Botafogo SAF Sob Ataque: Social Revela Desvio de R$ 628 Milhões para o Lyon de Textor

Uma sombra de questionamentos paira sobre a gestão da SAF Botafogo após o clube social divulgar informações que levantam sérias dúvidas sobre a destinação de recursos. Em uma carta de esclarecimento, o braço social do Glorioso detalhou as motivações de sua ação contra a Eagle Football e, mais grave, apontou para um suposto direcionamento de vultosos valores arrecadados pelo futebol alvinegro para sanar dificuldades financeiras do Lyon, um dos clubes da rede multi-clubes de John Textor na França.

A revelação surge no contexto de um recente acordo entre a SAF e o clube social, que finalmente resolveu um impasse crucial em relação à comercialização de atletas. Este entendimento permitiu que o Botafogo retomasse a capacidade de negociar jogadores, um alívio temporário ofuscado pelas informações que vieram à tona. O clube social expressou ter se deparado com "informações tristes" durante sua busca por transparência, especialmente ao investigar a tentativa de afastamento de Textor, um episódio que não se concretizou em julho passado.

Os Bastidores da Averiguação do Clube Social

A iniciativa do clube social para desvendar os meandros da administração da SAF ganhou um contorno mais contundente ao focar na movimentação financeira entre as entidades do grupo Eagle Football. A busca por clareza sobre a governança e a gestão dos ativos do Botafogo levou a descobertas que agora exigem explicações detalhadas por parte da SAF e de John Textor.

O cerne da acusação reside na alegação de que um montante expressivo, oriundo diretamente das receitas do Botafogo , foi canalizado para o clube francês. Segundo o comunicado, valores provenientes de fontes como a renovação da luva do Campeonato Brasileiro, premiações da Libertadores e do próprio Brasileirão, além de vendas de atletas e a participação em um "Campeonato Mundial", foram compilados para formar a soma de US$ 128 milhões.

A Controvérsia dos R$ 628 Milhões e o Destino dos Prêmios

Convertidos para a moeda nacional, esses US$ 128 milhões representam aproximadamente R$ 628 milhões, um volume financeiro colossal que, de acordo com as averiguações do social, teria sido empregado para evitar o rebaixamento do Lyon. A magnitude dessa transferência, se confirmada, levanta questões sobre a priorização dos investimentos dentro da rede de clubes de Textor e a autonomia financeira do Botafogo .

Para ilustrar parte das receitas que o Botafogo gerou em 2024, e que estariam entre as fontes dos fundos mencionados, apresentamos a seguir os valores de premiações em competições importantes. É fundamental ressaltar que esses valores são apenas uma parcela do montante total alegado pelo clube social, que também inclui luvas e vendas de atletas.

A carta do clube social, cujos trechos foram divulgados, serve como um documento crucial para entender a profundidade das preocupações levantadas. As implicações dessa denúncia são vastas e podem redefinir a relação entre a gestão da SAF e a base histórica do Botafogo . A transparência e a prestação de contas tornam-se, mais do que nunca, pilares indispensáveis para a credibilidade e o futuro do Glorioso.

A exigência por esclarecimentos detalhados por parte da SAF é imediata e incontornável. Os torcedores e a comunidade alvinegra aguardam respostas claras sobre a gestão dos recursos e a real extensão da interligação financeira entre o Botafogo e os demais clubes da Eagle Football. A integridade financeira e a autonomia do clube estão em jogo, e a verdade precisa vir à tona para que o Botafogo possa seguir seu caminho com a confiança de sua torcida e sócios.