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Botafogo: Desfalques Constantes Sob Davide Ancelotti - Entenda a Frequência e Impacto

Por Redação FutFogão em 01/12/2025 12:15

O cenário de desfalques no Botafogo parece não ter fim, e a partida contra o Corinthians, pela 36ª rodada do Brasileirão, adicionou mais dois nomes à já extensa lista. No empate em 2 a 2, Savarino e Montoro foram forçados a deixar o gramado devido a problemas físicos, reacendendo o debate sobre a gestão da saúde do elenco alvinegro.

Savarino sentiu um desconforto no músculo posterior da coxa direita, enquanto Montoro, que entrou em campo justamente para cobrir a ausência momentânea do camisa 10, também saiu no segundo tempo com dores no quadril. Ambos os atletas passarão por avaliações médicas detalhadas na reapresentação do grupo no CT Espaço Lonier, nesta segunda-feira, para determinar a gravidade de suas respectivas condições.

Com essas novas ocorrências, o Botafogo atinge a marca impressionante de 37 desfalques desde a chegada de Davide Ancelotti ao comando técnico. Em 146 dias de trabalho, a estatística revela uma média preocupante: o elenco alvinegro perde um jogador a cada quatro dias. Tal frequência coloca em xeque a capacidade de manutenção de uma base consistente, fundamental em qualquer competição de alto nível.

A Diversidade dos Desfalques e o Predomínio Muscular

É importante salientar que esta contagem abrangente de 37 desfalques não se restringe unicamente a lesões musculares. A lista inclui, por exemplo, afastamentos de atletas como Marlon Freitas e Chris Ramos devido a protocolos de concussão cerebral, além de casos de quadros gripais, como os que afetaram Artur e o próprio Savarino em outras ocasiões. Contudo, uma análise mais aprofundada revela que os problemas musculares representam, de fato, a parcela mais significativa, sendo responsáveis por, no mínimo, 20 dessas 37 ausências.

Essa preponderância de lesões musculares levantou questionamentos internos. Reportagens recentes indicaram que a metodologia de trabalho implementada pelo preparador físico Luca Guerra gerava certo desconforto entre os jogadores. A intensidade dos exercícios diários, embora comum no futebol europeu, parecia desconsiderar o calendário exaustivo e a alta demanda de jogos característicos do futebol brasileiro, culminando em um desgaste físico acentuado.

Diante das evidências e dos crescentes problemas, o próprio técnico Davide Ancelotti abordou a questão publicamente. Em declaração à imprensa, o comandante alvinegro reconheceu a necessidade de uma "adaptação" à realidade do futebol brasileiro e confirmou que sua comissão técnica estava em processo de revisão e avaliação das cargas físicas aplicadas nos treinamentos, buscando um equilíbrio que minimizasse o risco de novas baixas.

O Calendário de Ausências: Um Panorama Detalhado

Para ilustrar a dimensão do problema, apresentamos um registro semanal das ausências que impactaram o elenco do Botafogo durante a gestão de Davide Ancelotti:

Período Jogadores Afetados Observação
08/07 a 12/07Nenhum
13/07 a 19/07Allan, Savarino
20/07 a 26/07ArturGripe
27/07 a 02/08Nenhum
03/08 a 09/08Nathan Fernandes, Cuiabano, Kaio, Marlon FreitasConcussão (Marlon Freitas)
10/08 a 16/08David Ricardo, Arthur Cabral, Newton
17/08 a 23/08Léo Linck
24/08 a 30/08Chris RamosConcussão
31/08 a 06/09Nenhum
07/09 a 13/09Arthur Cabral, Artur
14/09 a 20/09Neto, Danilo, Alex Telles
21/09 a 27/09Savarino, Joaquín Correa, Alex Telles, MastrianiConjuntivite (Mastriani)
28/09 a 04/10Marçal, Kaio Pantaleão
05/10 a 11/10Nenhum
12/10 a 18/10Arthur Cabral, Nathan Fernandes, Savarino
19/10 a 25/10Matheus Martins
26/10 a 01/11Joaquín Correa, Marçal, SavarinoVirose (Savarino)
02/11 a 08/11Nenhum
09/11 a 15/11Nenhum
16/11 a 22/11Joaquín Correa, Santiago Rodríguez, Chris Ramos, Danilo
23/11 a 30/11Barboza, Savarino, Montoro

Desafios Constantes: O Impacto na Performance e Planejamento

A recorrência de desfalques, seja por lesões musculares, concussões ou outros problemas de saúde, impõe um desafio contínuo à comissão técnica de Davide Ancelotti e à diretoria do Botafogo . A necessidade de adaptar o time a cada partida, sem uma base de atletas plenamente disponível, pode comprometer a consistência tática e a performance em momentos cruciais da temporada. A gestão eficaz da saúde do elenco emerge, portanto, como um dos pilares para a construção de um futuro mais estável e vitorioso para o clube.

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