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Botafogo Exala Domínio: A Desastrosa Atuação do Vasco e as Falhas Táticas de Diniz
Por Redação FutFogão em 05/11/2025 21:46
A recente vitória do Botafogo sobre o Vasco não foi apenas um triunfo no placar, mas uma demonstração inequívoca da superioridade tática e técnica alvinegra. Do lado cruzmaltino, a partida expôs uma série de fragilidades que culminaram em um desempenho amplamente criticado. A análise pós-jogo revela que, enquanto o Glorioso soube capitalizar as oportunidades, o adversário desfilou um futebol apático, com falhas individuais e coletivas que merecem um escrutínio rigoroso.
O cenário do confronto evidenciou um Botafogo dominante, especialmente no setor de meio-campo, onde o adversário se mostrou incapaz de conter o ímpeto alvinegro. A incapacidade de reação e a falta de intensidade na marcação foram elementos recorrentes, transformando o embate em uma oportunidade para o time da Estrela Solitária consolidar sua posição e expor as deficiências táticas do rival.
Fernando Diniz: O Arquiteto da Derrota?
O treinador Fernando Diniz, um dos nomes mais citados na avaliação de desempenho, viu sua equipe ser completamente sobrepujada. As escolhas táticas iniciais falharam em conter o avanço do Botafogo , especialmente no meio-campo, que se tornou um verdadeiro corredor para as jogadas ofensivas do Alvinegro. O desencaixe defensivo, notadamente pelo lado esquerdo, persistiu durante toda a primeira etapa, culminando em um pênalti desnecessário no final do período, um erro que comprometeu a estratégia para o retorno do intervalo.
A insistência em Matheus França como volante na segunda etapa, repetindo uma tática questionável, apenas agravou a situação defensiva vascaína. A marcação se tornou ainda mais vulnerável, e as transições ofensivas do Botafogo se tornaram mais fluidas. A leitura de jogo e as correções propostas pelo comando técnico do Vasco foram claramente insuficientes para reverter o quadro, resultando em uma superação tática evidente por parte da comissão técnica do Botafogo .
O Colapso do Meio-Campo: Tchê Tchê e Companhia
O setor de meio-campo do Vasco foi o epicentro das dificuldades. Tchê Tchê, em particular, teve uma atuação bastante aquém do esperado, sendo um dos jogadores com a pior avaliação. Sua baixa intensidade na marcação permitiu que o Botafogo exercesse um domínio absoluto no setor, controlando o ritmo da partida e criando inúmeras chances. A substituição no intervalo era um reflexo inevitável de sua performance discreta.
Matheus França, ao ser acionado como volante, também não conseguiu estabilizar a equipe. Um erro de passe de calcanhar gerou uma oportunidade clara para o Botafogo , que culminou em uma finalização na trave. Sua presença não trouxe a solidez necessária à marcação, deixando grandes lacunas que foram prontamente exploradas pelo Botafogo . Philippe Coutinho, por sua vez, esteve apagado, com um número elevado de passes equivocados e uma participação decisiva, de forma negativa, no terceiro gol do Botafogo , ao cortar mal a bola após um escanteio.
Barros, embora mais combativo, sofreu com a falta de apoio dos companheiros, ficando sobrecarregado na tentativa de conter as investidas do Botafogo . Hugo Moura, que o substituiu, também não conseguiu alterar o panorama. Um passe errado de Rayan, após tentativa de avanço de Hugo Moura, deu origem ao contra-ataque que resultou no segundo gol do Botafogo , evidenciando a fragilidade estrutural do meio-campo vascaíno.
Defesa Exposta e Ataque Inoperante
A linha defensiva do Vasco foi constantemente testada e, em muitos momentos, falhou. Carlos Cuesta, que se mostrava o mais seguro na primeira etapa, cometeu um pênalti ingênuo no último lance antes do intervalo, alterando drasticamente o panorama da partida. Robert Renan e Lucas Piton demonstraram uma falta de sincronia e posicionamento, sofrendo com os lançamentos precisos de Marlon Freitas e as subidas de Vitinho pelo lado direito do ataque do Botafogo . As inversões de bola alvinegras frequentemente encontravam espaços nas costas da defesa vascaína.
No ataque, a situação não foi menos preocupante. Vegetti, com o Vasco sob pressão, foi praticamente anulado, muitas vezes recuando para tentar auxiliar na defesa, o que o afastava de sua função de referência ofensiva. Rayan, pelo segundo jogo consecutivo, pareceu abaixo de seu melhor condicionamento físico, com uma atuação discreta e um erro de passe crucial que originou o segundo gol do Botafogo . Andrés Gómez foi o que mais tentou, mas acumulou decisões erradas, perdendo a melhor chance da equipe após uma boa jogada para Puma.
David, que entrou na partida, teve uma participação breve, recebendo um cartão amarelo em seu primeiro lance, o que o suspende para o próximo compromisso. Puma Rodríguez teve duas oportunidades de finalização que foram mal executadas e cedeu espaços perigosos na defesa. Léo Jardim, o goleiro, foi a única exceção, realizando defesas importantes que evitaram um placar ainda mais elástico, especialmente no início do jogo, mas não pôde conter o ímpeto do Botafogo .
Notas e Desempenho Individual: O Veredito
A tabela a seguir consolida as avaliações de desempenho dos jogadores do Vasco na derrota para o Botafogo , refletindo as dificuldades enfrentadas em campo. As notas, atribuídas pelo GE, ilustram a performance de cada atleta e do técnico.
| Pos. | Jogador | Função | Nota GE | Observações |
|---|---|---|---|---|
| 1º | Léo Jardim | GOL | 6.0 | Salvou o Vasco com pelo menos dois milagres ainda no 0 a 0. Vazado apenas em pênalti e com azar no segundo gol. |
| 2º | Puma Rodríguez | LAT | 4.0 | Duas finalizações ruins e cedeu espaços defensivos. |
| 3º | Carlos Cuesta | ZAG | 4.0 | Cometeu pênalti bobo no último lance do primeiro tempo. |
| 4º | Robert Renan | ZAG | 4.5 | Dificuldade na marcação e sofreu com lançamentos nas costas. |
| 5º | Lucas Piton | LAT | 4.0 | Dificuldade defensiva e no posicionamento; pouco produziu no ataque. |
| 6º | Barros | MEI | 5.0 | O mais combativo, mas sobrecarregado pela falta de intensidade dos companheiros. |
| 7º | Hugo Moura | MEI | 5.0 | Entrou para manter o esquema, mas um erro de passe gerou contra-ataque do segundo gol. |
| 8º | Tchê Tchê | MEI | 3.0 | Atuação muito fraca, pouca intensidade na marcação; saiu no intervalo. |
| 9º | Matheus França | MEI | 3.5 | Entrou como volante e foi mal; errou passe que gerou chance do Botafogo. |
| 10º | Philippe Coutinho | MEI | 4.0 | Apagado, errou mais que o habitual e cortou mal a bola no terceiro gol. |
| 11º | Thiago Mendes | MEI | -- | Entrou no fim. Sem nota. |
| 12º | Rayan | ATA | 4.0 | Abaixo fisicamente, partida apagada; errou passe que originou o segundo gol. |
| 13º | Vegetti | ATA | 4.0 | Nulo no ataque, recuava para a defesa, longe de sua função de referência. |
| 14º | David | ATA | 4.5 | Levou cartão amarelo em sua primeira participação e está suspenso. |
| 15º | Andrés Gómez | ATA | 4.5 | O que mais apareceu no ataque, mas acumulou erros nas decisões; perdeu a melhor chance do time. |
| 16º | GB | ATA | -- | Entrou no fim. Sem nota. |
| 17º | Fernando Diniz | TEC | 3.0 | Time dominado no meio-campo, não corrigiu desencaixes defensivos; superado taticamente. |
A performance geral do Vasco contra o Botafogo serve como um alerta para a equipe cruzmaltina, enquanto reforça a solidez e a eficácia tática do Glorioso. A vitória do Botafogo não foi mero acaso, mas o reflexo de um time que soube explorar as vulnerabilidades do adversário, consolidando seu domínio em campo e garantindo um resultado que ficará marcado na memória dos torcedores alvinegros.
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