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Botafogo Dominante: Ancelotti Eleva Patamar na Copa do Brasil
Por Redação FutFogão em 30/07/2025 01:42
O Botafogo, enfim, conseguiu a tão almejada sinergia entre desempenho e resultado, um imperativo para solidificar o início da gestão técnica de Davide Ancelotti, especialmente após o desfecho pouco inspirador da última jornada do Campeonato Brasileiro. Este alinhamento crucial materializou-se na noite de terça-feira (29), no Estádio Nilton Santos, com a vitória por 2 a 0 sobre o Red Bull Bragantino, pelo confronto de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O Glorioso presenteou sua torcida com uma exibição de altíssimo nível nos primeiros 30 minutos, período mais que suficiente para edificar um placar robusto para o jogo de volta, agendado para a próxima semana em Bragança Paulista. Um resultado expressivo, que, contudo, não permite qualquer relaxamento do elenco.
As cenas iniciais do Botafogo neste embate remetiam, de forma incômoda, ao segundo tempo da partida de sábado (26), quando a equipe empatou em 1 a 1 com o Corinthians, também no Colosso do Subúrbio, pelo Brasileirão. Nos primeiros 15 minutos, a permissividade defensiva era notória, concedendo ao Bragantino liberdade para se aproximar da meta defendida por John. Paralelamente, a construção ofensiva alvinegra mostrava-se desarticulada. A bola frequentemente escapava dos pés de Savarino, batia em Cabral e retornava para o "Massa Bruta", que, nesse período, apresentava-se como um time mais coeso e com inegável qualidade técnica. Foram momentos de apreensão e nervosismo diante de um adversário qualificado.
A Virada Tática e a Imposição Alvinegra
No entanto, o futebol é um esporte de constantes mutações. O Glorioso demonstrou capacidade de ajuste rápido, minimizando erros, controlando com maior eficácia a posse de bola e articulando jogadas ofensivas com precisão. Na primeira investida bem-sucedida, Vitinho ascendeu para rolar a bola rasteira, proporcionando a Montoro um chute seco e certeiro. Quem poderia prever que o camisa 2, finalmente, coroaria uma ação ofensiva? A partir desse instante, a partida assumiu um novo contorno. O Botafogo assumiu o protagonismo, comportando-se como uma equipe de grande porte, relegando o Bragantino ao papel de mero franco-atirador. Onipresente, Barboza não apenas desarmou na defesa, mas também surgiu no ataque para, de cabeça, superar Cleiton, após um cruzamento milimétrico de Cuiabano. Uma verdadeira aula de contra-ataque, verticalidade, imposição, eficácia e superioridade numérica. O visitante não conseguiu mais jogar até o intervalo.
Davide Ancelotti já havia advertido sobre a tendência de o segundo tempo das partidas no Brasil ser mais aberto. Literalmente, a projeção do treinador italiano se confirmou. O Botafogo teve uma oportunidade cristalina, quando Cabral ficou sozinho diante de Cleiton e, em vez de consolidar a vantagem, acabou por enaltecer a atuação do goleiro paulista. Do outro lado, John , que já havia se destacado na primeira etapa, salvou o Mais Tradicional de um desfecho agridoce. Ou seja, o Alvinegro poderia ter transitado de um potencial 3 a 0 para um perigoso 2 a 1. Contudo, o Glorioso manteve o controle do jogo e, notavelmente, não exibiu a vertiginosa queda física que marcou o confronto contra o Timão, mesmo que o ímpeto da primeira etapa, quase impecável, tenha sido ligeiramente reduzido.
Desempenho Individual e a Força Coletiva
Individualmente, Pantaleão dominou as ações defensivas, com atuações sempre caracterizadas pela sobriedade e eficácia assombrosa. Barboza teve sua ousadia premiada com o gol. Freitas, atuando como meio-campista central e ausente no fim de semana, aprimorou a dinâmica na distribuição de jogo. Savarino, após iniciar no banco de reservas, cresceu ao longo da partida, armando o time com maior desenvoltura. Newton manteve sua regularidade, embora com menor destaque. Artur foi outro ponto alto, consistentemente participando dos lances que resultam em gols. Os laterais demonstraram notável vigor. Montoro, por sua vez, revelou-se um verdadeiro fenômeno. Cabral, apesar do esforço, poderia ter sido um pouco mais decisivo. No entanto, a performance coletiva contra o Bragantino representa, sem dúvida, a mais consistente nos seis jogos da era Ancelotti.
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