o grande responsável por evitar um tropeço que seria constrangedor. Seu chute inicial resultou no primeiro gol da equipe e, nos acréscimos, ele próprio balançou as redes para garantir a vitória e livrar o time de um empate com gosto amargo. Uma intervenção fundamental em um jogo complicado.

No meio-campo, Allan (nota 7.0) demonstrou ser uma alteração positiva promovida pelo técnico. Sua entrada conferiu um ritmo diferente ao setor, melhorando a qualidade da posse e a capacidade de criar jogadas. Foi dele a assistência precisa para o gol salvador de Cuiabano , comprovando sua influência no momento em que esteve em campo.

Gregore (nota 7.0) foi outro jogador que conseguiu se desvincular da atuação coletivamente ruim. Ele mostrou solidez na cobertura defensiva e, em diversas situações, efetuou desarmes importantes mesmo quando o Botafogo se via em inferioridade numérica no meio-campo. Um dos poucos a manter um nível de consistência.

Quem Ficou Abaixo do Potencial

Alguns jogadores tiveram atuações apenas razoáveis ou discretas. John (nota 6.5) na meta, cumpriu o básico, saindo bem em cruzamentos e sem culpa no gol adversário. Vitinho (nota 6.5) teve o mérito de marcar o primeiro gol com oportunismo, mas no geral, sua partida não foi brilhante, sofrendo na marcação sem apoio defensivo e sem outras contribuições relevantes.

Nathan Fernandes (nota 6.5) trouxe mais volume ofensivo nos minutos finais, participando do lance do gol da vitória e criando uma boa chance para Ponte. Mateo Ponte (nota 6.0), que entrou para aumentar a presença na área, teve participação limitada, com sua melhor chance sendo bloqueada pela zaga.

David Ricardo (nota 5.5) teve uma atuação segura na defesa, sem comprometer nos duelos, mas recebeu um cartão amarelo desnecessário. Jair (nota 5.0) esteve muitas vezes mal posicionado em lances de cruzamento, mas compensou com uma saída de bola limpa e passes curtos precisos.

As Decepções da Noite

Diversos atletas tiveram performances decepcionantes. Jeffinho (nota 5.0), atuando fora de sua posição de origem no lado direito, forçou alguns passes, mas sem bola, deixou Vitinho vulnerável na marcação. Artur (nota 5.0), entrando como segundo atacante, não conseguiu ser efetivo, cometendo erros de passe e perdendo duelos de velocidade.

Marlon Freitas (nota 4.5) teve uma atuação burocrática, optando pela segurança dos passes simples e sem conseguir acelerar o jogo ou contribuir defensivamente de forma significativa. Igor Jesus (nota 4.5) pouco produziu, não se encaixando na dupla de ataque e ficando isolado, gerando pouco perigo.

Alex Telles (nota 4.0) falhou diretamente no gol do Carabobo, perdendo a disputa aérea, e não encontrou sintonia com Cuiabano , ficando muito aquém de sua contribuição usual. Rwan Cruz (nota 4.0) desperdiçou uma boa chance, tomou um cartão amarelo infantil e pareceu cair de rendimento após os 20 minutos finais, contribuindo pouco em todas as fases do jogo.

Elias Manoel entrou nos minutos finais e não teve tempo suficiente para ser avaliado individualmente (Sem Nota).

O Comando Técnico Sob Escrutínio

A avaliação do trabalho de Renato Paiva (nota 3.5) aponta para uma noite verdadeiramente problemática, apesar do resultado positivo. Diante de um adversário com limitações claras, o Botafogo se mostrou desorganizado e, em vários momentos, foi pressionado a ponto de um empate parecer um desfecho justo. A incapacidade de impor um ritmo e um padrão de jogo superior a um oponente inferior taticamente, fisicamente e tecnicamente, reforça as críticas ao desempenho coletivo da equipe sob seu comando neste ano de 2025.