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Botafogo no Mundial de Clubes: Análise Detalhada dos Destaques e Decepções Alvinegras
Por Redação FutFogão em 29/06/2025 13:26
A jornada do Botafogo na Copa do Mundo de Clubes chegou ao seu término. O Glorioso, sob o comando de Renato Paiva, encerrou sua participação no torneio após ser superado pelo Palmeiras nas oitavas de final. A trajetória alvinegra, composta por quatro confrontos, revelou-se um verdadeiro carrossel de emoções e rendimentos oscilantes. Este colunista se debruça agora sobre a performance individual dos atletas, discernindo aqueles que ascenderam e os que experimentaram um declínio em seu desempenho ao longo da competição.
A derrota para o Palmeiras selou o destino da equipe na competição, mas não sem antes expor as virtudes e fragilidades do elenco. A expectativa em torno do time era alta, e a campanha, embora curta, ofereceu um panorama claro de quem conseguiu se adaptar à pressão do palco global e quem sucumbiu a ela.
Os Nomes que Ficaram Aquém do Esperado na Copa do Mundo de Clubes
Começamos nossa avaliação pelos atletas cujo rendimento na Copa do Mundo de Clubes esteve abaixo do esperado, ou que simplesmente não conseguiram se firmar no esquema tático proposto. A competição de alto nível exige uma consistência que nem todos demonstraram.
Um dos nomes que mais gerou frustração foi o de Savarino. Apesar de ter contribuído com uma assistência notável em um passe preciso contra o Paris Saint-Germain, sua performance geral no campeonato foi decepcionante. No contexto global do torneio, Savarino foi, talvez, o jogador com o desempenho mais aquém do esperado no elenco botafoguense. Mesmo atuando em uma posição adaptada na ponta, essa alteração de função não parece justificar a acentuada queda em seu rendimento, nem a escassez de participações em lances que pudessem gerar perigo real ao adversário.
O atacante Mastriani, que iniciou como titular no embate contra o Seattle Sounders, foi substituído ainda na partida do Lumen Field e, a partir de então, não retornou ao gramado. Ele transitou da condição de primeira opção para a de última alternativa no comando de ataque. Sua passagem pela Copa do Mundo de Clubes o colocou em desvantagem, atrás de Arthur Cabral, na hierarquia dos possíveis substitutos de Igor Jesus.
Por fim, Cuiabano, um jogador que vinha desfrutando de regularidade como titular no Campeonato Brasileiro, não foi escalado no onze inicial em nenhum dos quatro jogos disputados. Embora sempre fosse considerado uma opção para entrar no decorrer das partidas, nem sempre suas entradas foram efetivas ou impactantes, o que levanta questionamentos sobre sua adaptação ao ritmo e à exigência do torneio.

Atletas que Mantiveram o Padrão de Desempenho
Nesta categoria, enquadramos os jogadores que, apesar das oscilações da equipe, conseguiram manter um nível de performance consistente, sem grandes picos ou quedas abruptas. Sua contribuição foi importante para a manutenção da competitividade em momentos cruciais.
Gregore é um exemplo claro. Sua atuação em campo foi geralmente sólida, com boas exibições. No entanto, sua classificação em uma categoria superior foi impedida por um incidente pontual: um cartão amarelo por conduta antidesportiva, especificamente por "cera", durante o confronto contra o Atlético de Madrid. Essa advertência o tirou do jogo decisivo contra o Palmeiras devido à suspensão, o que inevitavelmente impactou sua avaliação final no torneio.
Quem Elevou Um Pouco o Nível na Competição
Aqui, destacamos os atletas que, mesmo sem se tornarem os protagonistas absolutos, demonstraram uma evolução notável ou surpreenderam positivamente, elevando ligeiramente seu patamar dentro do elenco . Eles se mostraram opções válidas e confiáveis para o técnico Renato Paiva.
Vitinho, por exemplo, teve um desempenho defensivo digno de nota, conseguindo marcar com eficácia até mesmo Kvaratskhelia, um dos pontas mais talentosos do futebol mundial. Contudo, ainda existe uma margem considerável para aprimoramento em sua faceta ofensiva, onde as contribuições foram mais limitadas.
Outra opção que se destacou foi Newton. Sua entrada no decorrer dos jogos, uma aposta surpreendente de Renato Paiva, foi um acerto. Ele assumiu a responsabilidade sem comprometer o esquema tático ou o desempenho da equipe. Embora tenha sido considerado um nome disponível para empréstimo em um determinado período da temporada, sua performance no Mundial o consolidou como uma opção valiosa para o elenco principal.
Os Grandes Ascendentes: Quem Brilhou Pelo Botafogo
Chegamos aos nomes que não apenas superaram as expectativas, mas também se destacaram como os pilares da equipe na Copa do Mundo de Clubes. Estes jogadores saem do torneio com um status elevado, provando seu valor em um cenário de alta exigência.
Jair, sem dúvida, foi o jogador mais proeminente do Botafogo na Copa do Mundo. Ele conseguiu dissipar toda a desconfiança que pairava sobre suas primeiras atuações pelo clube, entregando performances de alto nível nos quatro jogos. Jair emerge da competição com um patamar significativamente superior ao que possuía ao chegar ? embora exista a possibilidade de esta ter sido sua última aparição com a camisa alvinegra.
O goleiro John foi a figura mais destacada em campo contra o Palmeiras, sendo o responsável direto por levar a partida para a prorrogação com defesas cruciais. O camisa 1 demonstrou segurança e consistência, repetindo o bom desempenho que já havia exibido no confronto contra o PSG, consolidando sua posição como um pilar defensivo.
O reforço Montoro fez sua estreia pelo clube justamente na Copa do Mundo e deixou uma primeira impressão excelente. Sempre acionado a partir do banco de reservas, o camisa 8 revelou uma notável capacidade de drible curto e uma habilidade notória com ambas as pernas, mostrando-se um jogador promissor e com grande potencial para o futuro.
Por fim, Allan alterou seu status dentro do grupo. Contratado como uma grande aquisição no ano anterior, teve poucas oportunidades com o técnico Artur Jorge. Contudo, no Mundial, entregou atuações memoráveis contra o Atlético de Madrid e o Paris Saint-Germain. Allan se estabelece, assim, como uma alternativa de confiança fundamental para o decorrer da temporada.
Sumário de Desempenho dos Jogadores Alvinegros
Para uma visão rápida do rendimento individual dos atletas do Botafogo na Copa do Mundo de Clubes, confira a tabela abaixo:
Jogador | Avaliação de Desempenho | Observações |
---|---|---|
Savarino | Abaixo do esperado | Queda brusca de desempenho, poucas participações em lances de perigo. |
Mastriani | Abaixo do esperado | De titular a última opção, não retornou após substituição na estreia. |
Cuiabano | Abaixo do esperado | Não foi titular e entradas como opção não foram impactantes. |
Gregore | Manteve o nível | Boas atuações, mas cartão amarelo o tirou do jogo decisivo. |
Vitinho | Elevou um pouco | Bom defensivamente, mas pecou no aspecto ofensivo. |
Newton | Elevou um pouco | Opção surpreendente, assumiu responsabilidade sem comprometer. |
Jair | Brilhou | Melhor jogador do Botafogo, superou desconfiança e entregou atuações de alto nível. |
John | Brilhou | Segurança e destaque, decisivo contra Palmeiras e PSG. |
Montoro | Brilhou | Ótima primeira impressão na estreia, habilidade e drible. |
Allan | Brilhou | Mudou de patamar, grandes atuações, opção de confiança. |
A campanha na Copa do Mundo de Clubes, embora tenha terminado em eliminação, serviu como um laboratório valioso para o Botafogo . As lições aprendidas e as performances individuais observadas serão cruciais para o planejamento e os desafios que o clube enfrentará no restante da temporada. O corpo técnico e a diretoria têm agora uma visão mais clara de quem pode ser a espinha dorsal do time e onde são necessários ajustes para o futuro.
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