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Botafogo: Torcida Quer Luís Castro de Volta Após Demissão de Paiva
Por Redação FutFogão em 30/06/2025 21:02
No rescaldo da eliminação na Copa do Mundo de Clubes, ainda em solo norte-americano, o Botafogo enfrenta as primeiras horas sem seu último comandante, Renato Paiva. A saída do treinador, anunciada recentemente, abriu um vácuo de liderança que a torcida, sempre ativa, já começa a preencher com suas preferências. Em uma consulta popular, a massa alvinegra apontou um nome familiar e que evoca lembranças de um passado recente de prosperidade: Luís Castro.
A preferência expressa pela base de fãs do Glorioso foi inequívoca, com o técnico português Luís Castro angariando a maior parcela dos votos. A enquete revelou um desejo claro de continuidade ou, talvez, de um retorno a um estilo de jogo e gestão que marcou um período promissor para o clube. Abaixo, a distribuição dos votos entre os principais candidatos mencionados pela torcida:
Candidato | Porcentagem de Votos |
---|---|
Luís Castro | 25,6% |
Dunga | 20,8% |
Tite | 10,7% |
Luis Zubeldía | 6,9% |
Sergio Conceição | 6,4% |
O significativo apoio a Luís Castro não é mera nostalgia, mas um reflexo da profunda marca que o português deixou em sua passagem anterior pelo Botafogo . Sua gestão, embora não tenha culminado em títulos expressivos, foi a base para a ascensão do time à liderança do Campeonato Brasileiro em 2023, um período de otimismo e bom futebol que ainda ecoa na memória dos alvinegros.
O Retorno Desejado: Luís Castro e o Legado Alvinegro
Atualmente nos Emirados Árabes Unidos, onde foi recém-anunciado como técnico do Al-Wasl, Luís Castro já possui uma trajetória consolidada no futebol do Oriente Médio. Antes de sua chegada ao Botafogo , ele comandou o Al Duhail, no Catar, e, após sua saída do Glorioso, teve uma passagem pelo Al-Nassr, na Arábia Saudita. Essa experiência internacional, aliada ao conhecimento prévio do clube, o torna um nome que inspira confiança em parte da torcida.
A vinda de Luís Castro ao Botafogo , entre março de 2022 e junho de 2023, foi uma aposta pessoal de John Textor, proprietário da SAF alvinegra. Castro era visto como o arquiteto ideal para implementar o "Botafogo Way", uma filosofia de jogo ofensiva e de identidade própria que o empresário americano almejava para o clube. Sua saída, no auge da liderança do Brasileirão, para o Al-Nassr, foi um golpe duro para a torcida e para o projeto.
A Breve Era Renato Paiva: Desempenho e Desfecho
A chegada de Renato Paiva ao comando técnico do Botafogo , no final de fevereiro, ocorreu 55 dias após a saída de Artur Jorge. Sua passagem foi meteórica e marcada por um desempenho que, embora não desastroso em números absolutos, não convenceu a alta cúpula e a torcida em momentos cruciais. Em 23 partidas, Paiva acumulou 12 vitórias, três empates e oito derrotas.
Sob sua batuta, o Alvinegro garantiu as classificações para as oitavas de final da Copa do Brasil e da Conmebol Libertadores, demonstrando capacidade em torneios de mata-mata. Na Copa do Mundo de Clubes, o time superou o "grupo da morte", inclusive com um triunfo sobre o Paris Saint-Germain, avançando em segundo lugar. Contudo, a eliminação precoce para o Palmeiras no início do mata-mata, um adversário direto e de grande rivalidade, selou o destino do treinador.
A Visão de Textor e o Futuro Incerto do Botafogo
Os bastidores da demissão de Paiva revelam um John Textor irritado com a postura da equipe, especialmente no confronto decisivo contra o Palmeiras. O proprietário da SAF, conhecido por sua intervenção direta, teria proferido um discurso contundente, reiterando a importância do "Botafogo Way" e, na sequência, optado pela ruptura. Essa decisão sublinha a busca incessante de Textor por um modelo de jogo e uma identidade que, em sua visão, ainda não foram plenamente alcançados.
A saída de Renato Paiva reforça um padrão de instabilidade no comando técnico do Botafogo na era SAF de John Textor. O clube tem apresentado uma média de um novo treinador a cada seis meses, uma rotatividade que, para muitos analistas, dificulta a consolidação de um projeto de longo prazo e a construção de uma identidade duradoura. A busca pelo nome ideal, capaz de alinhar-se à visão de Textor e reconectar-se com a paixão da torcida, segue sendo o grande desafio do Botafogo .
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