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Triunfo Estratégico: Botafogo Supera Carabobo e Paiva Exalta Defesa
Por Redação FutFogão em 08/04/2025 21:43
Vitória Dedicada e Análise Tática Detalhada
Em uma noite de emoções intensas no Nilton Santos, o Botafogo conquistou uma vitória crucial sobre o Carabobo por 2 a 0, em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores. O resultado, embora tenha exigido um esforço considerável, foi recebido com satisfação pelo técnico Renato Paiva, que não poupou elogios à atuação da equipe, com ênfase no desempenho do sistema defensivo. Além da análise tática, Paiva fez questão de homenagear Manga, ex-goleiro do clube falecido recentemente, dedicando a ele o triunfo.
Paiva iniciou sua análise da partida destacando a solidez defensiva demonstrada pelo Botafogo ao longo da competição. "O quantitativo realmente, zero gols sofridos. Em quatro jogos, um gol sofrido somente, isso nos deixa satisfeito", afirmou o treinador, ressaltando a importância da consistência defensiva para o sucesso da equipe.
O técnico reconheceu as críticas em relação ao desempenho ofensivo, mas defendeu a postura da equipe, argumentando que a busca pelo ataque implica em riscos. "Entendo sua pergunta, entendo o torcedor, entendo o jornalista. Mas não há jogos onde não há finalizações ao gol do adversário. Não há jogos fáceis, isso é Libertadores. A Série A todo mundo pode ganhar", ponderou Paiva, enfatizando a competitividade do torneio continental.

Equilíbrio entre Ofensividade e Defesa
Paiva explicou que a estratégia do Botafogo envolve colocar muitos jogadores no campo adversário, o que pode gerar desequilíbrios defensivos. "Concedemos de vez em quando oportunidades, porque somos uma equipe ofensiva, colocamos muita gente no meio-campo adversário, em vários momentos John era o único na defesa. Se abdica de colocar gente na frente tu não é corajoso, tem medo. Então não pode estar aqui, não pode representar este clube. Este clube tem uma missão que é ganhar o jogo", justificou o treinador, defendendo a ousadia tática da equipe.
Apesar dos riscos, Paiva se mostrou satisfeito com a capacidade da equipe em minimizar as oportunidades do adversário. "Analisando o jogo, qual é o momento premium do Carabobo? Ou bola parada ou pegar a equipe desequilibrada. Óbvio que com tanto espaço que deixamos no nosso campo, basta um duelo perdido, uma saída mais rápida, uma distração e vem a outra equipe. Continuo satisfeito com a questão quantitativa. Qualitativamente, não há exibições perdidas mas não falhamos há ponto de dizer que poderia ter gol do Carabobo ou do Juventude a qualquer momento. São momentos de transição. Quando vamos em bloco, somos equipe compacta e criamos problemas para o adversário. Obviamente, vai haver momento de desequilíbrio porque os jogadores são humanos", analisou o técnico.
O comandante alvinegro também comentou sobre a postura da equipe ao longo da partida, reconhecendo a falta de paciência no primeiro tempo, mas elogiando a capacidade de correção e a manutenção do plano de jogo. "Não tivemos paciência na primeira parte, mas geramos oportunidade de gol. Depois, corrigimos essa situação sem sermos passivos. As vezes, se confunde paciência com passividade, não foi isso que aconteceu. Acabamos abrindo o adversário. Quanto mais fomos conseguindo, mais eles foram recuando. Temos que ter cuidado para não cair na tentação dos cruzamentos. Estou muito orgulho do que os meus jogadores porque eles não perderem o plano de jogo, de como desmontar um bloco (baixo) tão difícil", concluiu Paiva.
Estratégias e Substituições Decisivas
O triunfo impulsionou o Botafogo aos primeiros três pontos no Grupo A, igualando a pontuação de Estudiantes e La U, ambos da Argentina e do Chile, respectivamente. O Carabobo, por outro lado, amarga a lanterna do grupo sem somar pontos.
Renato Paiva também abordou questões específicas da partida, como as jogadas de linha de fundo e as críticas a alguns jogadores. Sobre as jogadas de linha de fundo, o técnico explicou a estratégia por trás da entrada de Rwan. "Boa pergunta. Porque no momento do gol o Rwan iria entrar para jogar junto com o Mastriani. Iríamos jogar com dois jogadores na ponta para cruzar, com Patrick e Savarino pelo meio. Risco total e máximo, tínhamos que ganhar. Quando fizemos o gol troquei homem por homem, o adversário deu espaços", revelou Paiva.
Em relação às críticas da torcida e da mídia, o treinador defendeu seus jogadores, ressaltando a importância do conhecimento do dia a dia para avaliar o desempenho de cada um. "Em relação aos jogadores que a torcida e a mídia criticam, têm todo o direito. Querem espetáculo. Eu tenho uma vantagem porque estou no dia a dia e sei o que podem dar. Tem a razão e a paixão. Isso tem a ver com o conhecimento que temos. Por exemplo, um bloco fechado perto da área, que se você não mexe, vai entrar num cansaço físico e mental. Por isso que trocamos os laterais. O Marlon tem muitos jogos, e o Patrick carrega a bola um pouco mais. O torcedor quer ganhar e ver um grande espetáculo. Mas se perguntar se prefere ganhar mesmo sem jogar bem eles vão querer. Falei aos jogadores que tenho orgulho. Meu trabalho é encontrar soluções no banco, às vezes não vão surtir efeito", ponderou Paiva.
A Busca pelo Equilíbrio e a Mentalidade Vencedora
Por fim, Paiva comentou sobre a questão dos cruzamentos, admitindo que não é fã de um jogo excessivamente lateralizado, mas que aceitaria ser campeão mesmo jogando dessa forma. "Sobre os cruzamentos, não gosto de um jogo muito lateralizado, mas não é proibido. Se for para ser campeão assim eu aceito. Mas eu entendo a reclamação, é difícil, e acontece de cruzar. E aí entra na estatísticas de muitos cruzamentos errados. Precisamos concertar isso. Às vezes cruza no desespero com um contra quatro e não acerta, mas às vezes tem mais e acerta. Vamos melhorar, mas temos que ter equilíbrio", finalizou o treinador, demonstrando a busca constante pelo aprimoramento da equipe.
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