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Botafogo Aposta em Jovens Talentos Sob a Liderança de Renato Paiva
Por Redação FutFogão em 02/03/2025 04:14
Botafogo: Nova Estratégia com Foco na Juventude e Desenvolvimento
O Botafogo inicia 2025 com uma visão clara: apostar em jovens talentos. A chegada de atletas como Léo Linck, Jair Cunha e Nathan Fernandes, todos com menos de 23 anos, sinaliza uma mudança na estratégia do clube. Nomes experientes como Tchê Tchê, Tiquinho Soares e Gatito Fernández, com mais de 32 anos, abrem espaço para essa nova geração. Essa postura no mercado reflete o desejo do clube em desenvolver atletas com grande potencial, um processo que será impulsionado por Renato Paiva, o novo técnico do Alvinegro, conhecido por seu extenso trabalho em categorias de base.
John Textor, dirigente do clube, destaca a importância dessa mudança de mentalidade: "Acredito que conseguimos sucesso rápido enquanto clube porque os jogadores confiam que o Botafogo representa um ótimo caminho para suas carreiras. Somos o primeiro clube que começou a mostrar verdadeiras evidências de uma mudança no fluxo, na direção, da migração dos jogadores por meio do Botafogo para a Europa, aonde muitos sonham em ir".
Renato Paiva e a Confiança nos Jovens Talentos
Renato Paiva, o novo comandante do Botafogo , expressa entusiasmo com o potencial dos jovens jogadores: "Há um grupo de jovens muito talentosos. Há um conjunto que precisamos conhecer e trabalhar com eles. Identificar suas características positivas e fazer um trabalho com eles. Ninguém cresce só treinando, eles vão precisar de oportunidades. Mas não vou olhar o CPF para ver a data de nascimento. Vão ter a oportunidade de trabalhar todos juntos. É preciso um contexto para lançar os jovens em termos de conselho e vivência. Tem que ter um equilíbrio. Eu, como treinador de base formadora, vou sempre olhar primeiro para dentro de casa antes de contratar. Num clube que briga por títulos, não é fácil. Não vamos comprometer o rendimento por lançar jovens de forma obrigatória".
Textor reforça a confiança do clube no novo treinador: "Renato demonstrou sua confiança na juventude ao permanecer, por escolha própria, por mais de 15 anos na base do Benfica. Ele teve muitas oportunidades de seguir e treinar times profissionais, mas optou por construir seu trabalho desenvolvendo atletas jovens. (Paiva) aprendeu com uma grande organização, e ajudou a construir e avançar uma grande base".
O Estilo de Jogo de Renato Paiva e o Desenvolvimento da Base
A contratação de Renato Paiva não é apenas uma aposta no desenvolvimento de jovens talentos, mas também na implementação de um estilo de jogo específico. O técnico português, com sua vasta experiência nas categorias de base do Benfica, traz consigo uma filosofia de trabalho focada na formação e no aproveitamento das potencialidades individuais de cada atleta.
A experiência de Paiva no Benfica, onde permaneceu de 2004 a 2021, comandando diversas categorias de base, é um diferencial importante. Ele acompanhou de perto a transformação do clube português, que se tornou um dos principais formadores de talentos do mundo, e pretende aplicar esse conhecimento no Botafogo .
Sustentabilidade Financeira Através do Desenvolvimento de Atletas
O Botafogo enxerga o desenvolvimento de jovens jogadores como uma estratégia tanto esportiva quanto financeira. Ao potencializar o desempenho de atletas mais novos, o clube busca aumentar seu valor de mercado e, consequentemente, lucrar com futuras negociações. Essa abordagem visa garantir a "sustentabilidade de campeões", como já mencionado por Textor, e contribuir para o abatimento de dívidas.
Essa visão justifica a atuação do Alvinegro no mercado, buscando jovens jogadores que, embora ainda não estejam totalmente prontos, possuem grande potencial de crescimento e valorização. Um exemplo é Jair Cunha, zagueiro da Seleção sub-20, adquirido por 12 milhões de euros (R$ 72,9 milhões), com a expectativa de ser negociado por um valor superior no futuro.
Mudanças no Elenco e a Busca por um Futuro Promissor
As mudanças no elenco do Botafogo refletem a nova filosofia do clube. A saída de jogadores experientes e a chegada de jovens talentos indicam uma aposta no futuro. Embora o clube não confirme substituições diretas, a tendência é clara: rejuvenescer o time e dar oportunidades aos atletas em formação.
Atualmente, poucos jogadores do elenco principal têm mais de 30 anos, como Bastos (33), Alex Telles (32), Allan (34) e Marçal (36). A base do Botafogo ainda não possui grande participação no time principal, o que reforça a necessidade de investir nos jovens e em um técnico com experiência em formação.
Textor resume a estratégia do clube: "Em caso de atletas recentes que vieram para o clube e nos ajudaram a vencer campeonatos, eles foram prometidos: se vocês nos ajudarem a vencer no Brasil, vamos ajudar vocês nas suas carreiras. Como isso se relaciona com técnicos? Para ter a confiança da juventude, você precisa confiar nos jovens. Quando vemos alguns técnicos olharem para o nosso elenco ... Muitos técnicos, enquanto têm uma das profissões mais inseguras do mundo, eles próprios se tornam inseguros. Treinar para evitar o fracasso se torna mais óbvio em alguns técnicos do que treinar para o sucesso".
O Botafogo busca, através dessa reformulação, construir um time competitivo e sustentável a longo prazo, capaz de disputar títulos e valorizar seus ativos. A aposta em jovens talentos, aliada à experiência de Renato Paiva, representa um passo importante nessa direção.
? A realidade econômica do futebol brasileiro, do atleta brasileiro, criou esse fluxo de migração do Brasil e da América do Sul para a Europa, e isso existia antes de mim. É importante ter um técnico que não só atende o modelo esportivo do nosso clube, mas também é alinhado com o país, o continente - apontou Textor.
? Esse conceito de confiança em jovens é uma métrica. Quando olhamos para diferentes técnicos, vemos a confiança em jovens pela porcentagem de atletas novos que um técnico usa em um elenco . Pode ser 16%, um nível médio de confiança, ou 25% (aponta para Renato), como de um treinador que tem um nível extremamente alto de confiança na juventude.
O Botafogo ainda não é autossustentável - o clube depende de aportes de Textor e da Eagle Football para ter fluxo de caixa na temporada, o que também justifica o investimento em jovens.
? Se vamos criar um modelo de campeão sustentável no Botafogo , temos que atingir esse equilíbrio. Jogadores vêm e vão, queremos construir um time que não sobe e desce como uma montanha-russa, mas um competidor sustentável de alto nível.
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