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Botafogo e Ancelotti: Ousadia na Escolha do Novo Treinador
Por Redação FutFogão em 09/07/2025 10:44
O cenário do futebol brasileiro testemunha uma movimentação de grande envergadura com a oficialização da chegada de Davide Ancelotti ao comando técnico do Botafogo. A decisão, que posiciona o filho do renomado Carlo Ancelotti à frente de uma equipe profissional pela primeira vez em sua carreira, é um passo audacioso, consolidando um vínculo contratual que se estende até o final da temporada de 2026. Sua ascensão marca o fim da era de Renato Paiva, cuja saída foi precipitada pela eliminação diante do Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
Para este novo desafio, o técnico italiano não estará sozinho. Ancelotti traz consigo uma equipe de confiança, composta por dois assistentes: o espanhol Luís Tevenet e o britânico Andrew Mangan. A preparação física ficará a cargo do italiano Luca Guerra, completando o corpo técnico que o auxiliará nesta jornada.
A Nova Era Alvinegra: A Aposta Estratégica da SAF
Em um comunicado oficial, o "Glorioso" enfatizou a magnitude desta contratação, declarando que "a contratação de Davide Ancelotti representa mais um passo estratégico no fortalecimento do projeto esportivo da SAF, com base em inovação, ambição e protagonismo internacional". A justificativa para a escolha de Ancelotti, conforme a nota, reside em seu "perfil global, com vivências nos maiores clubes do mundo", e na sua "forte ambição de construir seu próprio legado". A diretoria alvinegra vê na chegada do jovem técnico uma forma de "reforçar o posicionamento do Botafogo como um dos projetos mais modernos, ousados e relevantes do futebol sul-americano".
Do Banco de Assistente ao Comando: O Legado a Ser Construído
Ainda que seja sua estreia como treinador principal, o currículo de Davide Ancelotti como assistente é robusto, forjado ao lado de seu pai em algumas das mais prestigiadas instituições do futebol mundial. Sua trajetória inclui passagens por gigantes como Paris Saint-Germain, Real Madrid, Bayern de Munique, Napoli e Everton, acumulando conhecimento e vivência em ambientes de alta pressão e exigência.
Aos 35 anos, a assunção do cargo no Botafogo implicou na liberação de Ancelotti de suas responsabilidades na comissão técnica da Seleção Brasileira. Contudo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sinalizou que o treinador poderá ser "convocado pontualmente para a preparação final" para a Copa do Mundo de 2026, indicando que sua contribuição ao time nacional não está completamente encerrada. A entidade máxima do futebol brasileiro expressou-se sobre a transição, afirmando: "Desejamos a Davide Ancelotti sucesso em seus novos desafios e reafirmamos nossa confiança em seu retorno ainda mais forte à seleção".
A recepção do Botafogo ao seu novo líder foi marcada pela expectativa. O comunicado do clube concluiu com uma mensagem de otimismo: "Seja bem-vindo, Davide Ancelotti, ao clube da Estrela Solitária. Juntos, vamos em busca de novos capítulos de excelência". A chegada de Davide Ancelotti, portanto, não é apenas a contratação de um novo técnico; é a manifestação de uma estratégia ousada da SAF, que aposta em um perfil jovem, com bagagem internacional, mas sem a experiência de comando principal. O sucesso desta empreitada será medido não apenas pelos resultados em campo, mas pela capacidade de Ancelotti de transformar o potencial herdado em um legado próprio, à altura das ambições declaradas pelo Botafogo .
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