Botafogo: Textor Abre Jogo Sobre Finanças, Lyon e Parceria com Marinakis

O cenário do futebol brasileiro e internacional foi agitado pelas recentes declarações de John Textor, proprietário da SAF do Botafogo. Após o empate em 1 a 1 contra o Corinthians no Nilton Santos, o empresário norte-americano trouxe à tona detalhes cruciais sobre as finanças do Glorioso, sua relação com outros clubes da Eagle Football e os planos estratégicos para o futuro, incluindo uma aproximação com Evangelos Marinakis, influente dono de equipes como Nottingham Forest e Olympiacos.

O empresário americano, John Textor, revelou uma notável aproximação com Evangelos Marinakis, influente proprietário de clubes como Nottingham Forest e Olympiacos. Textor expressa uma afinidade pessoal e profissional com Marinakis, cujo relacionamento, curiosamente, teve início no Brasil antes mesmo da chegada de Textor. Essa sinergia se manifesta na paixão compartilhada por recrutamento, negociação e discussões sobre o universo dos jogadores, características que Textor admira em um "dono ousado e muito apaixonado".

A busca por novos aliados estratégicos, segundo Textor, é uma consequência direta da venda de suas participações no Crystal Palace. Ele explicou que o Palace "nunca foi o parceiro do Botafogo que eu queria que eles fossem." A ausência de um fluxo consistente de jogadores do Botafogo para a Premier League revelou uma lacuna crucial. A ambição é clara: "Se você tem um caminho para a Premier League, fica mais fácil para recrutar um jogador para o Brasil: você cria um caminho." A venda das ações do Crystal Palace visa, portanto, pavimentar novas rotas para atletas brasileiros rumo à elite do futebol inglês, um movimento que Textor considera vital para a continuidade do sucesso alvinegro.

Novos Horizontes: Botafogo e a Estratégia de Parcerias Internacionais

Desfazendo narrativas externas, Textor abordou a saúde financeira do Botafogo , refutando categoricamente a ideia de que o clube carioca depende de aportes europeus. Pelo contrário, o empresário enfatizou que o Glorioso, campeão brasileiro, está em uma posição de solidez financeira. "Vou falar claramente para todos aqui. Botafogo está gerando uma quantia significativa de dinheiro e está financiando várias operações de perda do Lyon." Ele desmistificou rumores veiculados na imprensa francesa, afirmando: "Várias matérias que você lê na França que dizem que o Lyon pagou pelos títulos do Botafogo são erradas. Ganhamos dinheiro com títulos, vendas de jogadores e porque somos bons no negócio. Botafogo financia a Europa, e não o contrário." A transparência foi reforçada pela menção de que a organização é "auditada por empresas do maior calibre" e passou por processos para um IPO, reiterando: "Não há debate. Não há problema financeiro. Estamos financiando a Europa."

A Verdade Financeira: Botafogo Financia a Europa, Não o Contrário

Em um movimento estratégico surpreendente, Textor expressou o desejo de "comprar o Botafogo de volta e tirá-lo da Eagle." Embora continue sendo o proprietário da Eagle Football, ele avalia que uma separação seria benéfica para o clube carioca, permitindo parcerias europeias mais alinhadas aos seus interesses. A recompra é um tema de debate interno, e não uma decisão final, mas a intenção de desvincular o Botafogo da estrutura atual da Eagle é manifesta.

Questionado sobre as implicações de tal aquisição, Textor minimizou mudanças imediatas na gestão ou no corpo de funcionários. "Já temos muita autonomia no clube. Não sei muito o que mudaria. Teríamos a mesma liderança, não teria muita mudança no estafe. É mais um debate no longo termo do que de imediato." Isso sugere que a movimentação visa mais uma reestruturação estratégica e de governança a longo prazo do que uma alteração operacional drástica.

Futuro da SAF: Textor e a Possível Recompra do Botafogo

Curiosamente, a ideia de recompra surgiu em um contexto onde o clube social do Botafogo manifestou um desejo por estabilidade. Textor notou: "Quando isso chegou aqui (Brasil), o clube social disse que não queria mudanças e quer estabilidade depois de 35 anos de instabilidade. Fiquei impressionado." Embora Textor afirme não ter pedido ajuda, a postura do clube associativo parece ter reforçado a ideia de uma estrutura mais focada e estável para o Botafogo , alinhando-se com a visão do empresário de uma entidade mais autônoma.