Botafogo: Social Pede Textor Como Réu em Ação Crucial Contra Eagle Football

A relação entre o Botafogo, enquanto clube-empresa, e sua vertente associativa atingiu um novo patamar de tensão. O quadro social do "Mais Tradicional" formalizou um requerimento junto à Justiça do Rio de Janeiro para que John Textor, a figura controladora da SAF alvinegra, seja adicionado como réu no processo que já tramita contra a Eagle Football Holdings. Esta empresa, que detém 90% do futebol do Glorioso, tem o próprio Textor como seu sócio majoritário, conforme noticiado pelo jornal "O Globo" na última segunda-feira, dia 1.

A ação judicial, que se desenrola no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vê o Botafogo associativo reiterar sua demanda para que a Eagle providencie uma garantia financeira à SAF, no valor mínimo de R$ 155 milhões. O setor associativo argumenta que tal quantia corresponde a 10% do passivo total do clube-empresa. Importante ressaltar que a própria SAF, por meio de uma nota oficial, já havia manifestado seu veemente repúdio a esta iniciativa legal.

Caso o Judiciário acate o pedido, Textor poderá ser diretamente responsabilizado pela dívida em questão, assumindo as consequências jurídicas inerentes a esse passivo, como detalha a reportagem. A inclusão do empresário norte-americano como réu representa uma escalada significativa no litígio, personalizando a disputa que até então se concentrava na pessoa jurídica da Eagle Football.

A Exigência Financeira e a Implicação Pessoal de Textor

O associativo, em sua petição, justificou a medida com clareza, pontuando que:

"Trata-se de medida necessária para resguardar os interesses do sócio minoritário e, logicamente, os da própria SAF Botafogo, e evitar que o processo arbitral ou judicial produza efeitos práticos irreversíveis em seu desfavor, sem que esteja minimamente protegido contra os riscos decorrentes do litígio entre os controladores"

Este movimento sublinha a preocupação do sócio minoritário em garantir a proteção da SAF frente a possíveis desdobramentos desfavoráveis do embate entre os controladores.

Para contextualizar as demandas e os desdobramentos recentes, apresentamos um resumo:

O Recuo Estratégico e as Consequências Judiciais

Em uma guinada estratégica, o Botafogo social optou por desistir de seu pleito inicial para a nomeação de um interventor na SAF. Paralelamente, a exigência de que a SAF obtivesse autorização prévia para a venda de seus ativos, uma demanda anterior do associativo, foi igualmente derrubada pela Justiça na semana precedente. Essas desistências e rejeições judiciais redefinem os contornos da batalha legal, direcionando o foco para a responsabilidade financeira e a inclusão pessoal de Textor, enquanto outras frentes de atrito são desmobilizadas.