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Botafogo na Libertadores: Vantagem Contra LDU e Lições do Passado

Por Redação FutFogão em 15/08/2025 04:33

Antes de sucumbir ao pessimismo ou antecipar um cenário de desastre, é imperativo que a torcida alvinegra, especialmente os mais apreensivos, revisite o placar do confronto de ida das oitavas de final da Copa Libertadores: o Botafogo garantiu um triunfo por 1 a 0 sobre a LDU, na última quinta-feira (14), no Estádio Nilton Santos. Compartilhamos a preocupação que aciona o alerta em períodos de indefinição, sem vislumbrar grandes perspectivas a curto prazo. No entanto, não podemos contribuir para a construção de um cenário desolador após uma vitória do Glorioso no mais prestigiado torneio continental ? por mais que as circunstâncias atuais pareçam desafiadoras. É fundamental não perder de vista esta vantagem. O Alvinegro detém a dianteira neste embate decisivo pela vaga entre os oito melhores da América do Sul.

Remontemos à final do Campeonato Brasileiro de 1995. O Botafogo superou o Santos por 2 a 1 na partida de ida, no Maracanã. Um observador desavisado que sintonizasse a televisão após o clássico poderia facilmente cravar uma vitória paulista por 3 a 0. Afinal, a torcida do Peixe deixou o estádio com um entusiasmo notável, proferindo, inclusive, o grito de "é campeão". Contudo, no Pacaembu, Túlio Maravilha e Wagner provaram que o futebol não se resume a prognósticos simplistas e desafiaram as previsões mais céticas. Naquela ocasião, aliás, uma voz sensata ecoou antes do confronto de volta. Eu tinha dez anos e jamais esqueci aquele comentário.

"O favoritismo é do Botafogo. Joga por dois resultados e entra em campo campeão. O time carioca ficou mais próximo do título. É uma questão de lógica."

Essa foi a ponderação de um comentarista de uma mesa-redonda paulista ? sim, a mídia esportiva do país já vivenciou momentos de lucidez antes de se tornar a "imprensa do 7 a 1".

O Peso da Vantagem e os Desafios de Quito

O resultado apertado no Engenhão, o gol marcado em demasia cedo e a performance aquém do esperado da equipe alvinegra tendem a ativar um disparador de apreensão na torcida botafoguense. Parece haver uma percepção de que será impossível para o elenco de Davide Ancelotti suportar os 2.850 metros acima do nível do mar e manter o placar obtido em casa. No entanto, esta mesma equipe já demonstrou notável resiliência nesta temporada: conquistou uma vitória sobre a Universidad de Chile atuando com dez jogadores e superou o Paris Saint-Germain, hoje considerado o melhor time do planeta. Quito não se compara a La Paz. A altitude, tradicional aliada da LDU, certamente exercerá sua influência, mas não com a intensidade cruel que seria sentida na capital boliviana. Além disso, o Glorioso tem superado desafios históricos nos últimos tempos.

Todas as análises da partida de quinta-feira convergem para conclusões semelhantes: a LDU demonstrou superioridade física em relação a um Botafogo previsível e constantemente obteve vantagem no meio-campo. O trio de meio-campo (Savarino, Montoro e Artur ) não produziu o esperado diante de um adversário robusto. John, um goleiro de alta qualidade, tem apresentado momentos de instabilidade. Danilo cometeu equívocos excessivos na distribuição de passes. Freitas não encontrou o acerto em seus arremates. A equipe alvinegra demonstrou ímpeto apenas nos instantes iniciais da partida e só reagiu com as substituições. Seria tudo um desastre? Vitinho destacou-se com desempenho notável. Barboza exibiu uma performance defensiva imponente. A linha defensiva comandada por Ancelotti não sofre gols há três confrontos. E que espetáculo visual proporcionado pelo mosaico do "Movimento Ninguém Ama Como A Gente".

A Essência da Libertadores: Vencer Acima de Tudo

É razoável afirmar que aproximadamente 98% dos confrontos eliminatórios da Libertadores são intensos e estressantes. Aquela goleada de 5 a 0 sobre o Peñarol, nas semifinais de 2024, fez parte dos 2% de exceção, mesmo com a lembrança de um primeiro tempo truncado e mais favorável aos uruguaios. Mesmo irritado com a atuação, prefiro apegar-me ao velho chavão: em torneios de mata-mata, o objetivo é a vitória, não apenas a exibição. Este triunfo, embora cercado de ressalvas e condicionantes em um contexto de um planejamento questionável, é o que importa. Tudo gera preocupação e não há espaço para relaxamento. Mas vamos ao Equador!

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Comentado em 15/08/2025 06:14 1x0 no Nilton, vantagem na mão! Vamos com raça que o título é nosso, salve Botafogo!
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