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Botafogo Fora da Copa do Brasil: Entenda a Eliminação para o Vasco nos Pênaltis

Por Redação FutFogão em 12/09/2025 00:04

Um silêncio inesperado tomou conta do Nilton Santos. Diante de mais de quarenta mil alvinegros, o Botafogo viu seu percurso na Copa do Brasil ser interrompido de forma amarga. Após um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar contra o Vasco, o sonho de um título inédito na competição desvaneceu nas cobranças de pênalti, onde a equipe cruzmaltina se mostrou mais assertiva, vencendo por 5 a 3.

A partida, marcada por uma igualdade no placar, teve Nuno Moreira abrindo o marcador para o adversário, com Alex Telles restabelecendo a paridade. A decisão, inevitavelmente, migrou para a marca da cal. Ali, a eficiência vascaína, personificada na defesa de Léo Jardim e na precisão de seus cobradores, selou o destino do confronto, garantindo a passagem para a próxima etapa.

O próximo desafio do Vasco na Copa do Brasil será outro clássico carioca, desta vez contra o Fluminense, com confrontos agendados entre 10 e 14 de dezembro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda definirá datas e horários exatos, enquanto Corinthians e Cruzeiro disputarão a outra chave, em busca da grande final.

A Batalha em Campo e o Preço da Intensidade

Apesar do período de descanso pós-Data Fifa, a intensidade marcou o embate desde o primeiro toque na bola, com ambos os times disputando "cada palmo do campo". A velocidade foi uma tônica, especialmente na etapa inicial. Contudo, os gols surgiram de situações de bola parada: Nuno Moreira aproveitou um rebote de falta de Coutinho, e Alex Telles converteu um pênalti.

Essa veemência, no entanto, teve seu preço físico. O Vasco sofreu com as perdas de Tchê Tchê, Mateus Carvalho e Coutinho por lesões ao longo da partida. Do lado alvinegro, Artur, que entrou no decorrer do jogo, também precisou ser substituído por queixas de dores, evidenciando o desgaste extremo da partida e a demanda física imposta pelo clássico.

Primeiro Tempo: Gols de Bola Parada e Controvérsia Arbitral

Impulsionado pela fervorosa torcida no Nilton Santos, o Botafogo iniciou o confronto com notável ímpeto ofensivo. Jeffinho, com jogadas rasteiras, e Barboza, com investidas aéreas, testaram a meta de Léo Jardim, sem sucesso inicial. O Vasco, por sua vez, teve um revés precoce com a lesão muscular de Tchê Tchê aos 12 minutos, forçando a entrada de Mateus Carvalho.

A resposta cruzmaltina, após absorver a pressão inicial, veio de uma jogada de bola parada. Coutinho, após sofrer uma falta, cobrou com maestria. A intervenção de Neto, que espalmou a bola para a área, foi capital para Nuno Moreira, que, atento, cabeceou para abrir o placar em 1 a 0, silenciando momentaneamente a torcida anfitriã.

A igualdade para o Botafogo surgiu de uma penalidade. Enquanto Jeffinho e Rayan se destacavam pela velocidade em seus respectivos lados, foi Joaquín Correa quem orquestrou o lance do empate. Após receber um passe de Santí Rodríguez, Correa avançou em direção a Léo Jardim e foi derrubado pelo goleiro, resultando em um pênalti indiscutível. Alex Telles converteu, deixando o placar em 1 a 1.

O encerramento da primeira etapa foi dominado por uma generalizada insatisfação com a atuação de Rodrigo José Pereira de Lima. O árbitro, criticado pela lentidão em lances de bola parada, gerou descontentamento em ambas as equipes e, notoriamente, na torcida botafoguense, que manifestou sua reprovação.

Estratégias e Substituições: O Segundo Tempo Decisivo

Na volta do intervalo, Davide Ancelotti manteve a formação inicial, mas não tardou a promover alterações significativas. Aos 11 minutos, Savarino e Vitinho, ambos com passagem por suas respectivas seleções (Venezuela e Brasil na última Data Fifa), foram introduzidos, substituindo Joaquín Correa e Ponte. A saída de Ponte, visivelmente insatisfeito, foi marcada por um gesto de frustração no banco de reservas, evidenciando a tensão do momento.

Pelo lado vascaíno, a ausência de Coutinho, peça central na articulação ofensiva, tornou-se notável na metade da etapa complementar. Sua saída, mesmo após quase colocar o Vasco em vantagem em duas ocasiões, coincidiu com um período de maior domínio do Botafogo , que intensificou sua pressão sobre a meta de Léo Jardim, buscando o gol da vitória no tempo regulamentar.

Desfecho Dramático: A Decisão por Pênaltis

Os minutos finais do clássico foram eletrizantes, mantendo a tensão até o apito derradeiro. Matheus Martins, após um lançamento preciso pela esquerda, exigiu uma defesa importante de Léo Jardim. Em resposta, Vegetti tentou se antecipar aos defensores alvinegros, mas também foi neutralizado pelo goleiro adversário. Com o placar inalterado, a decisão foi para as cobranças de pênalti.

Neste palco de nervos à flor da pele, a pontaria vascaína prevaleceu: Alex Telles teve sua batida defendida por Léo Jardim, enquanto o Vasco converteu todas as suas tentativas (Vegetti, Rayan, Puma Rodríguez, Matheus França e Robert Renan), selando a vitória por 5 a 3 e desanimando o público presente no Nilton Santos, que viu o sonho de seu time ruir.

Detalhes da Partida: Botafogo vs. Vasco

Aspecto Detalhe
Data e Horário 11 de setembro de 2025, 21h30 (de Brasília)
Competição Copa do Brasil - Quartas de Final (volta)
Local Estádio Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro Rodrigo José Pereira de Lima
Assistentes Guilherme Dias Camilo e Alex Ang Ribeiro
VAR Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro
Público 40.649 torcedores
Cartões Amarelos Fernando Diniz (VAS)
Cartões Vermelhos Nenhum
Gols Nuno Moreira (VAS, 20' 1T); Alex Telles (BOT, 42' 1T)

Escalações e Substituições

Botafogo (Técnico: Davide Ancelotti) Vasco (Técnico: Fernando Diniz)
Neto Léo Jardim
Mateo Ponte (Vitinho) Paulo Henrique
Kaio Pantaleão Hugo Moura
Alexander Barboza Lucas Freitas
Alex Telles Piton (Pumita Rodríguez)
Newton Barros
Marlon Freitas Tchê Tchê (Mateus Carvalho) (Robert Renan)
Santi Rodríguez (Matheus Martins) Philippe Coutinho (Matheus França)
Jeffinho (Artur) (Chris Ramos) Nuno Moreira (David)
Joaquín Correa (Savarino) Rayan
Arthur Cabral Vegetti

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Comentado em 12/09/2025 01:41 Aff, vacilou nos pênaltis, mas tamo junto, Fogo!
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