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Botafogo: Eagle Denuncia Ações Ilícitas de Textor e Pede Suspensão Judicial

Por Redação FutFogão em 04/08/2025 18:44

Uma significativa disputa jurídica emergiu na última semana, quando a Eagle Football protocolou uma ação judicial contra John Textor perante a 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os acionistas da companhia alegam que o dirigente americano teria implementado uma série de "medidas ilícitas" na administração do Botafogo durante o período recente, solicitando formalmente a imediata interrupção de tais ações.

Nos autos do processo, a Eagle sustenta que, a partir de 2 de junho do corrente ano, qualquer deliberação societária deveria obrigatoriamente contar com a aprovação do diretor da empresa, o jurista escocês Christopher Mallon. Contrariando essa determinação, a petição aponta que Textor teria procedido com diversas movimentações sem o consentimento expresso de Mallon, notadamente a "cessão de supostos créditos" do Glorioso para uma entidade sediada nas Ilhas Cayman, uma operação avaliada em até 150 milhões de euros.

A controvertida cessão de créditos, formalizada em uma Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas (AGE) e em uma Reunião do Conselho de Administração (RCA) do Botafogo em 17 de julho, é o cerne do pedido da Eagle para a suspensão imediata de todos os efeitos decorrentes dessas deliberações.

A Disputa Pelo Controle Financeiro do Botafogo

A preocupação da Eagle é expressa de forma contundente no documento, que alerta para as consequências da manutenção das ações de Textor:

? Se não se impuserem freios, o Sr. Textor continuará a causar irreparáveis danos à Eagle Bidco e ao Botafogo, sobretudo, por meio da iminente diluição da participação da Eagle Bidco no Botafogo e a concretização de operações complexas e lesivas, com terceiros, em jurisdições estrangeiras.

Em um movimento estratégico de contra-ataque, o próprio Botafogo havia obtido, na semana anterior, uma decisão judicial no Rio de Janeiro que resultou no congelamento das ações da Eagle na SAF alvinegra. Essa manobra legal do clube intensificou ainda mais o embate entre as partes.

Manobras Judiciais e Riscos à SAF Alvinegra

Em resposta à ação do Botafogo , a Eagle revidou, demandando a proibição de qualquer registro de contratos com entidades ou indivíduos em nome do clube sem sua expressa anuência. A empresa justifica essa exigência sob o argumento de que Textor representaria um risco financeiro iminente para a instituição.

A petição da Eagle detalha que suas solicitações judiciais são imprescindíveis, visto que Textor teria agido em flagrante conflito de interesses durante as reuniões da AGE e da RCA, representando a própria Eagle. Os propósitos alegados seriam "vincular as receitas do Botafogo a uma nova empresa constituída, pelo mesmo Sr. Textor, nas Ilhas Cayman" e, consequentemente, reduzir a participação acionária da Eagle.

Este cenário de litígio corporativo e financeiro entre as principais partes envolvidas na gestão da SAF do Botafogo levanta sérias questões sobre a governança e o futuro do clube, exigindo uma análise aprofundada das implicações de cada movimento judicial.

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