- FutFogão
- Botafogo Pré-Libertadores: Altitude de 4 mil metros e Nacional de Potosí
Botafogo Pré-Libertadores: Altitude de 4 mil metros e Nacional de Potosí
Por Redação FutFogão em 23/12/2025 08:45
O Botafogo, imerso em um novo ciclo sob a batuta de seu recém-chegado comando técnico, conheceu o adversário que testará sua resiliência logo na segunda fase preliminar da Copa Libertadores. O Glorioso terá pela frente o Nacional de Potosí, equipe boliviana que assegurou sua vaga ao triunfar na Copa da Bolívia nesta última segunda-feira, dia 22.
Este confronto inaugural, agendado para o dia 18 de fevereiro às 21h30 (horário de Brasília), transcende a mera disputa esportiva. O palco será o Estádio Víctor Agustín Ugarte, lar do Nacional, situado em uma altitude de impressionantes 4.090 metros. Tal condição geográfica impõe um desafio físico e estratégico singular, que exigirá do elenco alvinegro uma preparação meticulosa para mitigar os efeitos do ar rarefeito.
O Imponente Desafio da Altitude na Libertadores
A jornada do Botafogo na busca por um lugar na fase de grupos da Libertadores começa com um dos obstáculos mais notórios do futebol sul-americano: a altitude elevada. O primeiro embate, longe de seus domínios, ocorrerá em um ambiente onde a respiração e o ritmo de jogo são drasticamente alterados. A partida de volta, no Rio de Janeiro, será uma semana depois, em 25 de fevereiro, no mesmo horário, oferecendo a chance de reverter qualquer adversidade inicial em solo carioca.
A logística e a adaptação a Potosí serão, sem dúvida, temas centrais na pauta da comissão técnica nas próximas semanas. A experiência histórica de clubes brasileiros em altitudes semelhantes serve como um alerta para a necessidade de uma abordagem cautelosa e inteligente, priorizando a integridade física dos atletas e uma estratégia de jogo que contemple as particularidades do ambiente.
Martín Anselmi: A Esperança Alvinegra Contra o Ar Rarefeito
A chegada de Martín Anselmi ao comando técnico do Botafogo , anunciada precisamente nesta segunda-feira para substituir Davide Ancelotti, adiciona uma camada de expectativa e, talvez, otimismo ao cenário. O treinador argentino, de 40 anos, terá pouco mais de um mês e meio para implementar sua filosofia e preparar o time para o embate em Potosí.
A relevância de Anselmi neste contexto específico não pode ser subestimada. Seu trabalho mais proeminente ocorreu à frente do Independiente del Valle, sediado em Quito, Equador, uma cidade que se encontra a 2.850 metros acima do nível do mar. Com a equipe equatoriana, Anselmi não apenas demonstrou capacidade tática, mas também conquistou títulos de peso, como a Copa Sul-Americana e a Recopa, esta última em um confronto memorável contra o Flamengo. Sua vivência em altitudes, ainda que não tão extremas quanto a de Potosí, confere-lhe um conhecimento valioso sobre as nuances e estratégias necessárias para competir sob tais condições, podendo ser um diferencial vital para o Glorioso.
Nacional de Potosí: O Caminho Boliviano até o Confronto
O Nacional de Potosí garantiu sua participação na Libertadores com uma campanha vitoriosa na Copa da Bolívia. A equipe demonstrou notável poder de recuperação e determinação ao superar o Bolívar na final do torneio. O placar final de 4 a 1 a seu favor, após uma derrota de 2 a 0 no primeiro jogo, ilustra a capacidade do time de reverter situações adversas.
A decisão estava empatada no placar agregado até os 35 minutos do segundo tempo do jogo de volta, o que ressalta a intensidade e a reviravolta que culminaram na conquista do título boliviano. Este histórico recente do Nacional de Potosí sugere um adversário que, além da vantagem natural da altitude, possui brio e persistência, elementos que o Botafogo precisará neutralizar para avançar na competição continental.
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros