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Botafogo: Empresário Fábio Mello Expõe Falhas Graves na Gestão Textor
Por Redação FutFogão em 21/07/2025 13:42
A administração do Botafogo sob a égide de John Textor tem sido alvo de escrutínio rigoroso, e as recentes declarações de Fábio Mello, renomado agente de atletas e ex-jogador, adicionam uma camada de severidade a esse debate. Mello, em uma participação pública, proferiu críticas contundentes, imputando ao proprietário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) alvinegra a responsabilidade por supostamente abalar a reputação do futebol nacional através de condutas operacionais questionáveis, mesmo diante das conquistas recentes do clube.
Segundo o empresário, o cenário atual do futebol parece permitir uma gama de ações, por vezes, duvidosas. "A gente está em uma indústria que tudo pode. O Botafogo é o atual campeão brasileiro e da CONMEBOL Libertadores, em um modelo em que o investidor e dono está humilhando o futebol brasileiro." Ele prosseguiu, reconhecendo a astúcia de Textor ao apostar em talentos de gestão: "Ele foi muito especial em acreditar em dois gênios como executivos, aí era um clube que não passava credibilidade nenhuma no mercado, todo mundo achava que o Botafogo seria rebaixado, ele contrata profissionais e executivos importantes, monta um time de executivos extremamente competentes." No entanto, a ressalva fundamental de Mello reside na alegada prática de não honrar compromissos financeiros: "Aí ele faz contratações e não paga. E vai se alavancando."
As Controvérsias Financeiras na Gestão Botafoguense
Um dos exemplos mais flagrantes e citados por Fábio Mello para ilustrar suas alegações é a transação que envolveu o zagueiro Jair. O defensor, que se transferiu do Santos para o Botafogo no começo do ano, já se encontra atuando pelo Nottingham Forest, na Inglaterra. Este rápido ciclo de aquisição e venda, segundo Mello, é emblemático das práticas criticadas.
Mello se solidariza com a posição de outros dirigentes de clubes de elite, como Flamengo, Fortaleza e Palmeiras, que, segundo ele, mantêm suas obrigações financeiras em dia, incluindo as comissões de agentes. "Me coloco no lugar dos presidentes do Flamengo, do Fortaleza e do Palmeiras, que ficaram na sequência no Brasileirão, os três com tudo em dia, até as comissões de empresários. E perde um campeonato para alguém que é inadimplente." O empresário detalha a situação de Jair como um caso paradigmático: "O caso do Jair é um exemplo, ele comprou o Jair do Santos, não pagou e já vendeu." Embora reconheça a capacidade da equipe de gestão de Textor, Mello questiona o arcabouço do modelo de negócio: "A equipe de executivos dele é muito competente. Mas o modelo. Ninguém tem informações sobre o balanço do Botafogo ."
Transparência e Credibilidade do Futebol Brasileiro em Xeque
A falta de transparência da SAF botafoguense também foi um ponto central na argumentação de Mello. Ele desafiou a postura de Textor, que, ao afirmar ter conhecimento profundo do cenário futebolístico brasileiro, não teria, segundo Mello, corroborado suas declarações com evidências concretas. "Ele colocou em xeque a credibilidade do futebol brasileiro dizendo 'sabemos o que é o futebol brasileiro' e não apresentou provas."
Além das críticas direcionadas especificamente a John Textor, o empresário estendeu sua preocupação ao comportamento de determinados grupos de investidores estrangeiros no futebol brasileiro. Ele mencionou a passagem da 777 Partners, que administrou o Vasco por um período, como um outro exemplo de como o futebol nacional pode ser tratado com desconsideração. Na visão de Mello, a ausência de um sistema de fiscalização robusto e de sanções mais rigorosas cria um ambiente propício para a proliferação de ações que extrapolam os limites da ética e da legalidade.
Mello ilustrou a fragilidade do arcabouço legal brasileiro com exemplos chocantes: "Na SAF você pode tudo: comprar, não pagar e ser campeão da Libertadores. Pode contratar jogador, dar cinco anos de contrato, não pagar o agente e depois mandar tirar o atleta porque ficou caro, tentando um novo acordo com comissão." Ele concluiu com um alerta veemente sobre as consequências da inação: "Isso só acontece porque a legislação brasileira é frágil. Enquanto não houver punições severas, seguirá assim."
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