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Botafogo: Quem Substitui Savarino na Libertadores? Opções de Renato Paiva
Por Redação FutFogão em 05/05/2025 04:15
O Botafogo desembarcou na Venezuela para seu compromisso pela Conmebol Libertadores, e o técnico Renato Paiva se depara imediatamente com um quebra-cabeça complexo. A ausência forçada do venezuelano Savarino, peça fundamental no esquema tático, cria uma lacuna que precisa ser urgentemente preenchida. Para agravar o cenário, outro atleta que poderia desempenhar função similar, Santiago Rodríguez, também está indisponível devido a problemas físicos.
Esta conjuntura de lesões impõe a Paiva a tarefa de reconfigurar o time titular para o confronto decisivo contra o Carabobo, agendado para esta terça-feira. A partida, válida pela fase de grupos do torneio continental, exige uma solução eficaz para manter o nível de competitividade da equipe.
Desafio Alvinegro na Libertadores e a Ausência Crucial
Em um teste recente, contra o Bahia, a comissão técnica optou por adensar o setor de meio-campo com a inclusão de Patrick de Paula. No entanto, a estratégia não surtiu o efeito desejado, e o desempenho coletivo ficou aquém do esperado. Com uma última sessão de treinamento prevista antes do embate na Venezuela, novas possibilidades táticas e de escalação emergem como potenciais caminhos para Renato Paiva.
O desenho tático habitual da equipe tem gravitado em torno de um 4-4-2. Acrescentando à lista de desfalques a ausência de Matheus Martins, que representaria uma alternativa para atuar pelas pontas, as análises dentro deste formato indicam que Paiva dispõe de, no mínimo, cinco escolhas para tentar mitigar o impacto da baixa de Savarino e encontrar o ajuste ideal.

A Complexidade Tática e a Falta de um Substituto Natural
A carência de um autêntico meia de criação no elenco como alternativa imediata ? Kauan Lindes, promessa da base, integra a delegação, mas ainda não teve a chance de atuar sob o comando do treinador português ? sugere que qualquer alteração na formação inicial demandará, inevitavelmente, uma adaptação tática distinta, possivelmente afastando o time de sua configuração mais usual.
Análise Crítica: A Escolha Contra o Bahia
Patrick de Paula foi a alternativa testada no embate anterior. A ideia parecia ser posicionar o camisa 6 inicialmente como um "meia" pela faixa esquerda do campo, com a instrução de se comportar mais como volante na fase ofensiva, liberando espaço para a progressão do lateral. Contudo, a execução em campo não funcionou.
A escolha se mostrou ineficaz, em parte pelas decisões individuais equivocadas do jogador, mas também pela sobreposição de sua área de atuação com a de Marlon Freitas, o que resultou em um meio-campo sem a dinâmica necessária para criar oportunidades claras de ataque.
Alternativas Pelos Flancos: Velocidade vs Drible
Nathan Fernandes surge como uma possibilidade que privilegia a velocidade, dado seu perfil de atacante de origem. Sua entrada modificaria o padrão ofensivo do Botafogo , direcionando-o mais para ações em profundidade e ataques na linha de fundo. É relevante notar, porém, que o atleta recentemente se recuperou de uma lesão muscular e teve participação limitada no jogo contra o Bahia.
Jeffinho, por sua vez, é outro ponta, mas com características distintas. Seu jogo é mais baseado no drible e em movimentos diagonais, buscando a penetração pelo centro ou a finalização. Embora possua um diferencial no um contra um, sua contribuição na marcação sem a posse da bola é menos acentuada. Suas aparições recentes têm sido pontuais.
Apostas Inusitadas e o Custo da Profundidade
Uma opção menos convencional seria a utilização de Cuiabano em uma posição mais avançada. Apesar de ser lateral de ofício, sua força e capacidade de chegada ao ataque são atributos notáveis. Renato Paiva chegou a experimentar brevemente a dupla Cuiabano adiantado com Alex Telles na lateral esquerda no jogo contra o Bahia, e o camisa 66 demonstrou potencial nessa função, sendo bem acionado em busca do gol de empate. Contudo, é um plano tático que carece de rodagem.
Por fim, a possibilidade de escalar um terceiro atacante de formação, deslocando-o para atuar pelas laterais do campo. Tanto Rwan Cruz quanto Elias Manoel possuem essa versatilidade. A desvantagem inerente a essa escolha reside no fato de que ela retiraria uma opção de Renato Paiva para reforçar o ataque ou promover mudanças estratégicas durante o segundo tempo da partida.
O técnico português tem diante de si um conjunto de alternativas, cada uma com suas peculiaridades, prós e contras, para solucionar o vácuo deixado por Savarino em um jogo de suma importância. A decisão final definirá o perfil ofensivo do Botafogo em seu desafio continental.
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