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Botafogo-PB: Invicto contra os que subiram na Série C, mas sem acesso. Entenda o paradoxo!
Por Redação FutFogão em 27/10/2025 08:25
O encerramento oficial da Série C do Campeonato Brasileiro, culminando com o título inédito da Ponte Preta, trouxe à tona um dado que, para a torcida do Botafogo -PB, se traduz em mais um amargo "quase". Em um cenário onde a identidade do elenco parece ainda ser um mistério ? como sugere a persistente busca por parte dos torcedores para "conhecer Bernardo Franco" ?, o clube paraibano ostenta uma estatística curiosa e, ao mesmo tempo, frustrante: permaneceu invicto contra todas as equipes que garantiram o acesso à Série B de 2026. Um paradoxo que expõe a fragilidade de uma campanha pontuada por lampejos de brilho, mas desprovida de consistência.
Náutico, São Bernardo, Londrina e a própria campeã, Ponte Preta, foram os adversários que o Belo enfrentou na primeira fase sem experimentar o sabor da derrota. Esse desempenho notável, que rendeu duas vitórias e dois empates contra os futuros promovidos, contrasta drasticamente com o destino final do time na competição.
O Caminho da Invencibilidade: Confrontos Diretos com os Promovidos
A sequência de resultados positivos contra os times que ascenderam à Série B teve início em 19 de abril, nos Aflitos, onde o Alvinegro da Estrela Vermelha conseguiu um empate sem gols diante do Náutico, pela segunda rodada. Este foi o primeiro sinal de que o Botafogo -PB possuía a capacidade de se igualar aos melhores da chave.
Meses depois, em 7 de julho, no Almeidão, o Belo novamente dividiu os pontos, desta vez com o São Bernardo, em um empate de 1 a 1. Naquela ocasião, o placar foi movimentado: Henrique Dourado abriu para os visitantes, mas Igor Maduro, prontamente, restabeleceu a igualdade para a equipe paraibana, demonstrando poder de reação.
Ainda em seus domínios, na rodada seguinte, o Botafogo -PB entregou uma de suas atuações mais convincentes. Superou o Londrina por 2 a 0, com tentos anotados por Wendel Lomar e Denilson. Esse triunfo, na época, infundiu uma injeção de confiança no grupo, reacendendo as esperanças de uma vaga no G-8, um objetivo que, lamentavelmente, não se concretizaria.
A invencibilidade foi selada na 16ª rodada, também no Almeidão, quando o Belo enfrentou a futura campeã, Ponte Preta. Em um confronto eletrizante, o time paraibano venceu por 2 a 1, com gols de Denilson e Luis Miguel, enquanto Bruno Lopes descontou para a Macaca nos instantes finais. Uma vitória de peso que, isoladamente, parecia indicar um potencial muito maior do que o efetivamente alcançado.
Resultados Pontuais x Campanha Sólida: A Frustração do Acesso
Apesar desses feitos notáveis contra os principais contendores da Série C, o Botafogo -PB foi incapaz de transformar tais resultados em uma campanha coesa e sustentável. A performance esporádica, caracterizada por picos de excelência e vales de inconstância, impediu que o clube alcançasse a zona de classificação para a fase seguinte.
O que se observa é uma repetição de um padrão preocupante: esta foi a 12ª eliminação consecutiva do Botafogo -PB na primeira fase da Série C, uma sina que se arrasta desde 2014, quando o time passou a figurar na Terceirona. A capacidade de pontuar contra os mais fortes não foi suficiente para mascarar a falta de regularidade e a incapacidade de superar adversários de menor calibre ou de manter o ritmo em momentos decisivos. A invencibilidade contra os que subiram, em vez de um motivo de orgulho, torna-se um doloroso lembrete do que poderia ter sido, mas não foi, devido a uma lacuna estratégica e tática mais profunda.
O Futuro em 2026: Uma Nova Tentativa na Terceirona
Com a taça da Ponte Preta erguida e o ciclo da Série C 2025 oficialmente encerrado, o Botafogo -PB já volta suas atenções para a temporada de 2026. Será o 13º ano consecutivo do clube na Terceirona, uma marca que, para uma instituição de sua envergadura, deveria ser motivo de profunda reflexão e reformulação. A esperança de um acesso, que parecia palpável em confrontos específicos, desvaneceu-se na inconsistência geral da campanha. O desafio, agora, transcende a simples busca por resultados pontuais; exige a construção de um projeto duradouro que finalmente possa romper o ciclo de frustrações e levar o Belo de volta a divisões superiores do futebol nacional.
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